Elias, meu velho, hoje armei-me em enfermeiro e resolvi fazer um tratamento. Ora estive então a tratar os dados que gentilmente ofereceste e qu'é que vejo afinal?
Que o nº dos que se passaram deste mundo com a sismalhada aumentou tótil da década de 90 para o século presente, pá! Lá que as magnitudes andem pra lá e para cá em movimentos erráticos é uma coisa, mas que a malta anda a esticar o pernil cada vez mais por causa dos tremeliques, parece não haver dúvida!
Até fiz um gráfico!
Pode-se ver que:
* de 1990-1999 só em 2 anos é que o nº de bilhetes só de ida ultrapassou os 20.000, ao passo que:
* na década de 2000-2009 isso aconteceu em 5 anos (com 2004 a passar-se dos carretos e a registar o dobro de toda a década anterior);
* na presente década, os dois únicos anos até agora (o ano passado e este, que ainda não acabou) já passaram os dois a fasquia dos 20.000.
Totais por décadas:
1990-1999: 114.016 desgraçados;
2000-2009: 471.015 desgraçados (mais do quádruplo, e mesmo se descontasse 228.802 de 2004 ainda assim seriam 242.213 - mais do dobro);
2010-2011: 51.300 desgraçados (em 1,25 anos - o 0,25 é este ano - já vamos em metade dos desgraçados de toda a década de 1990-1999).
Isto faz-me pensar que, mais do que a medição das tremideiras que por aí andam, a medição dos que se puseram a mexer deste mundo com esse pretexto dá que pensar, tanto mais que, à medida que o tempo passa, a tendência é para as construções por todo o mundo serem cada vez mais (em média) anti-sísmicas e mesmo assim não impedem que o nº dos que fliparam cresce a olhos vistos.
Ou achas que estamos a atravessar uma daquelas décadas do catano e que daqui a coisa de 5-10 anos tudo volta a mais uma década de pasmaceira? Eu consultei um vidente conceituado da praça e ele leu no Oráculo do Martini que sempre que o homem sonha, o mundo salta e anda pá frente, e tal como o esférico de cores na manápula dum puto, é mais e mais sacudido (isto soa-me familiar

).
Abraçola!