Governo aumenta incentivos do PT2030 para inovação produtiva das empresas

[TRSM]

PT continua a apostar no Brasil mas não tem previsto investimentos curto prazo

A Portugal Telecom (PT) não tem investimentos previstos a curto prazo no Brasil, mas a maior operadora de telecomunicações nacional «foi para o Brasil para ficar», disse hoje Miguel Horta e Costa, presidente executivo a PT.
No almoço promovido pela Câmara de Comércio Luso-Brasileira que homenageou Fernando Henrique Cardoso, actual Presidente da República do Brasil como personalidade do ano de 2001, Miguel Horta e Costa agradeceu «o empenho e carinho», na aproximação dos investimentos portugueses no Brasil, encetado pelo presidente brasileiro que deixará as suas funções em Janeiro próximo.

«A Portugal Telecom foi para o Brasil para ficar e acredita no potencial e no valor do país e acima de tudo, do seu povo», avançou Miguel Horta e Costa no discurso que precedeu a entrega da homenagem a Fernando Henrique Cardoso no Hotel Ritz.

O presidente executivo da PT que detém 50% da «Joint Venture» formalizada com a parceira Telefónica para a área de telefonia móvel, lembrou que o grupo nacional «investiu mais de 6 mil milhões de dólares (5,94 mil milhões de euros) desde 1998 no Brasil».

Miguel Horta e Costa foi o responsável pela entrega da homenagem ao presidente brasileiro, representando o maior investidor português no Brasil.

Como lembrou Fernando Henrique Cardoso, a PT «tem mais activos móveis no Estado de São Paulo do que em Portugal».

Apesar da aposta de longo prazo do grupo no mercado móvel brasileiro, Miguel Horta e Costa disse à margem do almoço que «não temos previsto, neste momento, outros investimentos no Brasil». Os novos investimentos serão efectuados através da JV, confirmou Horta e Costa.

FHC defende que «há poucos investimento brasileiro» em Portugal
No final do almoço, Fernando Henrique Cardoso revelou que «ainda há poucos interesses brasileiros em Portugal», apelando para novos investimentos das empresas brasileiras em no nosso país.

Segundo Fernando Henrique Cardoso, «Portugal está presente em tudo no Brasil, nas telecomunicações, no turismo, no comércio».

O ainda presidente brasileiro acredita na aproximação aos países da União Europeia através de Portugal. «Acompanhei com paixão as dúvidas dos portugueses» na escolha da integração na UE, referiu o mesmo responsável, acrescentando que «Portugal fez a escolha certa».

A aproximação empresarial entre Portugal e Brasil foi reforçada a partir de 1995, adiantou Fernando Henrique Cardoso.

«É importante para o Brasil e para o Mercosul esse entrosamento com a UE», assegurou Fernando Henrique Cardoso.

O presidente brasileiro apreciou a aceitação natural dos empresários portugueses da vitória do candidato Lula da Silva do partido de esquerda.

Embora reconhecendo que Lula da Silva «não era o meu candidato», Fernando Henrique Cardoso referiu que «o meu candidato a crescer é o Brasil e ganhasse quem ganhasse as eleições, continuamos a ter condições para continuar a ser o que somos».

O mesmo responsável vai ainda receber uma homenagem da Associação Industrial Portuguesa (AIP) pela ajuda dos investimentos portugueses no Brasil.


Fonte: Canal de Negócios 2002/11/12 16:50:04h