
Duvido muito que o povo vá quebrar o silencio, mas se isso acontecer não vai ser para brincadeiras. Acho que vou ficar com medo nessa altura. xD
Fórum dedicado à discussão sobre os Mercados Financeiros - Bolsas de Valores
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MiamiBlueHeart Escreveu:Viva a austeridade
"O actual Governo de José Sócrates já criou 42 grupos de trabalho, 20 comissões, dois conselhos, dois grupos consultivos, uma coordenação nacional, um observatório e uma estrutura de missão desde que tomou posse no final de 2009. A pesquisa efectuada pelo PÚBLICO nos despachos publicados em Diário da República permitiu concluir que há grupos de trabalho que se sobrepõem a comissões, e comissões que se justapõem a outras e à actividade que deveria ser realizada por organismos e entidades já existentes na Administração Pública."
A única profissão com futuro neste país é ser Boy..
Insultuoso para quem tem que pagara crise.
Sócrates diz que “Europa já fez erros demais”
O primeiro-ministro afirmou hoje que a resposta à actual crise de dívida soberana tem de ser europeia.
Ao falar durante uma conferência em Lisboa promovida pela Reuters e a TSF sobre a crise de dívida soberana, José Sócrates disse que "na base desta crise não está um excesso de Estado, está uma deficiência, uma falha no sentido em que [o Estado] devia estar presente onde não esteve".
Para o primeiro-ministro "tudo isto começou com agências de notação a dar triple A a produtos de subprime", o que foi "uma actuação irresponsável e aconteceu porque não houve regulamentação para a impedir".
José Sócrates reforçou que "esta é uma crise soberana europeia, é uma crise do Euro" e reiterou que o Governo "fará tudo o que for necessário" para cumprir as metas do défice de 4,6% este ano, incluindo adoptar mais medidas de austeridade, tal como disse horas antes o ministro das Finanças Teixeira dos Santos.
Bull Bull Escreveu:Tridion Escreveu:PequenoInvest Escreveu:Acho bem. Ainda me sobram uns trocos no final do mês e ainda tenho margem para que me subam os impostos.
Consigo sobreviver com pão e água e um pouco de leitinho. 75 € chega-me para isso tudo.
Venham de lá mais impostos
Eu vou cortar 50% no tabaco...vou passar a fumar um cigarro por dia.
Olha, comecei a fumar tabaco de enrolar e a minha mulher do normal, as vezes fumo também do normal.
Sente-se na poupança
AutoMech Escreveu:
Eu penso que faz sentido Pedro. Quantas e quantas vezes não ouvimos já justificar determinados comportamentos com o exemplo dos governantes (que traficam influencias, que corrompem, que metem o afilhado, que têm mordomias, que abusam do poder, etc. etc. etc.). Não é tão absurdo IMO, tal como não é absurdo os filhos seguirem exemplos dos pais (passe a comparação).
AutoMech Escreveu:pdcarrico Escreveu:Todos os nossos governantes - Mário Soares, Cavaco, Guterres, Durão, Santana e Sócrates, sempre tiveram que negociar com grupos de interesse porque o País simplesmente não consegue ter força para ver uma coisa que seja boa para todos antes de ser apenas para uma classe. Às vezes nem fazem o que defendiam, mas não teriam outra opção para conseguir Governar.
É, parcialmente, essa cultura de 'conflito' que os dois artigos tentam justificar com a cultura católica / protestante.
AutoMech Escreveu:pdcarrico Escreveu:Também acho estranho que as pessoas entendam nesta vinda do FMI uma oportunidade para mudar as coisas. O FMI tem mais do que fazer do estar a Governar. A única coisa que lhes interessa é a garantia de pagamento do que eles emprestam. Não por acaso já tivemos FMI e continuamos com os mesmos vícios.
Supondo que uma das medidas necessárias é, por exemplo, acabar com X organismos públicos e respectivos postos de trabalho, nenhum partido tem a coragem de o assumir (e provavelmente nem de o fazer, ainda que venha a ter maioria absoluta). Nessa medida o FMI serve de desculpa à "covardia" dos políticos, como já lhe chamou o PSG num artigo no negócios.
pdcarrico Escreveu:Eu acho que ele não está a ver bem as coisas. O último parágrafo não faz sentido absolutamente nenhum. Não há governantes nem pessoas santas (só mesmo se ele tiver uma visão telenoveleira da realidade) - há pessoas que administram situações em função da sua própria circunstância.
pdcarrico Escreveu:Todos os nossos governantes - Mário Soares, Cavaco, Guterres, Durão, Santana e Sócrates, sempre tiveram que negociar com grupos de interesse porque o País simplesmente não consegue ter força para ver uma coisa que seja boa para todos antes de ser apenas para uma classe. Às vezes nem fazem o que defendiam, mas não teriam outra opção para conseguir Governar.
pdcarrico Escreveu:Também acho estranho que as pessoas entendam nesta vinda do FMI uma oportunidade para mudar as coisas. O FMI tem mais do que fazer do estar a Governar. A única coisa que lhes interessa é a garantia de pagamento do que eles emprestam. Não por acaso já tivemos FMI e continuamos com os mesmos vícios.
MarcoAntonio Escreveu:Elias Escreveu:Se estás a sugerir que há mais consumo de combustível por ser fim-de-semana prolongado, então lembra-te que quem ganha mais com isso não são as gasolineiras (que ganham 15 ou 16 cêntimos por litro), mas sim o Estado (que arrecada mais de 80 cêntimos por litro de gasolina e 60 cêntimos por litro de gasóleo).
As gasolineiras não ganham assim tanto, ganham talvez na ordem de metade disso.
AutoMech Escreveu:A propósito dos governantes, há muito o hábito de dizer que os governantes são o espelho do povo, coisa com que não concordo na nossa sociedade (estou a referir-me concretamente a Portugal que é o que me interessa).
O Pedro Arroja escreveu ontem um comentário interessante no blog, que está em linha com o que penso:o fluxo das ideias
Uma das principais diferenças entre a cultura católica e a cultura protestante diz respeito à direcção do fluxo das ideias entre o povo e os governantes.
Na cultura protestante as ideias são discutidas e elaboradas pelo povo e os governantes são os seus executantes.
Daqui resulta a importãncia do debate das ideias na cultura protestante, e da formação da opinião pública. Aos governantes é deixada pouca autonomia, se é que alguma, neste domínio. Eles são supostos executarem a opinião dominante ou maioritária, tal como definida pelo povo. Nesta cultura, os governantes são o espelho do povo.
A qualidade de uma sociedade de cultura protestante depende do povo, não dos governantes.
É ao contrário na cultura católica. O povo é o espelho dos governantes. Aqui, as ideias são definidas pelos governantes e o povo segue aquilo que os governantes idealizaram para o país. O povo não possui autonomia intelectual. Olha para os governantes à espera que estes lhe digam o que deve fazer. E actua em conformidade.
A qualidade de uma sociedade de cultura católica depende da qualidade dos governantes. Se os governantes forem santos, o povo comporta-se como santo. Se, pelo contrário, os governantes forem de qualidade duvidosa, o povo comporta-se em concordância.
http://portugalcontemporaneo.blogspot.com/
MarcoAntonio Escreveu:Elias Escreveu:Se estás a sugerir que há mais consumo de combustível por ser fim-de-semana prolongado, então lembra-te que quem ganha mais com isso não são as gasolineiras (que ganham 15 ou 16 cêntimos por litro), mas sim o Estado (que arrecada mais de 80 cêntimos por litro de gasolina e 60 cêntimos por litro de gasóleo).
As gasolineiras não ganham assim tanto, ganham talvez na ordem de metade disso.
Elias Escreveu:Se estás a sugerir que há mais consumo de combustível por ser fim-de-semana prolongado, então lembra-te que quem ganha mais com isso não são as gasolineiras (que ganham 15 ou 16 cêntimos por litro), mas sim o Estado (que arrecada mais de 80 cêntimos por litro de gasolina e 60 cêntimos por litro de gasóleo).
MiamiBlueHeart Escreveu:Aliás, essa linha é facilmente contrariada com a análises de outros país. A religião não tem relação nenhuma com o estado de desenvolvimento de um país.
MiamiBlueHeart Escreveu:A religião não tem relação nenhuma com o estado de desenvolvimento de um país.
AutoMech Escreveu:MiamiBlueHeart Escreveu:Discordo plenanente e considero mesmo um insulto tais afirmações.
Por essa lógica, Guterres que era uma boa pessoa, teria sido um fantástico governenate.
Estas simplicidades de análise,como dsempre, só concluem asneiras..
Claro que cada é um livre de opinar Miami. A questão é que este artigo está enquadrado noutros que falam sobre o moldar da mentalidade em países católicos e protestantes.
Tu estás a fazer o comentário do Guterres (e muito bem observado) mas é preciso notar que do lado do povo (leia-se eleitores) há uma cultura no nosso país orientada para o facilitismo e que impede o que é descrito como sendo típico dos países protestante.
Aqui está um texto, bem mais polémico, mas que enquadra o outro que deixei:]uma cultura de deolindas
Pode uma cultura de deolindas - isto é uma cultura de pessoas que vivem até muito tardiamente em casa dos pais - produzir uma sociedade liberal, no sentido anglo-saxónico do termo, uma espécie de Inglaterra ou EUA?
Não, não pode. A família é uma instituição profundamente anti-liberal e quando as pessoas vivem maciçamente até à meia-idade (às vezes mais) no seio desta instituição, não vão mais conseguir reformar-se.
Primeiro, a família governa-se autoritariamente, e não segundo o valor liberal da democracia.
Segundo, a família está construída sobre o valor da complementaridade entre as pessoas (homem e mulher), e não segundo o valor liberal da competitividade entre elas.
Terceiro, a família é a instituição por excelência onde se pratica o altruísmo, exactamente o oposto do valor liberal do interesse-próprio ou do egoísmo.
Quarto, a família é uma instituição de protecção pessoal e, portanto, conservadora, contrariamente ao valor liberal da propensão pelo risco e pela inovação.
Quinto, a família assenta na dependência pessoal, que é contrária ao valor liberal da auto-suficiência ou da independência pessoal.
Sexto, a família visa realizar o bem comum dos seus membros, ao contrário do valor liberal da realização do bem individual.
Sétimo, a família regula-se por decisões pessoais, e não pelo valor liberal da Lei (The Rule of Law).
Oitavo, a família é uma instituição de redistribuição económica entre os seus membros, contariamente ao valor liberal da compensação pelo mérito.
Nono, a família é uma comunidade fechada, em oposição ao valor liberal da sociedade aberta.
Uma cultura de deolindas nunca produzirá uma sociedade liberal. Pelo contrário, produzirá uma sociedade muito anti-liberal.
http://portugalcontemporaneo.blogspot.c ... 3A06%3A00Z
MiamiBlueHeart Escreveu:Discordo plenanente e considero mesmo um insulto tais afirmações.
Por essa lógica, Guterres que era uma boa pessoa, teria sido um fantástico governenate.
Estas simplicidades de análise,como dsempre, só concluem asneiras..
]uma cultura de deolindas
Pode uma cultura de deolindas - isto é uma cultura de pessoas que vivem até muito tardiamente em casa dos pais - produzir uma sociedade liberal, no sentido anglo-saxónico do termo, uma espécie de Inglaterra ou EUA?
Não, não pode. A família é uma instituição profundamente anti-liberal e quando as pessoas vivem maciçamente até à meia-idade (às vezes mais) no seio desta instituição, não vão mais conseguir reformar-se.
Primeiro, a família governa-se autoritariamente, e não segundo o valor liberal da democracia.
Segundo, a família está construída sobre o valor da complementaridade entre as pessoas (homem e mulher), e não segundo o valor liberal da competitividade entre elas.
Terceiro, a família é a instituição por excelência onde se pratica o altruísmo, exactamente o oposto do valor liberal do interesse-próprio ou do egoísmo.
Quarto, a família é uma instituição de protecção pessoal e, portanto, conservadora, contrariamente ao valor liberal da propensão pelo risco e pela inovação.
Quinto, a família assenta na dependência pessoal, que é contrária ao valor liberal da auto-suficiência ou da independência pessoal.
Sexto, a família visa realizar o bem comum dos seus membros, ao contrário do valor liberal da realização do bem individual.
Sétimo, a família regula-se por decisões pessoais, e não pelo valor liberal da Lei (The Rule of Law).
Oitavo, a família é uma instituição de redistribuição económica entre os seus membros, contariamente ao valor liberal da compensação pelo mérito.
Nono, a família é uma comunidade fechada, em oposição ao valor liberal da sociedade aberta.
Uma cultura de deolindas nunca produzirá uma sociedade liberal. Pelo contrário, produzirá uma sociedade muito anti-liberal.
MiamiBlueHeart Escreveu:Estas simplicidades de análise,como dsempre, só concluem asneiras..
AutoMech Escreveu:Mas o artigo não faz a ligação ao capitalismo Migluso.
Apenas faz a distinção entre governação entre países protestantes e católicos (embora todos sejam capitalistas).
Pode não ser uma generalização absoluta mas, IMO, assenta que nem uma luva na diferença norte-sul na Europa.
AutoMech Escreveu:A propósito dos governantes, há muito o hábito de dizer que os governantes são o espelho do povo, coisa com que não concordo na nossa sociedade (estou a referir-me concretamente a Portugal que é o que me interessa).
O Pedro Arroja escreveu ontem um comentário interessante no blog, que está em linha com o que penso:o fluxo das ideias
Uma das principais diferenças entre a cultura católica e a cultura protestante diz respeito à direcção do fluxo das ideias entre o povo e os governantes.
Na cultura protestante as ideias são discutidas e elaboradas pelo povo e os governantes são os seus executantes.
Daqui resulta a importãncia do debate das ideias na cultura protestante, e da formação da opinião pública. Aos governantes é deixada pouca autonomia, se é que alguma, neste domínio. Eles são supostos executarem a opinião dominante ou maioritária, tal como definida pelo povo. Nesta cultura, os governantes são o espelho do povo.
A qualidade de uma sociedade de cultura protestante depende do povo, não dos governantes.
É ao contrário na cultura católica. O povo é o espelho dos governantes. Aqui, as ideias são definidas pelos governantes e o povo segue aquilo que os governantes idealizaram para o país. O povo não possui autonomia intelectual. Olha para os governantes à espera que estes lhe digam o que deve fazer. E actua em conformidade.
A qualidade de uma sociedade de cultura católica depende da qualidade dos governantes. Se os governantes forem santos, o povo comporta-se como santo. Se, pelo contrário, os governantes forem de qualidade duvidosa, o povo comporta-se em concordância.
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Elias Escreveu:habanero04 Escreveu:Elias Escreveu:habanero04 Escreveu:Até é bom para baixar o défice...
Essa tem sido a grande justificação para subir impostos.
Ajuda a baixar o défice, é verdade, mas apenas do lado da receita.
Tem que se começar por algum lado... mas do lado da despesa nesse dia de tolerância não haverá poupanças? subsidios de almoço e outros, despesas de funcionamento, por exemplo, electricidade, água, comunicações, etc...
habanero, claro que há poupanças, mas esse é um raciocínio que nos pode levar muito longe. Podíamos, por exemplo, adoptar a semana dos 4 dias de trabalho, cortando 20% nos vencimentos e nas despesas de funcionamento de uma data de serviços.
Elias Escreveu:AutoMech Escreveu:E se um partido apresentar um programa de governo e depois não o cumprir ? Também é culpa de quem o elegeu ? Culpa de quem foi ingénuo e acreditou ?
À primeira todos caem. Mas em 2009 já não havia desculpas
migluso Escreveu:Não concordo com essa visão weberiana que distingue entre culturas católicas e protestantes como a causa de um capitalismo mais ou menos avançado.
Japão, Hong-Kong, Singapura não são protestantes e são sociedades capitalistas.
O que está na base de um capitalismo mais ou menos avançado é o grau de liberdade e a criação de um ambiente favorável ao aparecimento de empresários, à acumulação de capital.
cumps