Nós tocamos todas as notas da pauta nesta conversa, mas como o Marco diz e muito bem, muito se fala mas o que acontece oficialmente, falando de decisões governativas, é que conta, e aí meus meninos, estamos longe de achar que o Estado tem decidido bem e definido bem as prioridades!é o povo que paga e se vê no direito de ter uma ideia sobre as coisas!
mas volta a acreditar no actual sistema político! come o que lhe põem á frente. não se pode queixar de tudo!
MarcoAntonio Escreveu:Mares Escreveu:
Caro MarcoAntonio,
o Estado tem um papel importante na economia do país (seja por ser empregador, seja por ser empreendedor).
Ele substituí em parte a iniciativa privada (ou a falta de iniciativa).
Neste momento estamos em profunda crise. Achas que o Estado deverá abandonar o seu papel impulsionador da economia?
Criar emprego só é positivo se o que é produzido não é destrutivo para a economia.
Portugal e o Estado Português tem uma longa tradição em matéria de obras públicas e em matéria de transportes públicos de criar enormes buracos. Buracos para onde se enterra dinheiro continuamente...
Isso faz-me lembrar o título da nova publicidade do Licor Beirão, com o Futre, aproveitando o seu episódio do jogador chinês e que é: Soluções à Portuguesa! etc e tal.
Não sei porquê lembrei-me disto agora que falamos em decisões públicas de investimento...
MarcoAntonio Escreveu:A minha questão neste ponto é essencialmente esta: a forma como este assunto é tratado (nos media, etc) é desproporcionada face à relevância do problema.
Não é preciso ir muito longe, basta pegar naquela infografia que colocaste hoje: as despesas com pessoal no activo não chegam a 25% do Orçamento do Estado.
Mas passa-se uma mensagem completamente diferente!
Depois há os aposentados. Aí sim, é quase tudo com excelentes vencimentos. Mas aí não cortam, parece que cortar é tabu...
Um tabu que o FEEF e o FMI provavelmente vão desfazer!
Sim, nunca é tarde para fazer uma verificação ao sistema que de certo não é perfeito, admitindo nós que possa ter desequilíbrios acumulados ao longo do tempo, sem mais delongas.
Temos muitos pruridos em relação à nossa soberania, gostando do nosso quentinho mesmo que seja ordinário e cuidado! com o FMI que coisa medonha, que nos envergonha, ui que não devemos deixá-los mostrarem que nós não nos sabemos governar (PCP e Bloco de Esquerda), etc, ui, ai, e tal!
Avaliando cada situação, acho que devemos aproveitar que estamos com lodo até aos berlindes e dizer ao FMI o seguinte:
portugueses: -ouve lá fmi, o que achas disto?
fmi: bla, bla.
p: - É melhor por ordem?
fmi: bla.
p: -Ok, então, diz tu, que sabes, para ver se eu estou de acordo!
fmi: bla!
p: - Hum, tá bem, pode ser, mas não devias estar com esses pormenores! OK, que seja, mas só porque eu concordo, ok!
fmi: bla!
p: – Tá bem, pronto, porque eu concordo e também porque tem que ser!
fmi: bla!
p: – Tá bem, pronto, porque tem que ser e porque não temos outra hipótese e porque é melhor aproveitar a ajuda de quem sabe e aproveitar para ver se aprendemos alguma coisa, tá bem, pronto, empresta lá o dinheiro que a gente promete não o esbanjar........ muito!
É um pouco isto! É o momento de aproveitar para pôr à prova a nossa inteligência social.
E pode não haver muitas oportunidades como esta para ordenar melhor a casa.