Portugal vai precisar de recorrer ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira no próximo ano, diz o banco italiano.
Os elevados custos da dívida, o fraco crescimento da economia portuguesa e a pouca confiança dos investidores vão criar um efeito de "bola de neve", levando Portugal a recorrer ao fundo de resgate, afirmou a economista Tullia Bucco, citada pela agência de informação financeira Bloomberg.
A situação pode tornar-se mais crítica nos próximos meses, considerou, quando Portugal tiver de pagar cerca de 10 mil milhões de euros em amortizações de dívida durante o primeiro semestre.
Já os bancos portugueses "não são o principal problema de vulnerabilidade" da situação portuguesa.
A decisão da Irlanda de recorrer ao fundo de emergência europeu, tomada em novembro, levou a um aumento dos custos de financiamento da dívida pública de Portugal e Espanha nos mercados secundários, vistos como os próximos países a poder recorrer a ajuda internacional.
Entretanto, os juros da dívida soberana portuguesa têm-se mantido estabilizados nos seis por cento.
Ainda assim, Portugal é percecionado como tendo maior probabilidade de recorrer a ajuda do que Espanha, disse Bucco, ainda que este ano o seu défice orçamental de 7,3% deva ficar abaixo do de Espanha, de 9,3%.
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