MarcoAntonio Escreveu:
Hedgers, Fundos, etc são investidores com pouca mobilidade e que tendem a estar no produto por longos-prazos (no caso do hedger não existe flexibilidade nenhuma). Mas é um problema menor para quem investe em derivados com vista a realizar ganhos com os movimentos do petróleo, normalmente focados no curto/médio-prazo. O perfil de investimento e mobilidade não são os mesmos nem pouco mais ou menos, um pequeno investidor/especulador pode adquirir hoje contratos e vendê-los daqui a umas semanas, o contango é praticamente irrelevante para ele e o efeito desprezível face à volatilidade mesmo que apanhe um ou dois roll-overs...
De acordo. Efectivamente um pequeno investidor que procura estar exposto a movimentos como o ocasionado pela crise na Líbia vai, num curto espaço de tempo, ganhar/perder em dimensão muito superior aos custos em manter uma posição por um tempo longo.
Mas quando o Paulo colocou a questão, a minha conclusão é que, das duas uma, ou ele quer beneficiar deste mini-choque petrolífero, e se for comprar provavelmente encontrará o valor do brent, com vencimento daqui a um/dois meses, com valor significativamente mais alto que o valor à vista (possivelmente o gap até deve estar maior por conta dos acontecimentos reforçando o efeito contango - talvez até tenha ocorrido um aumento da exposição compradora de hedgers ou fundos antecipando um risco político maior), ou então ele quer estar exposto ao petróleo no longo prazo porque entende que é uma matéria prima que vale a pena investir por ter um rácio apertado de oferta/procura.
No primeiro caso, ele vai investir num futuro com preço já muito salgado (presumo eu, em relação ao valor à vista), no segundo caso, ele teria custos decorrentes do roll-over dos contratos. Mas se a ideia dele for comprar hoje para vender amanhã, concordo contigo que a melhor solução é comprar um futuro. Se a ideia é ficar exposto ao petróleo num prazo mais longo parece-me que a solução de comprar acções de uma petrolífera é uma boa solução.