«Portugueses não têm de pagar erros dos bancos alemães»
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«Portugueses não têm de pagar erros dos bancos alemães»
«Portugueses não têm de pagar erros dos bancos alemães»
Única saída é renegociar com os credores o valor da dívida
Portugal deveria penalizar os investidores internacionais renegociando o valor da dívida, defendeu Pascal de Lima, economista chefe da consultora Altran Financial Services, numa entrevista à Lusa onde defendeu que «os portugueses não têm de pagar» os erros dos bancos alemães.
«Portugal sofre a consequência de vários erros na Europa. Não sei porque é que o cidadão português devia pagar por a Alemanha ter feito investimentos no setor das subprime», o crédito hipotecário de alto risco que desencadeou a crise financeira global, em 2008.
O economista, que lidera a equipa de análise económica da Altran Financial Services e dá aulas de economia no Instituto de Estudos Políticos de Paris, considera que a decisão da Alemanha de injectar liquidez num sistema bancário alemão abalado pelos investimentos no crédito hipotecário de alto risco fez cair a taxa de juro alemã e aumentar o diferencial («spread») para a dívida português.
«Os mercados financeiros interpretaram esse crescimento como um risco maior de Portugal em vez de pensar que é o menor risco na Alemanha. A subida das taxas de juro portuguesas nesse sentido, é a consequência dos falhanços do sector bancário alemão», explicou Pascal de Lima.
A única saída para Portugal é, agora, adoptar «haircuts», isto é, renegociar com os credores o valor da dívida pública, visando a redução global do peso da dívida e impondo perdas aos investidores.
«A curto prazo, seria razoável. Em vez de pensar numa intervenção [do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira] adotar haircuts e fazer pagar os investidores».
FMI em Portugal «não seria o fim do mundo»
Já sobre uma eventual intervenção em Portugal do FMI, Pascal de Lima desdramatiza: «Não seria o fim do mundo».
«Uma intervenção do FMI não seria o fim do mundo para Portugal mas penso que vai haver muitas outras soluções. Porque não uma intervenção da China?», interrogou o economista.
Única saída é renegociar com os credores o valor da dívida
Portugal deveria penalizar os investidores internacionais renegociando o valor da dívida, defendeu Pascal de Lima, economista chefe da consultora Altran Financial Services, numa entrevista à Lusa onde defendeu que «os portugueses não têm de pagar» os erros dos bancos alemães.
«Portugal sofre a consequência de vários erros na Europa. Não sei porque é que o cidadão português devia pagar por a Alemanha ter feito investimentos no setor das subprime», o crédito hipotecário de alto risco que desencadeou a crise financeira global, em 2008.
O economista, que lidera a equipa de análise económica da Altran Financial Services e dá aulas de economia no Instituto de Estudos Políticos de Paris, considera que a decisão da Alemanha de injectar liquidez num sistema bancário alemão abalado pelos investimentos no crédito hipotecário de alto risco fez cair a taxa de juro alemã e aumentar o diferencial («spread») para a dívida português.
«Os mercados financeiros interpretaram esse crescimento como um risco maior de Portugal em vez de pensar que é o menor risco na Alemanha. A subida das taxas de juro portuguesas nesse sentido, é a consequência dos falhanços do sector bancário alemão», explicou Pascal de Lima.
A única saída para Portugal é, agora, adoptar «haircuts», isto é, renegociar com os credores o valor da dívida pública, visando a redução global do peso da dívida e impondo perdas aos investidores.
«A curto prazo, seria razoável. Em vez de pensar numa intervenção [do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira] adotar haircuts e fazer pagar os investidores».
FMI em Portugal «não seria o fim do mundo»
Já sobre uma eventual intervenção em Portugal do FMI, Pascal de Lima desdramatiza: «Não seria o fim do mundo».
«Uma intervenção do FMI não seria o fim do mundo para Portugal mas penso que vai haver muitas outras soluções. Porque não uma intervenção da China?», interrogou o economista.
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