
Realmente faz-me confusão os termos yelds, cupão, etc
Mas já fiquei esclarecido até à próxima que me esquecer de novo

Mas já fiquei esclarecido até à próxima que me esquecer de novo

Fórum dedicado à discussão sobre os Mercados Financeiros - Bolsas de Valores
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Pata-Hari Escreveu:rsacramento, ao contrário do mercado accionista, não existem cofs e o mercado não é "aberto". Existem intenções de compra e de venda afixadas e as operações são feitas uma a uma por contacto directo. Existem ainda preços não executaveis, que são "agentes" que colocam preços teóricos no terminal. Na prática, não consegues executar.
E não existe listagem de negócios feitos/realizados porque são feitos um a um e negociados um a um entre contra-partes.
Depois, acho que tens uma confusão quando falas no "juro". Há duas coisas. Existe o cupão. A esse cupão correspondem juros corridos. Que pagas ao vendedor quando compras e que recebes na totalidade na devida data. E existe a yield, que é o que efectivamente o teu negócio te rende tendo em conta o cupão e o preço de compra face ao preço de amortização no final (100, presumivelmente e se não houver default).
rsacramento Escreveu:afinal:
é a procura versus oferta que estabelecem o valor do juro, naquele momento?
como e porque é que esse valor vai variando ao longo da semana?
quem está a procurar e quem está a oferecer?
onde fica isso registado?
A verdade é que o preço das obrigações e a respectiva ‘yield' apresentada nas plataformas de negociação profissional se tratam de valores meramente teóricos colocados por alguém num ecrã da Bloomberg ou da Reuters e para o qual não existe uma verdadeira lógica de mercado
(...)
Na prática, significa que o preço médio dos títulos não é determinado pelos negócios concretizados mas por intenções dos compradores e vendedores. Neste sentido, é perfeitamente plausível desconfiar que, até à data, nenhum investidor comprou obrigações do Tesouro a 5 e a 10 anos acima de 8%, apesar de a Bloomberg avançar que estes títulos estão a cotar com uma ‘yield' média de 10% e 8,7%, respectivamente
(...)
Para se ter uma ideia do absurdo da situação, tenha-se em consideração o diferencial entre preço de compra e de venda dos bilhetes do Tesouro a 6 e 12 meses que, actualmente, é de quase 340 pontos base, quando os congéneres alemães apresentam um ‘spread' inferior a 5 pontos base e os italianos de 2 pontos base. Isto significa que o mercado está disposto a vender bilhetes do Tesouro a 12 meses, por exemplo, a um preço médio de 95,84 (que corresponde uma ‘yield' de 4,529%) e a comprar a um preço de 92,95 (que corresponde uma ‘yield' de 7,921%). Uma exorbitância sem qualquer lógica. O grave da situação é que cada vez que Portugal vai ao mercado para emitir dívida, como sucedeu na quarta-feira com a realização de dois leilões de bilhetes do Tesouro a 6 e 12 meses, são estes os valores de referência dos leilões. E é neste mercado verdadeiramente nebuloso que Portugal e o IGCP, a entidade responsável pela gestão da dívida e da tesouraria do Estado, têm que movimentar-se para salvaguardar o financiamento da República