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MensagemEnviado: 8/11/2011 18:18
por MarcoAntonio
Aliás, não percebo bem como é que esta e outras notícias falam em 1.37 mil milhões de euros no Metropolitano de Lisboa mas depois o relatório de contas e a auditoria do tribunal de contas referem passivos de mais de 3 mil milhões de euros no Metropolitano de Lisboa.

http://www.metrolisboa.pt/portals/0/rel.contas_2009.pdf

http://www.tcontas.pt/pt/actos/rel_audi ... 010-2s.pdf

MensagemEnviado: 8/11/2011 17:51
por MarcoAntonio
charles Escreveu:
O Metro de Lisboa suporta um passivo de 1.372 milhões de euros, a Carris de 938 milhões, e o Metro do Porto carrega um passivo de 3.435 milhões de euros :shock: :shock: , apesar de ser ainda muito recente.



Segundo o relatório de contas do Metro do Porto, de 2010, a dívida total é de 2450 milhões de euros. Dos quais, 1770 milhões são dívida de investimento (mais 250 milhões de dívida de operação do sistema, 65 milhões de gestão do projecto e 365 milhões de encargos financeiros).

Ser muito recente é a "chave" que explica estes valores e não oposto...



Por seu turno, segundo o relatório de contas do Metropolitano de Lisboa, de 2009, a dívida deste é de cerca de 3300 milhões de euros.

Re: Sindicatos

MensagemEnviado: 8/11/2011 17:23
por Automech
Josytoc Escreveu:Questiono-me sobre os dirigentes sindicais. Será que não fazem parte do setor mais conservador da sociedade?
Há quanto tempo estão os principais dirigentes sindicais à frente dos destinos dos respectivos sindicatos e confederações?
Estranha democracia sindical que leva os dirigentes sindicais a perpetuarem-se no poder.

Estão lá para defenderem, com unhas e dentes, coisas tão lógicas como os subsídios de assiduidade e afins. São os direitos adquiridos, meu caro. Os direitos adquiridos...

MensagemEnviado: 8/11/2011 15:52
por Josytoc
Ainda segundo o secretário de estado das obras públicas o prejuizo operacional do sector dos transporte públicos é anualmente da ordem dos 400 milhões de euros.

O prejuzo operacional é como se sabe excluido do do valor do serviço da divida, entre outros.

Resultados operacionais - É a diferença entre os lucros e os prejuízos relativos à actividade principal da empresa. Do lado das receitas, os mais relevantes são as vendas e prestações de serviços e outros proveitos operacionais. Do lado das despesas, destacam-se os custos das vendas e prestações de serviços, os custos de distribuição e administrativos e, ainda, as amortizações e provisões relativas aos bens afectos à actividade normal da empresa.

Daqui ressalta a evidência que algo tem que ser feito em consequência da acumulação de erros sucessivos e negligência.
A situação é absolutamente insustentável.

MensagemEnviado: 8/11/2011 15:26
por rmachado
Segundo o Secretário de Estado, uma das razões (em cerca de 1/3) das dividas das empresas de transportes deve-se as obras que segundo a lei de bases do transporte terrestre deviam ser pagas pelo orçamento do estado.
Mas como convinha ter estas dividas nas empresas para se fugir a contabilidade de Bruxelas....

Agora é o que temos.

Problema

MensagemEnviado: 8/11/2011 15:06
por eba
Relativamente ao Metro do Porto claro está que tem um divida brutal: então se tem poucos anos!
Só não teria divida se fosse financiado por capitais do Estado...
O problema não é a divida, tão só, é sim a faclta de capacidade para gerar meios monetários para pagar essa divida.
Claro está que de certeza nos planos de viabilidade do investimento era tudo rosa...
É um dos problemas do excel...resultado a atingir...

Sindicatos

MensagemEnviado: 8/11/2011 14:55
por Josytoc
Questiono-me sobre os dirigentes sindicais. Será que não fazem parte do setor mais conservador da sociedade?
Há quanto tempo estão os principais dirigentes sindicais à frente dos destinos dos respectivos sindicatos e confederações?
Estranha democracia sindical que leva os dirigentes sindicais a perpetuarem-se no poder.

MensagemEnviado: 8/11/2011 14:45
por charles
De acordo com o ministro da Economia, citado pela Rádio Renascença, as empresas de transportes pagam actualmente mais de juros ao Estado do que salários aos trabalhadores.
Segundo a Rádio Renascença, a situação financeira das empresas de transportes é neste momento insustentável, e algumas delas já pagam mais de juros do que de salários aos seus trabalhadores.

Empresas como a Carris, Metropolitano de Lisboa, STCP, Metro do Porto, Transtejo e Soflusa, apresentaram um valor total pago de juros da dívida de 600 milhões de euros, de acordo com o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, citado pela Rádio Renascença.

"Só em dívidas do sector, temos cerca de 17 mil milhões de euros :shock: , cerca de 10% de tudo o que produzimos num ano", disse o ministro da Economia.

Relativamente aos valores dos passivos destas empresas estes são também elevados, dado que ultrapassam no conjunto seis mil milhões de euros.

O Metro de Lisboa suporta um passivo de 1.372 milhões de euros, a Carris de 938 milhões, e o Metro do Porto carrega um passivo de 3.435 milhões de euros :shock: :shock: , apesar de ser ainda muito recente.


A Sociedade de Transportes Colectivos do Porto possui um passivo de 390 milhões de euros, e o grupo Transtejo (Transtejo e Soflusa) tem um passivo de 192 milhões de euros. Juntam-se ainda a CP, com um passivo de 3.800 milhões de euros, e a Refer, com 6 mil milhões de euros.

Dada a actual crise económica e financeira que se vive em Portugal, as receitas destas empresas têm vindo a diminuir, contrariando a tendência das despesas que continuam a subir. Por esta razão, o Estado tem sido obrigado a avançar com capitais públicos para que algumas empresas não fechem portas.

Nos primeiros nove meses do ano os créditos do Estado cresceram dois mil por cento, atingindo um valor de 1.700 milhões de euros. Posto isto, algumas empresas de transportes estão já a pagar mais de juros ao Estado do que de salários aos trabalhadores.



http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=517699

MensagemEnviado: 29/10/2011 7:56
por Pata-Hari
Ontem saiu uma noticia acerca da necessidade de racionalizar o sistema de transportes já. Não a coloquei mas este seria o local ideal para o fazer, se alguém a tiver lido ....

MensagemEnviado: 29/10/2011 1:08
por Elias
Governo quer encerrar Metro de Lisboa mais cedo à noite
Linhas vão fechar às 23 horas e, em algumas estações, a circulação acaba às 21 horas

Por: Redacção | 28- 10- 2011 20: 40

O Governo está a estudar o encerramento do Metro de Lisboa a partir das 23 horas, sendo que algumas estações podem mesmo fechar às nove da noite.

A sugestão partiu do grupo de trabalho criado para estudar a reforma dos transportes públicos, que a apresentou esta sexta-feira ao Metropolitano de Lisboa.

A denúncia foi feita pelo deputado do PCP, Bruno Dias durante a comissão de Economia que decorreu esta tarde para discutir o Plano Estratégico de Transportes. «O Governo vai ou não avançar com o encerramento da oferta de metro à noite nas linhas entre o Campo Grande e Odivelas e entre o Colégio Militar e a Amadora?», questionou o deputado comunista.

O ministro não respondeu directamente à questão do deputado do PCP, mas a equipa de Álvaro Santos Pereira deixa a garantia que mesmo com o encerramento das linhas do Metropolitano, a oferta será assegurada, já que a Carris e os operadores privados oferecem uma alternativa para os mesmos percursos.

http://www.tvi24.iol.pt/aa---videos---e ... -5797.html

MensagemEnviado: 1/10/2011 10:46
por Mares
pepi Escreveu:
Mares Escreveu:É vergonhoso!!

Mas o ministro da economia mostrou um gráfico onde apresentava que os custos dos transportes não eram acompanhados pelo preço dos bilhetes. Assim justificou que os bilhetes teríam de aumentar...

Sabendo isto, ele vai mudar de opinião?


Mares, para variar andas distraído... :roll:

Trabalhadores de empresas públicas podem deixar de ter acordos laborais próprios
30 Setembro 2011 | 09:03
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt

A revisão dos acordos de empresa estava nos planos do Governo. Mas agora vai-se mais longe e começa a considerar-se a hipótese de os extinguir
O Governo estará a equacionar determinar às empresas públicas a extinção dos acordos de empresa vigentes, que estabelecem as relações laborais entre empresa e trabalhadores.

Se a sua revisão já estava prevista nos compromissos assumidos pelo Governo e espelhados no Documento de Estratégia orçamental, agora o Governo equaciona, segundo o "Diário Económico" ir mais longe e fala-se mesmo na possibilidade de pôr fim aos acordos de empresa.

O fim destes acordos implica que os trabalhadores passam para o regime geral, ou seja ficando com as regras determinadas no Código de Trabalho. O "Diário Económico" diz, no entanto, que aplicar o regime sucedâneo é outra das hipóteses. Este regime suspende os direitos vertidos no acordo por um período determinado, para resolver situações económicas difíceis.

Estes estudos estão a incidir, em particular, nas empresas de transporte, com défices crónicos e onde os custos operacionais têm de ser cortados, à semelhança de todo o sector empresarial do Estado. O objectivo é cortar, este ano, 15% dos custos operacionais.


Agora quando os sindicatos pararem o país, não vens de novo criticar o governo...


pepi,

O governo não corta nas "gorduras do Estado", mas aumenta impostos e taxas.

Aumenta em 20% o preço dos transportes e mantêm as mordomias dos seus.

Quanto à notícia, não passam de "hipóteses" e de "planos do governo".

Será que vives num país diferente?

Tal como dizía Marinho Pinto:

"O governo é forte com os fracos e fraco com os fortes"

MensagemEnviado: 1/10/2011 2:20
por pepi
Mares Escreveu:É vergonhoso!!

Mas o ministro da economia mostrou um gráfico onde apresentava que os custos dos transportes não eram acompanhados pelo preço dos bilhetes. Assim justificou que os bilhetes teríam de aumentar...

Sabendo isto, ele vai mudar de opinião?


Mares, para variar andas distraído... :roll:

Trabalhadores de empresas públicas podem deixar de ter acordos laborais próprios
30 Setembro 2011 | 09:03
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt

A revisão dos acordos de empresa estava nos planos do Governo. Mas agora vai-se mais longe e começa a considerar-se a hipótese de os extinguir
O Governo estará a equacionar determinar às empresas públicas a extinção dos acordos de empresa vigentes, que estabelecem as relações laborais entre empresa e trabalhadores.

Se a sua revisão já estava prevista nos compromissos assumidos pelo Governo e espelhados no Documento de Estratégia orçamental, agora o Governo equaciona, segundo o "Diário Económico" ir mais longe e fala-se mesmo na possibilidade de pôr fim aos acordos de empresa.

O fim destes acordos implica que os trabalhadores passam para o regime geral, ou seja ficando com as regras determinadas no Código de Trabalho. O "Diário Económico" diz, no entanto, que aplicar o regime sucedâneo é outra das hipóteses. Este regime suspende os direitos vertidos no acordo por um período determinado, para resolver situações económicas difíceis.

Estes estudos estão a incidir, em particular, nas empresas de transporte, com défices crónicos e onde os custos operacionais têm de ser cortados, à semelhança de todo o sector empresarial do Estado. O objectivo é cortar, este ano, 15% dos custos operacionais.


Agora quando os sindicatos pararem o país, não vens de novo criticar o governo...

MensagemEnviado: 30/9/2011 23:37
por Mares
AutoMech Escreveu:
Empresas públicas. Se o buraco é gigante, as regalias também
30 Set 2011 - 03:00

“A empresa [Carris] manterá uma barbearia devidamente apetrechada, para uso privativo de todo o seu pessoal, inclusive reformados.” Este é um pequeno exemplo dos fardos históricos que as empresas do sector empresarial do Estado carregam consigo e que impedem reestruturações mais aprofundadas que as que têm vindo a ser feitas – especialmente na Carris.

As empresas do Estado, tal como o i noticiou ontem, apresentam um risco potencial para o Orçamento do Estado – vulgo contribuintes – superior a oito mil milhões de euros. Ainda assim, estas empresas mantêm regalias aos trabalhadores dignas de um Bill Gates.

Segundo os acordos de empresa em vigor, tanto na CP, Metro, Carris ou Transtejo, são pagos prémios por cada dia de trabalho concluído – além do salário –, ou mesmo subsídios de 230 euros mensais caso o trabalhador não falte nenhum dia num mês. Valores que acrescem ao salário e acabam a contar para subsídios de Natal e férias. Por falar em férias: os trabalhadores da Carris têm direito a 30 dias de descanso anual, assim como os do Metro de Lisboa. Nesta última, porém, é preciso cumprir requisitos: se faltar só uma vez no ano anterior e gozar férias fora da época alta, tem então 30 dias.

Ainda nestas transportadoras, há outras regalias que chegam aos reformados, isto além da barbearia da Carris. Tanto a Carris como o Metro pagam complementos de reforma aos seus ex-trabalhadores, de forma a que a pensão seja igual à do último salário recebido no activo – algo que também ocorre nos STCP. Se acha que há um limite a este complemento, desengane-se: há reformados que apesar de terem pensões acima de quatro e cinco mil euros mensais, continuam a receber complementos de reforma pagos pelas empresas, segundo apurou o i.

baixas a 100%. Segundo os AE, o absentismo de longa duração parece compensar nas empresas de transporte. Quando um trabalhador fica de baixa, tem direito a receber não só o subsídio de doença como o empregado comum, mas também um complemento de baixa pago pela empresa, de forma a que mesmo de baixa o vencimento mensal seja 100% do que recebia no activo. Ou seja, a empresa compensa o que o Estado penaliza – nos primeiros 90 dias de baixa um trabalhador comum recebe apenas 65% do vencimento.

Mas além do salário normal que recebem por trabalhar, há também vários subsídios pagos por estas empresas para premiar quem aparece ao trabalho (ver ao lado com mais detalhe). É maquinista? Então tem direito a um subsídio por cada quilómetro percorrido, isto além do salário. E caso não falte mais de cinco horas no mês, também tem direito a um prémio de 68 euros no mês seguinte. Não faltou no mês todo? Então tome lá um prémio de 223 euros este mês – tudo exemplos retirados dos AE das empresas.

irmã solteira? ela que venha. A complementar tudo isto, surgem as regalias mais comuns neste tipo de empresas, ainda que alargadas. Na generalidade das empresas de transporte os empregados e reformados, além das respectivas famílias podem viajar gratuitamente. Por famílias entende-se não só cônjuges, como os pais, filhos, enteados e mesmo eventuais irmãs solteiras que os trabalhadores tenham.
Só a Refer, onde os trabalhadores que transitaram da CP têm direito a este benefício, gasta perto de 4 milhões de euros por ano em viagens que os seus colaboradores usufruem gratuitamente.

até ao buraco. A diferença entre as regalias concedidas aos trabalhadores e os prejuízos que vão provocando aos contribuintes, são abissais nestas empresas. Só no ano passado, a CP, Metro de Lisboa e a Carris registaram perdas totais de quase 390 milhões de euros, tendo visto os capitais próprios afundar ainda mais: estas mesmas três empresas estão em falência técnica e com um buraco latente de mais de 3,5 mil milhões de euros.
http://www.ionline.pt/portugal/empresas ... ias-tambem


É vergonhoso!!

Mas o ministro da economia mostrou um gráfico onde apresentava que os custos dos transportes não eram acompanhados pelo preço dos bilhetes. Assim justificou que os bilhetes teríam de aumentar...

Sabendo isto, ele vai mudar de opinião?

MensagemEnviado: 30/9/2011 22:52
por Automech
Empresas públicas. Se o buraco é gigante, as regalias também
30 Set 2011 - 03:00

“A empresa [Carris] manterá uma barbearia devidamente apetrechada, para uso privativo de todo o seu pessoal, inclusive reformados.” Este é um pequeno exemplo dos fardos históricos que as empresas do sector empresarial do Estado carregam consigo e que impedem reestruturações mais aprofundadas que as que têm vindo a ser feitas – especialmente na Carris.

As empresas do Estado, tal como o i noticiou ontem, apresentam um risco potencial para o Orçamento do Estado – vulgo contribuintes – superior a oito mil milhões de euros. Ainda assim, estas empresas mantêm regalias aos trabalhadores dignas de um Bill Gates.

Segundo os acordos de empresa em vigor, tanto na CP, Metro, Carris ou Transtejo, são pagos prémios por cada dia de trabalho concluído – além do salário –, ou mesmo subsídios de 230 euros mensais caso o trabalhador não falte nenhum dia num mês. Valores que acrescem ao salário e acabam a contar para subsídios de Natal e férias. Por falar em férias: os trabalhadores da Carris têm direito a 30 dias de descanso anual, assim como os do Metro de Lisboa. Nesta última, porém, é preciso cumprir requisitos: se faltar só uma vez no ano anterior e gozar férias fora da época alta, tem então 30 dias.

Ainda nestas transportadoras, há outras regalias que chegam aos reformados, isto além da barbearia da Carris. Tanto a Carris como o Metro pagam complementos de reforma aos seus ex-trabalhadores, de forma a que a pensão seja igual à do último salário recebido no activo – algo que também ocorre nos STCP. Se acha que há um limite a este complemento, desengane-se: há reformados que apesar de terem pensões acima de quatro e cinco mil euros mensais, continuam a receber complementos de reforma pagos pelas empresas, segundo apurou o i.

baixas a 100%. Segundo os AE, o absentismo de longa duração parece compensar nas empresas de transporte. Quando um trabalhador fica de baixa, tem direito a receber não só o subsídio de doença como o empregado comum, mas também um complemento de baixa pago pela empresa, de forma a que mesmo de baixa o vencimento mensal seja 100% do que recebia no activo. Ou seja, a empresa compensa o que o Estado penaliza – nos primeiros 90 dias de baixa um trabalhador comum recebe apenas 65% do vencimento.

Mas além do salário normal que recebem por trabalhar, há também vários subsídios pagos por estas empresas para premiar quem aparece ao trabalho (ver ao lado com mais detalhe). É maquinista? Então tem direito a um subsídio por cada quilómetro percorrido, isto além do salário. E caso não falte mais de cinco horas no mês, também tem direito a um prémio de 68 euros no mês seguinte. Não faltou no mês todo? Então tome lá um prémio de 223 euros este mês – tudo exemplos retirados dos AE das empresas.

irmã solteira? ela que venha. A complementar tudo isto, surgem as regalias mais comuns neste tipo de empresas, ainda que alargadas. Na generalidade das empresas de transporte os empregados e reformados, além das respectivas famílias podem viajar gratuitamente. Por famílias entende-se não só cônjuges, como os pais, filhos, enteados e mesmo eventuais irmãs solteiras que os trabalhadores tenham.
Só a Refer, onde os trabalhadores que transitaram da CP têm direito a este benefício, gasta perto de 4 milhões de euros por ano em viagens que os seus colaboradores usufruem gratuitamente.

até ao buraco. A diferença entre as regalias concedidas aos trabalhadores e os prejuízos que vão provocando aos contribuintes, são abissais nestas empresas. Só no ano passado, a CP, Metro de Lisboa e a Carris registaram perdas totais de quase 390 milhões de euros, tendo visto os capitais próprios afundar ainda mais: estas mesmas três empresas estão em falência técnica e com um buraco latente de mais de 3,5 mil milhões de euros.
http://www.ionline.pt/portugal/empresas ... ias-tambem

MensagemEnviado: 17/8/2011 8:50
por Elias
No Reino Unido os preços dos comboios também vão subir 8%

http://uk.finance.yahoo.com/news/New-Fo ... Jlc3Rvcg--

MensagemEnviado: 4/8/2011 7:38
por Vanek
Que tal uma portagem na porta do predio ou casa de todos nós? Ou em alternativa um chip de via verde implatado na testa de cada um de nós.

Mais valia aumentarem bem o imposto de circulação q introduzir portagens.

MensagemEnviado: 3/8/2011 20:39
por Elias
pc05 Escreveu:
Elias Escreveu:
pc05 Escreveu:O IC19 já é um caus nas horas de ponta, agora imaginem com portagens!


Bom, a A5 em direcção a Lisboa não é muito diferente :)


Exato, isso quer dizer que não há alternativa viável :lol:


Daí que a portagem da A5 não tenho muita lógica.

MensagemEnviado: 3/8/2011 20:38
por PC05
Elias Escreveu:
pc05 Escreveu:O IC19 já é um caus nas horas de ponta, agora imaginem com portagens!


Bom, a A5 em direcção a Lisboa não é muito diferente :)


Exato, isso quer dizer que não há alternativa viável :lol:

MensagemEnviado: 3/8/2011 20:38
por MarcoAntonio
pc05 Escreveu:O IC19 já é um caus nas horas de ponta, agora imaginem com portagens!


Com portagens, fica melhor: se alguma coisa, diminui o tráfego.

Na pior das hipóteses, fica igual, seguramente não vai passar a ter mais movimento depois se passar a ser paga pelo utilizador. Porque é que haveria de ficar pior?

MensagemEnviado: 3/8/2011 20:36
por Elias
pc05 Escreveu:O IC19 já é um caus nas horas de ponta, agora imaginem com portagens!


Bom, a A5 em direcção a Lisboa não é muito diferente :)

MensagemEnviado: 3/8/2011 20:29
por PC05
O IC19 já é um caus nas horas de ponta, agora imaginem com portagens!

MensagemEnviado: 3/8/2011 14:24
por Elias
Já agora porque não taxar o IP7, que tem características de auto-estrada?

(para quem não sabe: IP7 é mais conhecido por eixo norte-sul).


A minha opinião sobre o assunto é esta: baixem o ISP e ponham portagens onde quiserem. Assim, deixa de se pagar imposto por andar de carro, mas passa-se a pagar para andar em determinadas vias. As duas coisas em conjunto é que não, pois isso é uma "dupla tributação encapotada".

Ao que isto chegou.......

MensagemEnviado: 3/8/2011 14:12
por PC05

Estradas de Portugal quer portagens no IC19


Empresa pública tem defendido essa vontade junto do Governo alegando que a medida aumenta a sustentabilidade do sector e reforça o princípio do utilizador-pagador


A Estradas de Portugal (EP) quer portajar os Itenerários Complementares (IC`s) e os Itenerários Principais (IP`s). Segundo o «Jornal de Negócios», a empresa pública tem defendido essa vontade junto do Governo alegando que a medida aumenta a sustentabilidade do sector e reforça o princípio do utilizador-pagador.

Assim, a EP pretende pôr portagens, por exemplo, no IC19 e na CRIl.

«Todas aos troços com características de auto-estrada podem ser portajados», confirmou ao jornal fonte oficial da EP, justificando que esta estratégia permitiria reforçar «o princípio do utilizador-pagador, diminuindo assimetrias em alguns percursos alternativos e aumento a sustentabilidade do modelo de financiamento rodoviário».

Na sugestão estão incluídos troços de vários IC's e IP's de vários pontos do País, entre os quais o IC19 e a CRIL, na grande Lisboa.



http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html

IC19 "com características de auto-estrada" :?

MensagemEnviado: 1/8/2011 3:27
por scotch
Elias Escreveu:Scotch para ti qual o valor do bilhete de metro que não considerarias caro?


Para mim, a partir dos €0,70 por bilhete de 1 zona começa a ser caro.

MensagemEnviado: 1/8/2011 2:31
por MarcoAntonio
Elias Escreveu:
Certo. Sem esquecer que perto de metade desses custos são impostos (ou seja, que o preço de utilização do transporte individual é inflaccionado pela existência de impostos elevados sobre o seu uso).



Metade dos custos não serão impostos: são metade em determinadas parcelas. No total, em média, deve ser na ordem de 1/3 talvez (e 6% no caso dos transportes públicos). Assim a olho...


Elias Escreveu:
Aqui discordo, porque esse tipo de custos serve também os transportes colectivos que circulam nessas mesmas estradas.



Uns sim, outros não. O metro e o comboio por enquanto ainda vão pelos carris...


Elias Escreveu:
Isso seria verdade se não houvesse indemnizações compensatórias (vulgo subsídios). Como há, o preço pago pelo utilizador está artificialmente baixo.



Eu disse que estava lá praticamente tudo, enfim, não vou estar aqui a discutir se é praticamente ou não é ou se é outro termo o mais adequado. O utilizador do metro por exemplo paga ~75% dos custos (e depois ainda há outras fontes de receitas como publicidade).



Elias Escreveu:
Se fizéssemos a comparação antes de impostos (como aliás tu já fizeste, e bem, para comparar custo de carros a gasolina com carros a electricidade), as diferenças esbatem-se, parece-me...



Eu se bem me lembro, fiz a comparação antes de impostos entre um VCI e um VE. Será a isso que te estás a referir?


Se efectuarmos uma comparação antes de impostos, provavelmente vai reduzir uma pouco a diferença sim (talvez para metade ou coisa parecida).

Mas eu volto a ressalvar que há uma diferença na natureza dos custos: muitos dos custos no colectivo são custos com pessoal e com serviços em que são custos internos. Em termos comparativos, no individual, há muito custo importado.

Na minha opinião, é extremamente difícil justificar que o transporte colectivo não é favorável. Genericamente falando:

> ele é mais eficiente energeticamente (gasta menos de metade das unidades de energia por passageiro km);

> ele é mais barato para o utilizador final (também para menos de metade para a generalidade dos cenários);

> ele é economicamente mais interessante no tipo de custos que envolve (a parcela de custos que diz respeito a bens importados é concerteza menor).


Ele só não é favorável se estiver muito abaixo da sua utilização expectável e normal...



O facto dos utilizadores não pagarem todo o custo e ele gerar algum prejuízo não o tornam nem pouco mais ou menos numa má opção. Aliás, em grande parte isso é assim precisamente para incentivar as pessoas a o utilizarem porque, por um misto de comodismo e matematica de merceeiro, se o preço for um pouco mais elevado "passa tudo a andar de carro", passe o exagero. E não é só em Portugal que as pessoas pagam para aí 70% do custo da viagem, eu já mostrei que isso é genérico por esse mundo evoluído fora e não há nenhum mal nisso, per si...



Isto não quer dizer, nem pouco mais ou menos, que não devem ser bem geridos (ou não é preciso geri-los bem, como se queira). Não é nada disso que estou a dizer, obviamente!