Mares Escreveu:Quanto à manipulação dos gráficos é evidente. Além disso não busca as causas do problema (por exemplo para o aumento das despesas do Estado), mas apenas coloca as consequências dessas políticas erradas nas contas públicas. Se houve quem implanta-se essas políticas, também os seus seguidores concordaram e até as reforçaram. Por isso mesmo, a crítica deverá ir para todos os governos que geríram este país depois do 25 de Abril.
As intervenções de M.Carreira não deveríam ter ficado somente em acusações "levianas" e sim deveria têr identificado as medidas tomadas pelos diversos governos e quais foram os impactos que tiveram na economia, nas finanças públicas e na sociedade. Essa sería a forma correta da crítica e necessária para esclareçer a sociedade.
Não devemos estar a falar do mesmo programa, ou então pelo facto de tu seres assumidamente "anti-Medina" não assististe à maioria dos programas seguramente e revelas desconhecimento, porque essas tuas duvidas tiveram respostas ao longo dos vários programas.
Não compreendo a tua argumentação nem daqueles que comungam de que o Medina é leviano e não aprofunda as acusações e criticas que faz, porque é precisamente esse o motivo que leva o Medina Carreira a irritar-se na parte final do ultimo programa com o Mário Crespo, acusando-o de evitar aprofundar os temas relevantes no programa e de lhe cortar a palavra quando este procura fazê-lo.
Eu compreendo que existam aqui e pelo país fora muitos portugueses que são e estão pessimistas sobre o quotidiano e futuro do país dado a situação grave e humilhante que vivemos e assistimos no dia-a-dia na imprensa, com os nossos familiares e amigos.
Também compreendo que apesar de tudo existam portugueses que não se rendam ao pessimismo e procurem encontrar motivos de optimismo quando a dura realidade persiste em impor-se aos desejos e vontade de melhores dias.
Mas não entendo nem compreendo aqueles que por motivos que só eles entendem, procuram serem insistentemente críticos de quem discordam e que lhe procuram rotula-los de pessimistas e maldizer, apesar da gravidade e dos tempos difíceis que hoje vivemos.
É que assim não resta ninguém para falar bem do país, porque os pessimistas recusam-se a ignorar a realidade do país e os críticos que perdem o seu tempo a perseguir e a criticar de forma crónica os pessimistas.
Confesso que gostaria de ver alguns daqueles que ocupam algum do seu tempo a "malhar" nos pessimistas, apresentar soluções para o país e a convidar os outros a discuti-as de forma construtiva.
Criticar não basta, é preciso dar o exemplo!