Só este fim de semana é que vi o documentário todo. Muito interessante para reviver aquilo que era o pit.
Compreendo o desânimo do pessoal que negociava lá, mas temos de reconhecer que aquela forma de negociação, apesar de engraçada, nunca pode ser tão eficiente como a negociação electrónica, mesmo com a questão dos HFT.
Qualquer PC hoje em dia é milhares (milhões ?) de vezes mais potente do que o velhinho Spectrum. Foi uma era gira, recordam-se os bons momentos passados a jogar ou a trabalhar nele, mas certamente ninguém troca um PC de hoje por um Spectrum. É a evolução natural dos tempos.
Só não percebo porque é que actualmente, com a maioria dos negócios feitos electrónicamente, há futuros que continuam a ser feitos em intervalos não centesimais. Os mais velhos ainda se lembram, certamente, da NYSE ter intervalos bid-ask de 1/4, 1/8, 1/16 ou 1/32, dependendo do valor das acções. Era a forma possível e prática de fazer o handling de ordens por pessoas. Com o disseminar do electrónico a negociação passou a fazer-se em centésimas, o que reduziu os custos para o investidor (e até de forma significativa para um day trader).
Não posso concordar com quem é contra o electrónico, até porque ainda apanhei (embora já no fim) o tempo dos leilões, duas vezes por dia, no Terreiro do Paço e que eram uma aventura para perceber onde estávamos em matéria de cotações e dar as ordens. Quando apareceu o contínuo foi uma alegria.
Por*** tou a ficar velho
