Dentro de 50 anos já não haverá petróleo
29 Março 2011 | 20:47
Carla Pedro -
cpedro@negocios.pt
O mundo poderá já só contar com 49 anos de fornecimento de "ouro negro", diz HSBC.
Poderá já só haver 49 anos de oferta de petróleo, mesmo que a procura se mantenha estável durante esse período. Quem o diz é a economista Karen Ward, do HSBC.
"Os recursos energéticos são escassos. Mesmo que a procura não aumente, poderemos já só ter 49 anos de crude disponível", salienta a economista num relatório hoje divulgado pela CNBC.
Quanto ao gás, "enfrenta menos condicionalismos, mas o seu transporte e utilização com vista a atender à procura do sector dos transportes é um grande problema", refere a mesma responsável.
No que diz respeito ao carvão, Karen Ward diz que é o recurso fóssil mais abundante, com uma disponibilidade pela frente de 176 anos, mas que este é o maior culpado pelas emissões de carbono.
Se o fornecimento não fosse restringido, o mundo poderia observar um aumento de 110% na procura de crude até 2050, equivalente a 190 milhões de barris por dia, para alimentar o crescimento do mundo emergente, sublinha a economista do banco inglês.
Na opinião de Ward, citada pela CNBC, as regiões "mais inseguras em termos energéticos" são a Europa, América Latina e Índia. A economia prevê que a Europa, muito em particular, irá ver a sua situação energética deteriorar-se.
As cotações do petróleo seguem em alta nos mercados internacionais, a negociar nos 115,25 dólares por barril em Londres e nos 104,79 dólares em Nova Iorque, sustentadas sobretudo pelo intensificar dos combates na Líbia.