
Alguém tem ou sabe onde encontrar uma lista actualizada (minimamente) do défice e superavit de todos os países(ou da maioria deles pelo menos)?
Fórum dedicado à discussão sobre os Mercados Financeiros - Bolsas de Valores
http://teste.caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/
http://teste.caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?f=3&t=76338
pepi Escreveu:pdcarrico Escreveu:Pode ser que tenhas razão. Admito que há muita coisa de que não tenho conhecimento em termos quantitativos. Isto é, tenho pouca noção dos montantes desorçamentados.
O problema da desorçamentação é mesmo esse! Ninguém sabe bem quanto é, onde está... O perimetro de consolidação do Estado é imenso!
Julgo que um dos factores que está a desencadear esta fuga para a frente do Sr. Pinto de Sousa, resulta do facto do S&P ter baixado para junk o rating das principais empresas públicas sobre endividadas... Assim, estas têm que recorrer ao accionista para fazer face aos deficits de tesouraria... E o accionista, i.e. o ESTADO, tem que aumentar a despesa pública e o seu endividamento!
Se googlares desorçamentação tens muito por onde entreter...
Abraços,
Pepi
Auditoria
Estado não sabe quantas fundações existem no País
29 Março 2011 | 15:00
Filomena Lança - filomenalanca@negocios.pt
As bases de dados das várias entidades que deviam controlar as fundações públicas e privadas existentes não são fiáveis, diz o Tribunal de Contas.
“Não foi possível identificar, com rigor, o universo fundacional actual, em particular o relativo às fundações de direito privado, em virtude de as bases de dados estabelecidas pelas várias entidades com responsabilidades no universo fundacional não serem consistentes, o que põe em causa a sua fiabilidade”. A conclusão é de uma auditoria do Tribunal de Contas (TC), hoje divulgada, que analisou a intervenção da secretaria-geral da Presidência do Conselho de Ministros (PCM) “nas diversas etapas do ciclo de vida das fundações privadas, nomeadamente o seu reconhecimento, cuja competência decisória cabe ao Ministro da Presidência”.
O TC não conseguiu apurar quantas fundações existem efectivamente em Portugal, sejam públicas, sejam privadas. Segundo o relatório, no Ficheiro Central de Pessoas Colectivas estavam inscritas 817, mas o próprio Instituto dos Registos e Notariados admitiu aos auditores que “a antiguidade desta base de dados origina que nela constem entidades indevidamente identificadas ou inscritas, inexistindo em relação às mais antigas documentação de suporte que permita a sua correcção oficiosa”.
Por outro lado, e “no que respeita a fundações cujo reconhecimento compete à PCM, estavam registadas, na secretaria-geral da PCM, à data da auditoria, cerca de 162 fundações privadas”, refere o relatório. Destas, nem todas constavam no registo do Ficheiro Central que, teoricamente, devia referenciar a totalidade de fundações existentes.
E também não tem todos os registos das fundações de fim especial, registadas, por sua vez, na Direcção-Geral da Segurança Social. Aí foram contabilizadas mais 200, a que somam 19 do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento e mais três na secretaria-geral do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Por sua vez, a Direcção-geral dos Impostos comunicou a existência de mais de 40.000 registos, “respeitantes não só a fundações, mas também a associações, não tendo possibilidade de as diferenciar”.
Não havendo “articulação suficiente entre as várias entidades com vista à constituição e à manutenção actualizada das respectivas bases de dados”, não é possível saber exactamente quantas fundações existem em Portugal, conclui o TC.
O superavit de mais de 800 milhões nas contas públicas anunciado pelo Governo há seis dias vai ser completamente anulado em Março, mês em que o défice vai ser de quase três mil milhões” (via TSF)
artista Escreveu:AutoMech Escreveu:No final do ano, o saldo negativo deverá ser de mais 9800 milhões de euros, um valor agora revisto em alta ligeira pelo Governo. O valor previsto na execução orçamental é de 9770 milhões de euros.
Percebo pouco disto e fiquei com uma dúvida. Este valor não corresponde a um défice superior a 5%?
AutoMech Escreveu:Administração Central passa de superavit a défice
O superavit de mais de 800 milhões nas contas públicas anunciado pelo Governo há seis dias vai ser completamente anulado em Março, mês em que o défice vai ser de quase três mil milhões.
No final do primeiro trimestre, o Governo estima um défice na Administração Central de mais de 2500 milhões. Um número que contrasta com o superavit de quase 360 milhões registado nos dois primeiros meses do ano.
Os números que estabelecem os objectivos trimestrais para a Administração Central foram divulgados, esta quarta-feira, pelo gabinete de Teixeira dos Santos e mostram que, em Março, a despesa corrente do Estado vai ser de cerca de seis mil milhões de euros, quase tanto quanto os sete mil milhões registados nos dois primeiros meses do ano.
No segundo trimestre do ano, o défice vai ser de 8700 milhões, número que sobe apenas 200 milhões no terceiro trimestre.
No final do ano, o saldo negativo deverá ser de mais 9800 milhões de euros, um valor agora revisto em alta ligeira pelo Governo. O valor previsto na execução orçamental é de 9770 milhões de euros.
Contactado pela TSF, o Ministério de Teixeira dos Santos confirmou estes números, justificando-os com «efeitos de sazonalidade».
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economi ... id=1813020
AutoMech Escreveu:No final do ano, o saldo negativo deverá ser de mais 9800 milhões de euros, um valor agora revisto em alta ligeira pelo Governo. O valor previsto na execução orçamental é de 9770 milhões de euros.
Administração Central passa de superavit a défice
O superavit de mais de 800 milhões nas contas públicas anunciado pelo Governo há seis dias vai ser completamente anulado em Março, mês em que o défice vai ser de quase três mil milhões.
No final do primeiro trimestre, o Governo estima um défice na Administração Central de mais de 2500 milhões. Um número que contrasta com o superavit de quase 360 milhões registado nos dois primeiros meses do ano.
Os números que estabelecem os objectivos trimestrais para a Administração Central foram divulgados, esta quarta-feira, pelo gabinete de Teixeira dos Santos e mostram que, em Março, a despesa corrente do Estado vai ser de cerca de seis mil milhões de euros, quase tanto quanto os sete mil milhões registados nos dois primeiros meses do ano.
No segundo trimestre do ano, o défice vai ser de 8700 milhões, número que sobe apenas 200 milhões no terceiro trimestre.
No final do ano, o saldo negativo deverá ser de mais 9800 milhões de euros, um valor agora revisto em alta ligeira pelo Governo. O valor previsto na execução orçamental é de 9770 milhões de euros.
Contactado pela TSF, o Ministério de Teixeira dos Santos confirmou estes números, justificando-os com «efeitos de sazonalidade».
pdcarrico Escreveu:Sei que concorda que era uma lei nociva, mas pergunto-me se por trás dela não haveria uma intenção de não desenvolver assim tanto a indústria e manter uma estrutura económica centrada em outros vectores - sector primário e conexão com as ex-colónias.
varus Escreveu:Caro pdcarrico ;
O estado novo não descurou e até prestou muita atenção, com os cursos técnicos , que depois do 25A, desaparecem , e as faculdades de engenharia , tinham um bom corpo de docentes .
A U.P de engenharia civil ,era muito bom , segundo um amigo engenheiro , gabinetes técnicos de diversos países diziam que Cahora Bassa iria assorear , e era impossível tecnicamente de o evitar , como aconteceu com a barragem do Assuão , a U.P resolveu o problema .
É um processo que demora muitos anos, e tudo começa pelas universidades.
No século XIX e principio XX a maioria dos engenheiros que trabalhavam em Portugal, eram Franceses , havia poucos portugueses , o meu avô era engenheiro , e quase todos os seus amigos engenheiros eram Franceses , a trabalhar em Portugal.
varus Escreveu:Caro AutoMech :
Como já disse anteriormente , o estado novo cometeu um erro , que foi o condicionalismo industrial , em que para montar uma fábrica ,era necessário uma licença do ministério da industria , e a demora , inviabilizava muitos investimentos , e desesperava os seus patrocinadores .
Mas na década de 60, essa situação é ultrapassada.
Só por este facto , é poderia ter havido algum atraso num crescimento mais rápido , mas curiosamente não tem nada haver com corrupção , mas sim por alguma metodologia de harmonizar geograficamente os investimentos!
Um caso conhecido na época foi a fuga de Tomé Feteira
,para o Brasil devido ter pago a trabalhador para assassinar o ministro, por este não lhe passar a licença de construção de uma fábrica.
varus Escreveu:Não se pode criar um parque industrial de um dia para o outro , e ainda para mais com um mercado pequeno, é o mesmo que passa a agora .
varus Escreveu:Foi necessário acumular capitais , criação de empresários , especializar mão-de-obra, potenciar mercados para exportar , mas com as razões exógenas citadas foi mais complicado, dificultou exportações por comboio , e facto de portugal estar longe dos mercados do centro da europa dificultou.
Para se criar uma industria competitiva leva dezenas de anos, já estou a ver que nunca andou no mundo empresarial .
varus Escreveu:Caro pdcarrico :
Mas portugal em 1930 não tinha tradição industrial como os países da europa central e universidades de engenharia de qualidade.
varus Escreveu:Foi necessário acumular capitais , criação de empresários , especializar mão-de-obra, potenciar mercados para exportar , mas com as razões exógenas citadas foi mais complicado, dificultou exportações por comboio , e facto de portugal estar longe dos mercados do centro da europa dificultou.
Para se criar uma industria competitiva leva dezenas de anos, já estou a ver que nunca andou no mundo empresarial .
varus Escreveu:Fui sócio ,com uma percentagem muito relevante de uma PME que tem proveitos anuais e é uma grande exportadora de 200 milhões de euros , e que toda vocês a conhecem .OK.
Para acabar , o nosso capital inicial foi de 800 contos , sem suprimentos.
Tenho que ir para o ginásio, aí em Salvador ainda dá ires tomares um banho no mar que sorte
varus Escreveu:Caro pdcarrico :
Isso não é verdade , a moeda era muito credível, fala com quiseres , isso é desconversar , é não ter razão e tentar arranjar argumentos falsos.
Então o país não tinha dinheiro para importar , a moeda era muito bem aceite porque tinha um suporte em ouro, uma das maiores reservas.
varus Escreveu:Caro pdcarrico :
O problema da emigração , é muito diferente , estava a haver uma rotação do sector primário para sector secundário ,e em Portugal não havia indústria suficiente para absorver esse fluxo rápido , porque a agricultura , deixou em muitas situações de ser rentável, e por isso existiu um migração interna e emigração.