Pata-Hari Escreveu:Temos condições de clima e de terra para poder ser um fornecedor importante de alimentação para a Europa.
Achas que sim? Eu tenho ideia que a maioria dos nossos solos tem baixíssima aptidão agrícola.
A imagem anexa é uma CARTA DA CAPACIDADE DE USO DO SOLO - foi retirada
daqui e a explicação das várias classes é a seguinte:
Classe A - Solos com capacidade de uso muito elevada; com poucas limitações; sem riscos de erosão ou com riscos ligeiros; susceptíveis de uso agrícola intensivo;
Classe B - Solos com capacidade de uso elevada; limitações moderadas, riscos de erosão moderados; uso agrícola moderadamente intensivo e outras utilizações;
Classe C - Solos com capacidade de uso mediana; limitações acentuadas; riscos de erosão no máximo elevados; susceptíveis de utilização agrícola pouco intensiva e de outras utilizações;
Classe D - Solos com capacidade de uso muito baixa; limitações muito severas; riscos de erosão, no máximo elevados; não susceptível de uso agrícola; severas, a muito severas limitações para pastagens; exploração de matos e exploração floresta, podendo recomendar-se nalguns casos o uso de floresta de protecção ou recuperaçõo.
Classe E - Solos com capacidade de uso muito baixa; limitações muito severas; riscos de erosão elevados; não susceptível de uso agrícola; severas a muito severas limitações para pastagens; exploração de matos e exploração florestal, podendo recomendar-se nalguns casos uso exclusivamente de floresta de protecção ou recuperação.
Basicamente os solos aptos para a agricultura são os os solos das classes A e B, contudo nota que os solos deste tipo estão concentrados nas terras baixas do litoral (precisamente nas zonas onde a ocupação por tecido urbano é maior!) - o resto do território português, com excepção de pequenas bolsas aqui e ali (como por exemplo os "barros de Beja"), é dominado por solos das classes D e E e por isso não presta para a agricultura.