T1ag0 Escreveu:É assim que se ganha milhões em pouco tempo. Um aviso de uma destas agências e tudo vai ao fundo.
Será que estes senhores que, ao saberem que vão emitir determinado outlook, não aproveitam por abrir umas posições?
Eu, sinceramente, não estou muito inteirado sobre como é que as entidades resposáveis (SEC neste caso...) fazem a sua vigilância, mas parece-me que com um pouco de engenho à muita gente que fica rica muito rapidamente.
Tenho vindo a cimentar a ideia de que se os Estados não passarem a controlar de algum modo estas agências de rating temo muito bem que levem o mundo para o descalabro total. Estas agências foram criadas para de algum modo dar confianção ao sistema e a quem investe. Acontece que algumas atuações que têm tido nos últimos anos levam-me a crer que têm que ser controladas sob pena de causarem mais malefícios do que aqueles que pretendem prevenir.
Na minha perspetiva, com a sua atuação, estas agências provocam movimentos totalmente irracionais e que têm um potencial demasiadamente perigoso como de resto já se viu no passado recente. Não é que os movimentos irracionais não façam parte integrante do mercado. Isso nós já sabemos.
A questão é que uma coisa é o movimento irracional que se restringe a um determinado título ou mercado ou sector e outra coisa é algo que afecta todos os mercados a nível mundial, como se de uma catástrofe natural se tratasse ou seja como se fosse um fenómeno concentrado no tempo, tipo o terramto e tsunami do Japão.
A política tem que se sobrepor a tudo o resto. A política tem que zelar pela coisa pública independetemente da área a que essa coisa se aplica.
Se se identificar a perspectiva de haver sérios perigos para as pessoas e os estados, então algo deve ser feito.
É inadimissível que se façam fortunas de um momento para o outro apenas porque se sabe que uma notícia que vai sair. Indepententemente das fiscalizações que possam existir, estou convencido que não são eficazes.
Ainda mais inadmissível é o conflito de interesses em que todo este sistema labora. Ou seja quem emite as decisões de rating tem interesses ao nível de investimentos. Isto é totalmente inaceitável e segundo parece é o que acontece.