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MensagemEnviado: 12/1/2011 9:12
por Automech
Interessante Migluso. A questão é que o tipo que ataca as patentes parte, quanto a mim, de um pressuposto muito duvidoso na minha opinião:

It is not clear that society is better off with relatively more practical invention and relatively less theoretical research and development.


Além disso ele dá dois exemplos, quanto a mim errados, em relação ao facto positivo das ideias se espalharem e promoverem desenvolvimento.

Um deles é a famosa formula do Einstein que permitiu a outros cientistas avançarem. A outra é a de ele emprestar um livro e, mesmo que alguém o copie, ele mantém o original e o conhecimento.

Isto para mim é confundir conhecimento teórico com desenvolvimento e investigação de um produto.

A questão para mim parece-me clara. Tu como empresário gastarias dinheiro durante 3 ou 4 anos a desenvolver um produto, tendo de pagar a essas pessoas, sabendo que a empresa ao lado está simplesmente à espera, sem custos de R&H, que tu lances a ideia e copiá-la imediatamente, anulando a tua vantagem competitiva ?

Além disso, como a segunda empresa não tem custos de R&H, pode lançar o TEU produto a um preço mais BAIXO, liquidando-te o mercado.

MensagemEnviado: 12/1/2011 0:25
por migluso
AutoMech Escreveu:Eu penso que é o contrário. Promove a concorrência no R&D porque há uma garantia mínima que ninguém se apropria duma ideia que custou dinheiro.

Fazendo isso, promove a concorrência das empresas para apresentar produtos inovadores, o que é uma das formas mais fortes de captar clientes e / ou poder cobrar mais por produtos que as pessoas querem comprar.

Caso contrário ninguém arriscava a gastar dinheiro em investigação.


Eu muito honestamente não tinha uma opinião definida sobre o assunto até há bem pouco tempo (3 ou 4 meses) porque nunca tinha reflectido sobre ele.

Dois textos fizeram-me pender para um lado, em concreto, ser contra o monopólio das ideias tal como sou contra qualquer monopólio artificial (aquele que sobrevive porque uma lei o protege).

O primeiro texto apresenta argumentos de um ponto de vista prático e de bem-estar geral, e o segundo de um ponto de vista mais filosófico e de princípios.

http://rajivsethi.blogspot.com/2010/02/ ... guard.html
http://mises.org/journals/jls/15_2/15_2_1.pdf

Não fazia a mais pequena ideia que se tratava de um tema fracturante, do género do aborto. Há posições opostas dentro das mais diversas correntes de pensamento.

cumprimentos

MensagemEnviado: 11/1/2011 16:21
por Automech
migluso Escreveu:
No caso das leis de direito de propriedade intelectual e patentes, pode-se dizer que o Estado é o garante dos monopólios.


Eu penso que é o contrário. Promove a concorrência no R&D porque há uma garantia mínima que ninguém se apropria duma ideia que custou dinheiro.

Fazendo isso, promove a concorrência das empresas para apresentar produtos inovadores, o que é uma das formas mais fortes de captar clientes e / ou poder cobrar mais por produtos que as pessoas querem comprar.

Caso contrário ninguém arriscava a gastar dinheiro em investigação.

Deve funcionar em piloto-automaatico...

MensagemEnviado: 11/1/2011 16:02
por bboniek33
Fez-me lembrar umas seitas religiosas que acreditam que as crianc,as se criam sozinhas como os "bichos" e se fazem bons adultos (a menos que surjam forc,as desviantes).

:roll:

MensagemEnviado: 11/1/2011 15:27
por migluso
MarcoAntonio Escreveu:Penso que pode funcionar para os dois lados, algo que não é mencionado nesse trecho: os governos/estados podem também impedir ou dificultar que as economias se destruam a si mesmas ao actuar como reguladores (a título de exemplo, impedindo monopólios).


No caso das leis de direito de propriedade intelectual e patentes, pode-se dizer que o Estado é o garante dos monopólios.

MensagemEnviado: 11/1/2011 10:58
por Automech
MarcoAntonio Escreveu:Penso que pode funcionar para os dois lados, algo que não é mencionado nesse trecho: os governos/estados podem também impedir ou dificultar que as economias se destruam a si mesmas ao actuar como reguladores (a título de exemplo, impedindo monopólios).


Exacto Marco. E esse é um papel claríssimo do estado. Infelizmente confunde-se muito liberalismo com ausência de regras.

Infelizmente por cá, na minha opinião, o estado leva o papel de regulador da actividade a um ponto em que que cria legislação demasiado complexa e que atrapalha muito as empresas.

MensagemEnviado: 11/1/2011 10:55
por Automech
Muito bom artigo sobre impostos que mais não é do que tirar dos bolsos de uns para os bolsos de outros.

O problema, muitas vezes, é o critério altamente duvidoso dessa 'redistribuição'.

É pena que, quando as pessoas olham para uma rotunda com uma fonte muito gira, não pensem que ali podia ser feito o mesmo com muito menos dinheiro.

E que isso as obrigou a abdicar de alguma coisa da sua vida privada (devido a impostos superiores) para naquela rotunda estar essa coisa muito gira.

MensagemEnviado: 11/1/2011 10:48
por MarcoAntonio
Penso que pode funcionar para os dois lados, algo que não é mencionado nesse trecho: os governos/estados podem também impedir ou dificultar que as economias se destruam a si mesmas ao actuar como reguladores (a título de exemplo, impedindo monopólios).

De resto estou de acordo com a ideia. A capacidade e eficácia dos Estados como objectos impulsionadores da Economia é muito limitada.

Algo que eu aprendi a detestar é a gasta frase "criar emprego". Quando utilizam isto como argumento para justificar um TGV ou outra coisa semelhante, fico "meio doente"...

The economy grows on its own unless...

MensagemEnviado: 11/1/2011 10:41
por Pata-Hari
The idea that the government can grow the economy is seriously flawed. The economy grows on its own unless there are obstacles placed in the way. The best thing the government can do is remove those impediments, such as the high corporate tax rate, and allow the economy to send out new roots and green shoots. Water it periodically. Fertilize occasionally with organic material. And don’t overfeed.

Caroline Baum



http://www.bloomberg.com/news/2011-01-1 ... -baum.html