AutoMech Escreveu:marath Escreveu:Sem doença não há negocio, logo a doença passou a fazer parte do negócio. Quanto mais doença, mais negocio.
marath Escreveu:Se a saúde (prestação de serviços de saúde) é um negocio então a doença é um negocio. Isto é que me preocupa, daí eu não confiar numa empresa, que quer maximizar o lucro, para tomar conta da saúde.
Duma forma simplista o capitalismo dos nossos dias assenta na procura de lucro por parte empresas.
À excepção de monopólios e esquemas, esses lucros só são gerados se a empresa oferecer produtos ou serviços que as pessoas lhes comprem voluntariamente.
Não é o negócio que induz a doença, mas sim o contrário. Se uma empresa procurou o lucro e conseguiu desenvolver uma cadeira de rodas eléctrica, que alguém comprou e pela qual ficou satisfeito, será essa exploração da doença (incapacidade de locomoção) criticável ? Longe disso na minha opinião.
Aliás, tens um negócios privados, que procuram o lucro e que para a sua actividade precisam, não da doença, mas da própria morte: funerárias, floristas, etc.
Estaríamos melhores sem funerárias ?
O exemplo das funerárias é pertinente e de facto ainda nunca ouvi relatos de que as funerárias andassem a matar futuros clientes.
O problema é que matar uma pessoa deixa sempre rasto, matar muitas, deixaria um rasto gigante e seriam presos. Criar um vírus, larga-lo num país esquecido pela sorte e depois esperar que ele se propague aos países ricos para vender algo que atenue a doença, já é mais difícil de detectar.
Apenas para dar um exemplo especulativo simples: Qual é o interesse que a industria farmacêutica tem em descobrir a cura para a gripe? Se a descobrissem e a divulgassem o vírus seria erradicado da raça humana...e depois? Quem compraria os milhões de vacinas e a panóplia de medicamentos existentes para curar a gripe?
A esta industria, quando muito, interessa encontrar curas parciais para as doenças, nunca curas definitivas.
Com os médicos passam-se outros problema. Alguns são influenciados a prescrever determinados medicamentos em detrimento de outros. Outros apenas trabalham para quem lhes pode pagar muito dinheiro. Isto, volto a dizer, na minha modesta opinião, não pode ser válido quando falamos da saúde humana, e em ultima instância da vida humana. Para mim o facto de alguém ser rico não lhe pode permitir ter acesso a serviços de saúde que um pobre não tem. Para mim isto é imoral.
Eu sou de tempo em que médicos de elevadíssima capacidade profissional e cientifica, consultavam os doentes em casa, e apenas cobravam a quem lhes podia pagar...e nenhum morreu pobre.
No inicio desta conversa fui criticado, tendo sido afirmado, se não estou em erro, que eu tinha inveja do vizinho médico ou juiz por estes ganharem muito dinheiro. O problema não é o dinheiro que ganham. Se o Estado puder pagar bem a estas duas profissões fundamentais da vida em sociedade tanto melhor. Mas quem mais recebe maior obrigação tem de prestar um serviço exemplar e isso não se passa na justiça, nem na saúde. O status de um médico ou de um juiz permite muita incompetência camuflada. Incumprimentos de horários, remunerações à hora, absurdas para estar a dormir de prevenção...enfim situações com as quais eu não consigo concordar.
As notas de entrada em medicina são também elas um absurdo. Muitos com vocação e que provavelmente se empenhariam com gosto na profissão ficam de fora. Muitos sem vocação, que se vão tornar em autenticas sanguessugas de dinheiro, incompetentes mas inteligentes e estudiosos, entrarão no sistema.
Volto a dizer que não tenho a solução, mas vejo nesta temática um grande problema de futuro.