CALDEIRÃO DE BOLSA

carf2007 Escreveu:Estão a falar das crediveis agencias que avaliavam a Lehman em AAA no dia anterior à falência ???

Dessas agencias crediveis que avaliam Portugal abaixo da Libia ?

Ou das agencias "ao serviço do Dolar" que apenas procuram desestabilizar o Euro ?

Tens toda a razão, estive a ver o filme inside job, e é impressionante a desfasatez perante o senado americano daqueles representantes das 3 principais agências de rating moodys, santard and poors e fintch, a dizerem que os ratings que lançavam em antes da crise de AAA e AA+ dias antes das falências da LBrothers e AIG eram mera opiniões.
O que não percebo é como é que agora estas mesmas agências ao darem ratings perto de junk e junk possam ter alguma credibilidade.
Será que vamos ve-los em breve a dizer que os ratings baixissimos tambem são meras opiniões?

AM,

Uma solução do género da apontada pelo artista faz sentido, isto é, as comissões de transacção preverem uma percentagem para as AdR.
O sistema tal como está levanta muitas dúvidas e desconfiança. Julgo ser necessária uma reforma neste domínio.

Cumps

migluso Escreveu:"Until the early 1970s, bond credit ratings agencies were paid for their work by investors who wanted impartial information on the credit worthiness of securities issuers and their particular offerings."

http://en.wikipedia.org/wiki/Bond_credit_rating

Obviamente, deviam ser os investidores a pagarem às agências de rating.

É assim que funciona no mercado das pme que são avaliadas pela dun ou pela coface.
A pme nada paga para ser avaliada. O investidor ou o credor que quiser ter acesso aos dados é que incorre num custo.

Claro Migluso. E isso faria com que as agências procurassem fazer um bom trabalho de avaliação para os seus clientes, além de saberem de antemão que seriam 'responsabilizadas' quando fizessem más avaliações (quando digo responsabilizadas é porque alguém que faz sistematicamente um mau trabalho é varrido do mercado).

A desvantagem disto seriam provavelmente as pequenas emissões, com pouco interesse por parte do mercado, que sairiam sistematicamente sem rating porque ninguém quereria pagar um trabalho caro que, quando há muita gente interessada, torna-se mais barato por haver muitos clientes.

Pois, concordo, uma parte das comissões das ordens de bolsa devia pagar isso, assim é mais difícil acreditar que estão a ser imparciais!

"Until the early 1970s, bond credit ratings agencies were paid for their work by investors who wanted impartial information on the credit worthiness of securities issuers and their particular offerings."

http://en.wikipedia.org/wiki/Bond_credit_rating

Obviamente, deviam ser os investidores a pagarem às agências de rating.

É assim que funciona no mercado das pme que são avaliadas pela dun ou pela coface.
A pme nada paga para ser avaliada. O investidor ou o credor que quiser ter acesso aos dados é que incorre num custo.

rsacramento Escreveu:ao ler isto, reparei na seguinte frase:

O BES rescindiu com a Fitch

com que então são os avaliados quem paga aos avaliadores? o Bes, a República também? e Cascais, já agora?

alguém me esclarece?

Sim Sacramento, são os emissores que pagam às agências. Caso decidam não o fazer correm o risco de não ter procura pelas emissões (ou dificuldades nos empréstimos), devido à falta de rating.

Lion_Heart Escreveu:Tens tres hipoteses de "mandar" nas agências de rating

Es poderoso , es rico , ou mantens um low profile.

Portugal não é nada dissso.

Realmente a história das agências de rating é quase um conto de fadas para as próprias.
São pagas, e bem pagas, para darem a notação que lhes apetece. Sim porque mesmo que as notações estejam completamente erradas não há problema, eram só opiniões.
Por outro lado as empresas e países não as podem evitar porque grande parte dos fundos não compram dívida sem que esta tenha uma notação (e não convêm que seja "lixo").

Tens tres hipoteses de "mandar" nas agências de rating

Es poderoso , es rico , ou mantens um low profile.

Portugal não é nada dissso.

carf2007 Escreveu:Estão a falar das crediveis agencias que avaliavam a Lehman em AAA no dia anterior à falência ???

Dessas agencias crediveis que avaliam Portugal abaixo da Libia ?

Ou das agencias "ao serviço do Dolar" que apenas procuram desestabilizar o Euro ?

Estamos a falar de um tipo de agências em especial que têm tudo isso em comum...

Estão a falar das crediveis agencias que avaliavam a Lehman em AAA no dia anterior à falência ???

Dessas agencias crediveis que avaliam Portugal abaixo da Libia ?

Ou das agencias "ao serviço do Dolar" que apenas procuram desestabilizar o Euro ?

Mares Escreveu:

charles Escreveu:Claro, a mim o que me surpreende um pouco é as agências de rating serem penso que Americanas, fazia todo o sentido haver agências de rating Europeias, não sei se isto é possivel!

Isso já foi discutído num passado recente (quando estalou a crise na Grécia), os alemães e franceses tentaram fazer isso.

Mas agora que economia deles está crescendo e os "ratings" deles são mantídos, então já se esqueceram disso...

E no fundo, quanto mais os "porcos" andarem "à rasca", mais os francêses e alemães dar-se-ão melhor.

Tá bem, mas vai lá ao outro tópico responder à minha pergunta

andre_ferreira Escreveu:

Lion_Heart Escreveu:

charles Escreveu:Claro, a mim o que me surpreende um pouco é as agências de rating serem penso que Americanas, fazia todo o sentido haver agências de rating Europeias, não sei se isto é possivel!

Ia dar ao mesmo, pq umas nao podiam dar AAA e outras BBB a mesma empresa ou Estado.

Para além que criar empresas dessas demora muito tempo a ter credibilidade.

Com a crise do subprime as agencias perderam muita da credibilidade que tinham (e com razão!!). Foram mesmo consideradas pelo Congresso americano umas das culpadas da crise e as agencias limitaram-se a dizer que só expressavam opiniões.

Mas agora passados 2 anos já toda gente se esqueceu do papel que elas tiveram na crise e já têm a credibilidade toda.

E, ainda, estão a tentar redimir-se dos seus erros do passado ao cortarem os ratings dos paises de forma rapida e drastica.

Curiosamente quando o Lion postou, eu estava a lembrar-me de algumas avaliações muito recentes, talvez do incio deste ano, eu li nessa altura que o risco de incumprimento da divida Portuguesa era zero, e agora é o que se vê, é certo que houve a demissão do PM que veio complicar tudo mas já se percebia no inicio deste ano que as coisas iam acabar mal em termos politicos, acho que o que está a acontecer neste momento é a verdade nua e crua, claro que ninguém gosta!

charles Escreveu:Claro, a mim o que me surpreende um pouco é as agências de rating serem penso que Americanas, fazia todo o sentido haver agências de rating Europeias, não sei se isto é possivel!

Isso já foi discutído num passado recente (quando estalou a crise na Grécia), os alemães e franceses tentaram fazer isso.

Mas agora que economia deles está crescendo e os "ratings" deles são mantídos, então já se esqueceram disso...

E no fundo, quanto mais os "porcos" andarem "à rasca", mais os francêses e alemães dar-se-ão melhor.

Lion_Heart Escreveu:

charles Escreveu:Claro, a mim o que me surpreende um pouco é as agências de rating serem penso que Americanas, fazia todo o sentido haver agências de rating Europeias, não sei se isto é possivel!

Ia dar ao mesmo, pq umas nao podiam dar AAA e outras BBB a mesma empresa ou Estado.

Para além que criar empresas dessas demora muito tempo a ter credibilidade.

Com a crise do subprime as agencias perderam muita da credibilidade que tinham (e com razão!!). Foram mesmo consideradas pelo Congresso americano umas das culpadas da crise e as agencias limitaram-se a dizer que só expressavam opiniões.

Mas agora passados 2 anos já toda gente se esqueceu do papel que elas tiveram na crise e já têm a credibilidade toda.

E, ainda, estão a tentar redimir-se dos seus erros do passado ao cortarem os ratings dos paises de forma rapida e drastica.

charles Escreveu:Claro, a mim o que me surpreende um pouco é as agências de rating serem penso que Americanas, fazia todo o sentido haver agências de rating Europeias, não sei se isto é possivel!

Ia dar ao mesmo, pq umas nao podiam dar AAA e outras BBB a mesma empresa ou Estado.

Para além que criar empresas dessas demora muito tempo a ter credibilidade.

Claro, a mim o que me surpreende um pouco é as agências de rating serem penso que Americanas, fazia todo o sentido haver agências de rating Europeias, não sei se isto é possivel!

Quem não é avaliado não tem acesso aos "mercados"...

O problema é:

se não pagas , não tens rating , se não tens rating quando pedes emprestado ninguém te empresta.

Só se pode dar ao luxo de não ter rating quem não precisa de créditos. (penso que seja assim)

charles Escreveu:Encontrei isto,também estou um pouco surpreendido

Historicamente, as primeiras agências de classificação de risco foram Fitch Ratings, Moody's e Standard & Poor's. Essas agências operam, sob remuneração, por solicitação de empresas e eventualmente de estados que desejam ser classificados, mas com independência em relação aos solicitantes.

Mas isso está certo....

Até para levarmos porrada, temos de pagar...

Mas tem muitos que gostariam de levar porrada, mas eles não aceitam...

Então o que podemos pedir é, ... batam, mas devagarinho...

Encontrei isto,também estou um pouco surpreendido

Historicamente, as primeiras agências de classificação de risco foram Fitch Ratings, Moody's e Standard & Poor's. Essas agências operam, sob remuneração, por solicitação de empresas e eventualmente de estados que desejam ser classificados, mas com independência em relação aos solicitantes.

ao ler isto, reparei na seguinte frase:

O BES rescindiu com a Fitch

com que então são os avaliados quem paga aos avaliadores? o Bes, a República também? e Cascais, já agora?

alguém me esclarece?