Atomez Escreveu:artista Escreveu:A diferença é de legalidade... no segundo caso as pessoas entregaram o dinheiro de livre vontade mas não sabiam no que se estavam a meter e foram enganadas!
Precisamente. Só que essa legalidade é definida... pelo próprio Estado!
Assim estão sempre safos, evidentemente.
por acaso não vejo nenhum termo de comparação. acho que todos já perceberam isso, digo eu, mas faltava escrevê-lo.
no caso do governo, acho que já sabemos que o Estado tem dois braços, na nossa opinião, desiguais. Um, coto, disponibiliza determinadas infra-estruturas e serviços públicos e o outro, mais ou menos longo, que nos entra pelo bolso dentro.
O assunto que discutmos é o comprimento desse braço que tira, mas no fundo temos aquela sensação que sabemos que pode ser tão comprido quanto a sua vontade. Para mim, não há aqui nenhuma subversão de princípios.
No caso de madoff, é um esquema de um louco, que como qualquer louco, acreditou que o seu esquema secreto para ultrapassar os outros, apoiando-se neles sem eles saberem, contando-lhes outras histórias, poderia funcionar; mas que não conseguiu segurar as redeas da sua própria criação.
Não sei se há histórias de algum grande fraudulento ou criminoso que se tivesse safado em vida sem que ninguém o tivesse descoberto antes da sua morte. Contudo, o pessoal arrisca...
Quanto ao Estado, está a fazer o seu papel. Infelizmente não estou a ser irónico e o que queria salientar neste assunto, é que não devemos ter ilusões sobre a continuidade deste tipo de situações.
Basta ver as nossas conclusões sobre o tema: elas próprias não saem de um circulo vicioso de acção-reacção, dentro do mesmo nível, aparentemente impotentes, ou desejando uma potencia inadequedada para o caso e por isso impossível, numa realidade sem saída.
vejamos, só 2 ou 3 pontos:
- O Sócrates é o culpado...;
- as medidas do governo...
- o dinheiro que esbanjam...
- as promessas dos políticos não cumpridas
primeiro:
- tirem de lá o sócrates e ponham lá outro;
segundo:
- as medidas do governo: gostava de ver o pessoal a ditar medidas à maneira;
terceiro:
- o dinheiro que esbanjam: como se soubessemos do que estamos a falar;
quarto e mais grave:
- já quase velhinhos e ainda acreditamos no pai natal;
concluíndo:
olhando para nós, isto até está muito bem.
efectivamente, os governos, os governantes, sub-governantes, imediatos, escriturários e quadros médios que tomam decisões, tirando um ou outro caso de personagens que derivaram para governos personificados, todos eles são o espelho das sociedades de onde provêem. Somos nós próprios. Acho que se pusermos as coisas ao nível da personificação, podemos escrever muita tinta, etc, mas pouco faremos. Até porque sabemos que ninguém é perfeito, nem todos têm a mesma opinião.
Contudo, muitos não têm a mesma opinião, porque estão menos habilitados para ter opinião.
A democratização da opinião tem o seu custo, e esse não nos vai ser perdoado. Já qualquer um quer ter opinião.
É esta a factura.
este sistema é tão bom, que quando eu tinha 18 anos (há 2 ou 3 dias atrás) puseram-me uma caneta na mão par eu escolher um gajo para governar. a democracia é tão bonita e tão boa que tem destas maravilhas. Eu fiquei contente porque me davam o direito de eu escolher... o quê, eu não sabia, mas podia escolher. Opinião? Claro que tinha a minha. Já tinha visto os calendários de bolso dos vários partidos e tinha opinião estética, sabia qual o mais conseguido. Para além disso, tinha visto os debates na TV. Sabia qual o que falava melhor e qual o mais estiloso, não tinha duvidas sobre o mais brilhante. O resto? qual resto?
Acho que falamos muito e dizemos pouco.
como ouço dizer: - "não é fácil!"