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Caldeirão da Bolsa

Execução orçamental: superavit histórico de €836 milhões

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por helderjsm » 7/7/2011 14:22

Alguém tem ou sabe onde encontrar uma lista actualizada (minimamente) do défice e superavit de todos os países(ou da maioria deles pelo menos)?
Melhores cumprimentos,
Helder Magalhães
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por pepi » 29/3/2011 16:25

pepi Escreveu:
pdcarrico Escreveu:Pode ser que tenhas razão. Admito que há muita coisa de que não tenho conhecimento em termos quantitativos. Isto é, tenho pouca noção dos montantes desorçamentados.


O problema da desorçamentação é mesmo esse! Ninguém sabe bem quanto é, onde está... O perimetro de consolidação do Estado é imenso!

Julgo que um dos factores que está a desencadear esta fuga para a frente do Sr. Pinto de Sousa, resulta do facto do S&P ter baixado para junk o rating das principais empresas públicas sobre endividadas... Assim, estas têm que recorrer ao accionista para fazer face aos deficits de tesouraria... E o accionista, i.e. o ESTADO, tem que aumentar a despesa pública e o seu endividamento!

Se googlares desorçamentação tens muito por onde entreter...

Abraços,
Pepi


Follow the money, follow the money... Ou então, fechem a torneira que eles rapidamente se farão ouvir!

Auditoria
Estado não sabe quantas fundações existem no País
29 Março 2011 | 15:00
Filomena Lança - filomenalanca@negocios.pt


As bases de dados das várias entidades que deviam controlar as fundações públicas e privadas existentes não são fiáveis, diz o Tribunal de Contas.
“Não foi possível identificar, com rigor, o universo fundacional actual, em particular o relativo às fundações de direito privado, em virtude de as bases de dados estabelecidas pelas várias entidades com responsabilidades no universo fundacional não serem consistentes, o que põe em causa a sua fiabilidade”. A conclusão é de uma auditoria do Tribunal de Contas (TC), hoje divulgada, que analisou a intervenção da secretaria-geral da Presidência do Conselho de Ministros (PCM) “nas diversas etapas do ciclo de vida das fundações privadas, nomeadamente o seu reconhecimento, cuja competência decisória cabe ao Ministro da Presidência”.

O TC não conseguiu apurar quantas fundações existem efectivamente em Portugal, sejam públicas, sejam privadas. Segundo o relatório, no Ficheiro Central de Pessoas Colectivas estavam inscritas 817, mas o próprio Instituto dos Registos e Notariados admitiu aos auditores que “a antiguidade desta base de dados origina que nela constem entidades indevidamente identificadas ou inscritas, inexistindo em relação às mais antigas documentação de suporte que permita a sua correcção oficiosa”.

Por outro lado, e “no que respeita a fundações cujo reconhecimento compete à PCM, estavam registadas, na secretaria-geral da PCM, à data da auditoria, cerca de 162 fundações privadas”, refere o relatório. Destas, nem todas constavam no registo do Ficheiro Central que, teoricamente, devia referenciar a totalidade de fundações existentes.

E também não tem todos os registos das fundações de fim especial, registadas, por sua vez, na Direcção-Geral da Segurança Social. Aí foram contabilizadas mais 200, a que somam 19 do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento e mais três na secretaria-geral do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Por sua vez, a Direcção-geral dos Impostos comunicou a existência de mais de 40.000 registos, “respeitantes não só a fundações, mas também a associações, não tendo possibilidade de as diferenciar”.

Não havendo “articulação suficiente entre as várias entidades com vista à constituição e à manutenção actualizada das respectivas bases de dados”, não é possível saber exactamente quantas fundações existem em Portugal, conclui o TC.
 
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por Camisa Roxa » 23/3/2011 17:49

O superavit de mais de 800 milhões nas contas públicas anunciado pelo Governo há seis dias vai ser completamente anulado em Março, mês em que o défice vai ser de quase três mil milhões” (via TSF)
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por Automech » 23/3/2011 17:01

artista Escreveu:
AutoMech Escreveu:No final do ano, o saldo negativo deverá ser de mais 9800 milhões de euros, um valor agora revisto em alta ligeira pelo Governo. O valor previsto na execução orçamental é de 9770 milhões de euros.


Percebo pouco disto e fiquei com uma dúvida. Este valor não corresponde a um défice superior a 5%?


Eu estou a ver se encontro mais informação porque tinha ideia que o défice previsto para 2011 seria aprox. 8.000M de euros (pelo menos fiquei com esse número redondo na cabeça, mas já não tenho a certeza).

E depois temos outro problema. O PIB estimado para 2011 baseava-se em crescimento.

Se o PIB vai ser inferior (recessão), o mesmo valor de défice automaticamente representa mais em % do PIB. É uma grande caldeirada.

A ver se consigo encontrar mais dados. As notícias saem às pinguinhas.
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por pepi » 23/3/2011 16:37

AutoMech Escreveu:
Administração Central passa de superavit a défice

O superavit de mais de 800 milhões nas contas públicas anunciado pelo Governo há seis dias vai ser completamente anulado em Março, mês em que o défice vai ser de quase três mil milhões.

No final do primeiro trimestre, o Governo estima um défice na Administração Central de mais de 2500 milhões. Um número que contrasta com o superavit de quase 360 milhões registado nos dois primeiros meses do ano.

Os números que estabelecem os objectivos trimestrais para a Administração Central foram divulgados, esta quarta-feira, pelo gabinete de Teixeira dos Santos e mostram que, em Março, a despesa corrente do Estado vai ser de cerca de seis mil milhões de euros, quase tanto quanto os sete mil milhões registados nos dois primeiros meses do ano.

No segundo trimestre do ano, o défice vai ser de 8700 milhões, número que sobe apenas 200 milhões no terceiro trimestre.

No final do ano, o saldo negativo deverá ser de mais 9800 milhões de euros, um valor agora revisto em alta ligeira pelo Governo. O valor previsto na execução orçamental é de 9770 milhões de euros.

Contactado pela TSF, o Ministério de Teixeira dos Santos confirmou estes números, justificando-os com «efeitos de sazonalidade».

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economi ... id=1813020


Eu pensei que iam conseguir empurrar essa despesa para o 2º trimestre de forma a maquilhar isto a tempo de recorrer ao novo pacote de ajuda.

Mas com o financiamento cortado no sector empresarial do Estado, as coisas estão a precipitar-se mais depressa do que estava escrito no guião do JS.

Por mim é deixá-lo a fritar mais uns tempos para expulsar esta cambada de uma vez por todas! :evil: :evil: :evil:
 
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por artista_ » 23/3/2011 16:35

AutoMech Escreveu:No final do ano, o saldo negativo deverá ser de mais 9800 milhões de euros, um valor agora revisto em alta ligeira pelo Governo. O valor previsto na execução orçamental é de 9770 milhões de euros.


Percebo pouco disto e fiquei com uma dúvida. Este valor não corresponde a um défice superior a 5%?
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por Automech » 23/3/2011 16:24

Administração Central passa de superavit a défice

O superavit de mais de 800 milhões nas contas públicas anunciado pelo Governo há seis dias vai ser completamente anulado em Março, mês em que o défice vai ser de quase três mil milhões.

No final do primeiro trimestre, o Governo estima um défice na Administração Central de mais de 2500 milhões. Um número que contrasta com o superavit de quase 360 milhões registado nos dois primeiros meses do ano.

Os números que estabelecem os objectivos trimestrais para a Administração Central foram divulgados, esta quarta-feira, pelo gabinete de Teixeira dos Santos e mostram que, em Março, a despesa corrente do Estado vai ser de cerca de seis mil milhões de euros, quase tanto quanto os sete mil milhões registados nos dois primeiros meses do ano.

No segundo trimestre do ano, o défice vai ser de 8700 milhões, número que sobe apenas 200 milhões no terceiro trimestre.

No final do ano, o saldo negativo deverá ser de mais 9800 milhões de euros, um valor agora revisto em alta ligeira pelo Governo. O valor previsto na execução orçamental é de 9770 milhões de euros.

Contactado pela TSF, o Ministério de Teixeira dos Santos confirmou estes números, justificando-os com «efeitos de sazonalidade».

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economi ... id=1813020
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por pdcarrico » 23/3/2011 2:35

Auto,

Não tem muito a ver com o tópico ... não tem nada mesmo :roll:

Mas tinha que te dizer que achei a tua frase de assinatura fabulosa. Não conheço muito de Oscar Wilde ... na verdade não conheço nada a não ser uma estátua que vi em Dublin, mas só por essa frase já ficaria com curiosidade de ler alguma coisa dele.
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por Automech » 23/3/2011 2:02

pdcarrico Escreveu:Sei que concorda que era uma lei nociva, mas pergunto-me se por trás dela não haveria uma intenção de não desenvolver assim tanto a indústria e manter uma estrutura económica centrada em outros vectores - sector primário e conexão com as ex-colónias.


Isso além do Salazar não querer grupos económicos "desalinhados" (basta ver quem eram os empresários do antigo regime).

O Varus insiste em dizer que no Estado Novo se podia criticar mas era impensável haver, por exemplo, um Belmiro de Azevedo ou um Alexandre dos Santos a dizerem o que lhes vai na cabeça. E o Belmiro ou o AS não são comunistas, nem estão a atentar contra o actual regime. Apenas são (bastante) críticos, algo impensável no estado novo.

A lei do condicionamento funcionou, precisamente, para controlar o aparecimento dos Belmiros, Alexandres e companhia e muito nos atrasou em termos de desenvolvimento. Graças a quem ? :wink:
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por pdcarrico » 23/3/2011 1:52

varus Escreveu:Caro pdcarrico ;

O estado novo não descurou e até prestou muita atenção, com os cursos técnicos , que depois do 25A, desaparecem , e as faculdades de engenharia , tinham um bom corpo de docentes .
A U.P de engenharia civil ,era muito bom , segundo um amigo engenheiro , gabinetes técnicos de diversos países diziam que Cahora Bassa iria assorear , e era impossível tecnicamente de o evitar , como aconteceu com a barragem do Assuão , a U.P resolveu o problema .

É um processo que demora muitos anos, e tudo começa pelas universidades.

No século XIX e principio XX a maioria dos engenheiros que trabalhavam em Portugal, eram Franceses , havia poucos portugueses , o meu avô era engenheiro , e quase todos os seus amigos engenheiros eram Franceses , a trabalhar em Portugal.


O meu Pai, que era Agrónomo, trabalhou na reprogramação agrícola decorrente do aparecimento da albufeira de Cahora-Bassa. Eu na altura, pouco depois de ter nascido, vivia lá - em Tete. Era concerteza um trabalho bem interessante.

Sim, as datas que refere coincidem com a inexistência de uma Universidade técnica em Portugal, que segundo julgo saber, apenas surgiu em 1911 com o IST.

O que fala sobre os cursos técnicos parece-me meio exagerado. Havia alguns cursos comerciais mas nada de muito significativo, e só na década de 70 passou a ser possível concluir uma licenciatura em engenharia fora do Técnico ou da Faculdade de Engenharia do Porto.

O ensino mais avançado era reservado a algumas elites e isso provocou um natural atraso e a uma carência de quadros que poderiam ocupar um lugar num País com maior propensão industrial.

varus Escreveu:Caro AutoMech :

Como já disse anteriormente , o estado novo cometeu um erro , que foi o condicionalismo industrial , em que para montar uma fábrica ,era necessário uma licença do ministério da industria , e a demora , inviabilizava muitos investimentos , e desesperava os seus patrocinadores .
Mas na década de 60, essa situação é ultrapassada.
Só por este facto , é poderia ter havido algum atraso num crescimento mais rápido , mas curiosamente não tem nada haver com corrupção , mas sim por alguma metodologia de harmonizar geograficamente os investimentos!
Um caso conhecido na época foi a fuga de Tomé Feteira
,para o Brasil devido ter pago a trabalhador para assassinar o ministro, por este não lhe passar a licença de construção de uma fábrica.


De facto o condicionamento foi um entrave, que também podemos entender como um exagero de planificação e de centralismo que normalmente atraiçoa o progresso que nasce da livre iniciativa.

Segundo julgo saber, e por experiência da família do meu Pai, que era dona de uma indústria de arroz, o condicionamento foi quase até ao fim do Estado Novo. É no mínimo incompreensível, se fosse intenção do executivo o dinamizar de uma indústria mais forte, que se mantenha uma lei assim.

Sei que concorda que era uma lei nociva, mas pergunto-me se por trás dela não haveria uma intenção de não desenvolver assim tanto a indústria e manter uma estrutura económica centrada em outros vectores - sector primário e conexão com as ex-colónias.
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por varus » 23/3/2011 0:32

Caro AutoMech :

Como já disse anteriormente , o estado novo cometeu um erro , que foi o condicionalismo industrial , em que para montar uma fábrica ,era necessário uma licença do ministério da industria , e a demora , inviabilizava muitos investimentos , e desesperava os seus patrocinadores .
Mas na década de 60, essa situação é ultrapassada.
Só por este facto , é poderia ter havido algum atraso num crescimento mais rápido , mas curiosamente não tem nada haver com corrupção , mas sim por alguma metodologia de harmonizar geograficamente os investimentos!
Um caso conhecido na época foi a fuga de Tomé Feteira
,para o Brasil devido ter pago a trabalhador para assassinar o ministro, por este não lhe passar a licença de construção de uma fábrica.
 
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por Automech » 23/3/2011 0:23

Mas Varus, tu falar como se o Salazar lá estivesse estado meia dúzia de anos e não tivesse tido tempo de fazer o que era preciso. O homem esteve lá quase 50 anos !
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por varus » 23/3/2011 0:18

Caro pdcarrico ;

O estado novo não descurou e até prestou muita atenção, com os cursos técnicos , que depois do 25A, desaparecem , e as faculdades de engenharia , tinham um bom corpo de docentes .
A U.P de engenharia civil ,era muito bom , segundo um amigo engenheiro , gabinetes técnicos de diversos países diziam que Cahora Bassa iria assorear , e era impossível tecnicamente de o evitar , como aconteceu com a barragem do Assuão , a U.P resolveu o problema .

É um processo que demora muitos anos, e tudo começa pelas universidades.

No século XIX e principio XX a maioria dos engenheiros que trabalhavam em Portugal, eram Franceses , havia poucos portugueses , o meu avô era engenheiro , e quase todos os seus amigos engenheiros eram Franceses , a trabalhar em Portugal.
 
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por Automech » 23/3/2011 0:04

varus Escreveu:Não se pode criar um parque industrial de um dia para o outro , e ainda para mais com um mercado pequeno, é o mesmo que passa a agora .


Por isso mesmo é que eu estou a chamar a atenção para o período de 50 a 73. Salazar terá tido 25 anos para acumular capital e fazer as reestruturações necessárias, mas depois nesta época de "ouro" de 50 a 73, não se vê nenhum resultado espectacular, como seria esperado, se seguirmos o teu raciocicinio.
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por varus » 22/3/2011 23:59

Caro AutoMech :

Essa tabela não está a considerar o investimento e a acumulação de capitais , não diz nada do que estão referir.

O século XIX e a I República foram maus para acumulação, de capitais , em grande parte devido á gestão pública , semelhante á situação actual, e a muitos negócios ruinosos, falências sucessivas de casas bancárias.
Os portugueses mais endinheirados , tem o dinheiro em Londres e Paris , ou detém obrigações e acções ao portador de empresas estrangeiras.
A bolsa era muito activa em valores estrangeiros , agora como era feito não sei .
Os negreiros "financiam" as obras de Fontes Pereira de Melo, e os torna viagem vão injectando dinheiro , e são eles que resolvem os problemas da balança de pagamentos.Mas começam timidamente a apostar na industria , mas com muitos insucessos .
Quando chegamos a 1930, o capital está no estrangeiro,só depois da tentativa de golpe 1931, é começa regressar capital.
Com a II Guerra mundial , há mais acumulação , e começa a se reunir as condições para se relançar a indústria .

Não se pode criar um parque industrial de um dia para o outro , e ainda para mais com um mercado pequeno, é o mesmo que passa a agora .
No caso dos EUA , existem muitas empresas de grande dimensão e escala planetária , mas tiveram de crescer e criar massa critica no mercado interno.

Por isso quando citei a importância das colónias , como mercados , para potenciar negócios , e por isso o crescimento acelera , estava a haver muitos negócios , muitos têxteis, iam para África, e estavam a potenciar as nossas empresas e por sua vez já estavam a exportar para os países da EFTA , da qual Portugal fazia parte.
 
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por Automech » 22/3/2011 22:57

varus Escreveu:Foi necessário acumular capitais , criação de empresários , especializar mão-de-obra, potenciar mercados para exportar , mas com as razões exógenas citadas foi mais complicado, dificultou exportações por comboio , e facto de portugal estar longe dos mercados do centro da europa dificultou.
Para se criar uma industria competitiva leva dezenas de anos, já estou a ver que nunca andou no mundo empresarial .


Varus, mais uma afirmação que é desmentida pelos números e mais uma vez no teu período favorito 1950-1973.

Investimos tanto em capital, como tu dizes e depois em matéria de crescimento da produtividade nem conseguimos superar a Espanha e a Grécia e pouco mais conseguimos do que outros países muito mais desenvolvidos ?

É muito, muito fraquinho...
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por greeneon » 22/3/2011 22:05

Caro varus apareça mais vezes...que isto anima quando existe alguem que vive no mundo real.
 
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por pdcarrico » 22/3/2011 22:00

varus Escreveu:Caro pdcarrico :

Mas portugal em 1930 não tinha tradição industrial como os países da europa central e universidades de engenharia de qualidade.


Certíssimo. O problema é que depois, a opção do Estado Novo foi a de não estimular em demasia a educação mais avançada dos Portugueses. Veja o que a Coreia do Sul ou o Japão fizeram, alimentando primeiro necessidades de mercado interno. Mas tudo começou com um plano sério de qualificação da população. Infelizmente, Salazar não quis ir por essa via. Há quem diga que era mais fácil controlar o povo se ele fosse menos educado.

varus Escreveu:Foi necessário acumular capitais , criação de empresários , especializar mão-de-obra, potenciar mercados para exportar , mas com as razões exógenas citadas foi mais complicado, dificultou exportações por comboio , e facto de portugal estar longe dos mercados do centro da europa dificultou.
Para se criar uma industria competitiva leva dezenas de anos, já estou a ver que nunca andou no mundo empresarial .


Não é com certeza um processo fácil, mas convenhamos que o que se fez foi muito pouco. E a começar poderia cimentar-se a ideia de que só no mercado interno haveria espaço para uma industrialização de maior porte. Até porque na altura o mercado interno não era só Portugal Continental.

Na verdade eu acho que Salazar não quis, por opção, uma indústria mais forte. Assim como também não quis colocar Portugal como produtor de mão de obra mais qualificada.

Quanto à minha experiência ... bem, eu sou humilde o suficiente para dizer que sei pouco sobre muita coisa, mas também tive as minhas experiências que têm a validade que têm. Sou engenheiro de formação, trabalhei, em Portugal, em duas multinacionais industriais Suíças e em duas empresas indústria/engenharia de menor porte. Não estou no activo no momento, não por opção própria, mas por circunstâncias da vida, mas acho que, apesar disso, posso ter opiniões de alguma validade.

varus Escreveu:Fui sócio ,com uma percentagem muito relevante de uma PME que tem proveitos anuais e é uma grande exportadora de 200 milhões de euros , e que toda vocês a conhecem .OK.

Para acabar , o nosso capital inicial foi de 800 contos , sem suprimentos.

Tenho que ir para o ginásio, aí em Salvador ainda dá ires tomares um banho no mar que sorte :lol:


Ainda bem ... esperemos que mais empresas como a sua se multipliquem. E infelizmente não poderei dar esse mergulho, pois estou desde a semana passada em Portugal ;) mas aqui vou a uma piscina aquecida :)
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por MarcoAntonio » 22/3/2011 21:45

Aqui fica em anexo um gráfico da taxa de desemprego de 1983 a 2011 em conjunto com a média europeia e algumas das maiores economias da Europa.
Anexos
taxadesemprego.PNG
taxadesemprego.PNG (60.04 KiB) Visualizado 1853 vezes
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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e dura....

por rg7803 » 22/3/2011 21:42

lol
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“Buy high, sell higher...”.
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por varus » 22/3/2011 21:13

Caro pdcarrico :

Mas portugal em 1930 não tinha tradição industrial como os países da europa central e universidades de engenharia de qualidade.
Foi necessário acumular capitais , criação de empresários , especializar mão-de-obra, potenciar mercados para exportar , mas com as razões exógenas citadas foi mais complicado, dificultou exportações por comboio , e facto de portugal estar longe dos mercados do centro da europa dificultou.
Para se criar uma industria competitiva leva dezenas de anos, já estou a ver que nunca andou no mundo empresarial .

Fui sócio ,com uma percentagem muito relevante de uma PME que tem proveitos anuais e é uma grande exportadora de 200 milhões de euros , e que toda vocês a conhecem .OK.

Para acabar , o nosso capital inicial foi de 800 contos , sem suprimentos.

Tenho que ir para o ginásio, aí em Salvador ainda dá ires tomares um banho no mar que sorte :lol:
 
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por varus » 22/3/2011 21:02

Caro pdcarrico :

Houve grandes fluxos emigratório da europa , para todo mundo , e de países que tinham PIB bastantes elevados , como da Suécia , os suecos tem uma grande comunidade nos EUA, como outros países , estavam todos na m...-
Outras oportunidades , ilusões ,territórios maiores , a conquista do oeste atraiu muitos emigrantes por exemplo.
 
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por pdcarrico » 22/3/2011 21:01

varus Escreveu:Caro pdcarrico :

Isso não é verdade , a moeda era muito credível, fala com quiseres , isso é desconversar , é não ter razão e tentar arranjar argumentos falsos.
Então o país não tinha dinheiro para importar , a moeda era muito bem aceite porque tinha um suporte em ouro, uma das maiores reservas.


Varus - leia com atenção o que escrevi. E diga-me depois onde eu escrevo que a moeda não é credível.

Se não entende de economia, então o problema é outro.

Já agora diga-me se havia liberdade total de comércio com o exterior.
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por varus » 22/3/2011 20:57

Caro MarcoAntonio :

Estava brincar contigo :wink:
 
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por pdcarrico » 22/3/2011 20:57

varus Escreveu:Caro pdcarrico :

O problema da emigração , é muito diferente , estava a haver uma rotação do sector primário para sector secundário ,e em Portugal não havia indústria suficiente para absorver esse fluxo rápido , porque a agricultura , deixou em muitas situações de ser rentável, e por isso existiu um migração interna e emigração.


Aqui vc fala de uma coisa muito interessante - o peso excessivo do sector primário. Agora a pergunta que não quer calar:

Desde 1926 no poder, com total blindagem da concorrência externa, sem participar na guerra, Portugal perdeu uma oportunidade de ouro para ter uma indústria um pouquinho mais representativa.

E quem estava no poder?
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