Página 1 de 3

MensagemEnviado: 18/4/2011 20:36
por Trisquel
Pata-Hari Escreveu:À partida os depósitos e os montantes à ordem são os primeiros a serem entregues aos donos em qualquer situação. Havendo cash, são dos donos. Mas, claro, o estado pode sempre privatizar as contas como fez no 25 de abril (mas acho pouco/nada provável isso acontecer nos dias de hoje).


Obrigado.

Ainda hoje recebi contacto de uma entidade bancária cotada no top20 a qual o nome não é importante e o objectivo era vender produtos estruturados, fundos, obrigações, etc (tudo com capital garantido 8-) ).

Questionei porque não falava de depósitos a prazo de curta duração ou mesmo deixar o dinheiro á ordem, seriam os mesmos mais fiáveis!

No entretanto houve mais algum diálogo que deu para a Sr.ª do outro lado perceber que não falava com um leigo na matéria de todo, era dos outros a seguir! :oops:

Já numa forma descontraída e sem hipótese á vista do objectivo inicial a Resposta: - Assim existe uma maior possibilidade de deserção do capital e a ordem é segurar o mesmo pelo maior tempo possível mesmo sabendo que pode não ser o melhor para os clientes.

Nota: Fico preocupado com esta forma de atrair moscas, leia-se clientes, para produtos que nesta fase podem vir a ser tóxicos e como primeiro egoísmo a garantia do emprego mesmo em detrimento da falência de algumas famílias! Podíamos todos nós clientes ter o mesmo tipo egoísmo (salve-se quem puder) e começar a fazer levantamentos indiscriminados com consequências graves. Por isso o bom senso deve imperar nestas situações. Digo eu. :wink:

MensagemEnviado: 18/4/2011 14:07
por Pata-Hari
À partida os depósitos e os montantes à ordem são os primeiros a serem entregues aos donos em qualquer situação. Havendo cash, são dos donos. Mas, claro, o estado pode sempre privatizar as contas como fez no 25 de abril (mas acho pouco/nada provável isso acontecer nos dias de hoje).

MensagemEnviado: 18/4/2011 10:23
por Trisquel
pocoyo Escreveu:
Trisquel Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:... todos os produtos emitidos pelo estado são neste momento considerados pelo mercado de alto risco. Se o mercado está certo ou errado, o futuro o dirá.



Os Depósitos a prazo, "puros e duros", como são tratados. Serão estes produtos de baixo risco?



Se forem emitidos pela CGD, não. :mrgreen:


Mais dificil, e o dinheiro á ordem, como é tratado?

MensagemEnviado: 18/4/2011 10:17
por pocoyo
Trisquel Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:... todos os produtos emitidos pelo estado são neste momento considerados pelo mercado de alto risco. Se o mercado está certo ou errado, o futuro o dirá.



Os Depósitos a prazo, "puros e duros", como são tratados. Serão estes produtos de baixo risco?



Se forem emitidos pela CGD, não. :mrgreen:

MensagemEnviado: 18/4/2011 10:10
por Trisquel
Pata-Hari Escreveu:... todos os produtos emitidos pelo estado são neste momento considerados pelo mercado de alto risco. Se o mercado está certo ou errado, o futuro o dirá.



Os Depósitos a prazo, "puros e duros", como são tratados. Serão estes produtos de baixo risco?

MensagemEnviado: 18/4/2011 9:44
por rperes
Bom dia,

Então segundo esta discussão é fiável dizer que por exemplo corre-se menos risco em ter acções de uma empresa, por exemplo uma EDF ou uma France Telecom, Telefonica, Siemens que no estado português?

Caso Portugal volte a ter a sua moeda, escudo, a desvalorização da mesma, seria mais seguro ter capital investido em acções? Quem esteve por dentro da crise argentina, o que sucedeu às acções das empresas desse país?

Cumps

MensagemEnviado: 18/4/2011 9:01
por j_paulo
Branc0 Escreveu:
Bull Bull Escreveu:Pronto, já sei. Vou comprar um bilhete de avião e vou me embora daqui :twisted:



Não é preciso apanhar o avião, o dinheiro hoje viaja através de um click.


Bom dia

Na zona Euro, havendo autorização da circulação da moeda será facil transferir euros p uma conta externa.
Mas e o dólar? pode-se transferir? ganhava-se no cambio caso no futuro venha à paridade. Depois como voltava o dinheiro??? que taxas tugas as finanças aplicariam ?
Obrigado desde já pelos comentários.

Onde/como se faz isso?

MensagemEnviado: 17/4/2011 23:00
por boramasela
Pata-Hari Escreveu:Exacto, se não se quer risco, compram-se obrigações alemãs.


Há algum banco/entidade a operar em portugal onde se possa subscrever isso?

MensagemEnviado: 17/4/2011 14:45
por Pata-Hari
Bull Bull, todos os produtos emitidos pelo estado são neste momento considerados pelo mercado de alto risco. Se o mercado está certo ou errado, o futuro o dirá.

E quem acredita no que o mercado está a dizer, deverá retirar as suas aplicações desses produtos. Quem não tem medo, não tem problema. Quem acredita que o estado pode garantir os 100 000 euros em caso de problema nos depósitos numa grande instituição acredita igualmente no pai natal ou na dona branca, ou no BPN ou no BPP ou no que for. O estado pode, como dizia o branco, imprimir uns papeluchos aos quais chamará algo do género obrigações perpétuas (ou eternas) que irão calando a boca dos lesados/roubados.

O provável é que no futuro sejamos todos obrigados a investir em OTs, CTs ou BTs (ou o que lhe quiserem chamar) com os nossos subsidios de natal e décimo terceiro mês. Como esses não valerão nada, é um modo de retirar liquidez do mercado, queimar notas. È dos unicos modos de secar consumo e diminuir poder de compra.

Já ouvi a sugestão de transformar totalmente as participações do estado em titulos e esses subsisdios seriam convertidos nisso. Ou seja, seriamos todos accionistas das participações publicas. Pode não ser má ideia embora dê no mesmo se continuarem a ser geridas pelos mesmos tipos!

MensagemEnviado: 17/4/2011 13:41
por canguru
Ulisses Pereira Escreveu:Quem tem essas aplicações ou quem pensa em fazê-las tem que estar alertado que, nesta altura, são aplicações de ALTO RISCO.


Quando os moderadores se fazem exprimir desta forma eu pretendo que haja mais argumentos.

Ok, tudo é um trade-off (rentabilidade/risco).

Mas quando leio nos media isto (read bellow), pergunto-me se o Ulisses (ou a Pata, C.N.) sabem algo mais - até por aquilo foram vendo ao longo da sua vida nos mercados de capitais - para dizer que "nesta altura, são aplicações de ALTO RISCO."

Certificados de Aforro e do Tesouro: estes são produtos de investimento que, no fundo, são títulos de dívida pública. Ou seja, ao comprá-los, os portugueses estão a emprestar dinheiro ao Estado, em troca de juros.
É aqui que reside algum risco, mas nada que deva motivar alarme. O que acontece é que, se o país entrar em incumprimento, estes produtos podem ser afectados.
O que é que isto quer dizer? Que aqui o Estado pode mudar as regras a meio do jogo, como já tinha feito com algumas linhas de Certificados de Aforro, cortando a taxa de juro. Se Portugal precisar de reestruturar a sua dívida, como já se fala para a Irlanda e Grécia, o Estado pode alterar o prazo de pagamento de juros ou mesmo a taxa de rendimento.
Consequências? Pode acontecer que as pessoas não recebam tanto quanto estavam à espera e não recebam na altura em que estavam a contar.

MensagemEnviado: 17/4/2011 11:40
por Zezezinho
Resposta da IGCP relativamente a este assunto:

No seguimento do seu contacto, comunicamos que o cenário proposto por V.Exª. não se enquadra, de forma alguma, em qualquer hipótese actualmente em estudo pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP).

Mais se informa que nos termos do nº 15 da Resolução do Conselho de Ministros nº 40/2010, “ Garantir que as condições de remuneração dos CT vigentes à data da respectiva subscrição não podem ser alteradas em sentido desfavorável ao aforrador durante o prazo de 10 anos contado a partir da data de subscrição das respectivas unidades.”


Naturalmente a opção de investimento nesta ou noutra aplicação financeira pertence obviamente sempre ao próprio investidor.

MensagemEnviado: 16/4/2011 21:29
por Pata-Hari
Exacto, se não se quer risco, compram-se obrigações alemãs. Ou activos que não sejam portugueses.

interessante

MensagemEnviado: 15/4/2011 22:47
por lafs00
Deixo uma questão no ar relativamente às garantias das aplicação CT CA DP bla bla bla bla bla....

Não è o Estado que garante os depositos que estão nos bancos ( fundo garantia depósito) ou entaõ são agora os bancos que garantem os depositos que nós temos no Estado ( CT, CA).

Cap para gentinha neinguem garante nada neste momento.............
Mais vale enterrar os €€€€€€ no quintal e semear........

MensagemEnviado: 15/4/2011 15:58
por sargotrons
ssargo Escreveu:O risco existe sempre em tudo e em todo o lado, a questão é avaliar o nível de risco em função da rentabilidade esperada.

Atenção à caixa de pão em casa, pois este pode começar a escassear e nos motins sociais ser saqueada. Depois não digam que não avisei para ter cuidado a investir no pão.


Peço desculpa pela duplicação de nicks, mas este sou eu.

MensagemEnviado: 15/4/2011 15:58
por migluso
Quem avisa inimigo é!!!

O governo só poderia garantir os pagamentos (dentro do prazo, diga-se), no caso de termos moeda própria, e enquanto existisse papel para imprimir.

Tudo o resto é conversa fiada!!!

MensagemEnviado: 15/4/2011 15:43
por kknd
Acrescento ainda que em Janeiro (e depois em Março) subscrevi CTs.
Antes da 1ª subscrição, questionei a opinião de um familiar (que basicamente é a única pessoa que troco ideias pessoalmente sobre bolsa e afins), sobre este risco.
A resposta foi simples: a pensar assim não se faz nada.


Relativamente a investir no estrangeiro, há que salientar o tempo necessário para acompanhar mais titulos, e as comissões que por norma são bem mais onerosas.

MensagemEnviado: 15/4/2011 15:36
por kknd
Relativamente a este ponto - reestruturação de CTs - que já vem a ser discutido há muito aqui (http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... &start=100), cito um post do mais_um:


Essa é uma das vantagens dos CT sobre as OT, não há essa possibilidade. A unica forma de não receberes o teu dinheirinho (e eu o meu) é os nossos bens serem nacionalizados. Nem no PREC nacionalizaram os certificados de aforro, nem os titulos de renda perpetua emitidos no tempo do Estado Novo.

O risco que corres é o mesmo que corres de o Estado ficar com qualquer bem teu, isto em quanto Portugal for um Estado de direito. Pode ser alterada a rentabilidade se o Estado aumentar os impostos sobre rendimentos de capitais.



MensagemEnviado: 15/4/2011 15:21
por Bull Bull
Branc0 Escreveu:
Bull Bull Escreveu:Pronto, já sei. Vou comprar um bilhete de avião e vou me embora daqui :twisted:


Eu não percebo porque é que num mundo tão grande as únicas opções passem por emprestar dinheiro ao estado português ou a empresas portuguesas.

Não é preciso apanhar o avião, o dinheiro hoje viaja através de um click.


Conforme o mercado trabalho.
Essa seria a primeira causa se tivesse que abandonar o pais

MensagemEnviado: 15/4/2011 15:17
por Branc0
clinger Escreveu:Essa está bem pensada, mas se todos quisermos manter o capital e o retirarmos do sistema financeiro o barco vai ao fundo!


Ora ai está o problema do sistema financeiro moderno.

Felizmente não sou banqueiro.

MensagemEnviado: 15/4/2011 15:13
por clinger
Branc0 Escreveu:Uns querem manter a calma, os outros querem manter o capital.

Eu falo por mim, fico mais calmo quando tenho capital.


Essa está bem pensada, mas se todos quisermos manter o capital e o retirarmos do sistema financeiro o barco vai ao fundo!

MensagemEnviado: 15/4/2011 15:12
por Branc0
Bull Bull Escreveu:Pronto, já sei. Vou comprar um bilhete de avião e vou me embora daqui :twisted:


Eu não percebo porque é que num mundo tão grande as únicas opções passem por emprestar dinheiro ao estado português ou a empresas portuguesas.

Não é preciso apanhar o avião, o dinheiro hoje viaja através de um click.

MensagemEnviado: 15/4/2011 15:12
por sombrio
nao percebo...os depositos a prazo nos bancos nao podem ser vistos como alternativas mais seguras?

MensagemEnviado: 15/4/2011 15:10
por Bull Bull
Mas se as obrigações do bancos é grande risco, eu ter lá o dinheiro tambem me faz pensar se não é um risco.
Depois temos a garantia do estado mas se esse tambem tem um elevado risco então já não há garantias.

Só me resta ter o dinheiro em casa, mas como estamos atravessar uma grande crise vai aumentar a criminalidade então ter o dinheiro em casa também é um grande risco.

Pronto, já sei. Vou comprar um bilhete de avião e vou me embora daqui :twisted:

Uma coisa é certa o que antes não era risco hoje é risco. Mas consegue-se compreender de uma forma fácil o porquê

MensagemEnviado: 15/4/2011 15:09
por Branc0
Uns querem manter a calma, os outros querem manter o capital.

Eu falo por mim, fico mais calmo quando tenho capital.

MensagemEnviado: 15/4/2011 15:04
por clinger
Ora aí está o post do poseidon635 reflecte o pensamento associado a este tipo de notícias... o pânico e a desconfiança e que depois se estende a todo o sistema!

E Ulisses todos sabemos que investir em Obrigações não é fácil para o particular, por isso essa opção que deixas não está ao alcance de todos.

Mas caramba acho que o que estou a escrever faz sentido e deve ser levado em linha de conta como forma de manter alguma sanidade mental neste estado de paranóia em que se vive.