Aeroporto de Beja: potencialidades, limitações e desafios
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Aeroporto de Beja: potencialidades, limitações e desafios
Potencialidades
Em termos de desenvolvimento turístico importa assinalar o programa de investimentos para a região do Alentejo, com cerca de 52.630 camas a serem disponibilizadas nos próximos 20 anos, conforme se pode visualizar no mapa seguinte.
O programa de criação de camas assinalado deverá, face à nova realidade do aeroporto, ajustar-se, sendo certo que a introdução de uma companhia LCC provoca um acréscimo de tráfego inicial exponencial, não sendo racional considerar os crescimentos que se verificam em mercados maduros.
Naturalmente que na zona de Tróia haverá concorrência entre os aeroportos Beja - Alentejo e de Lisboa, sendo fundamental a realização do IP8.
O turismo residencial é uma actividade com elevado potencial de desenvolvimento no Alentejo, à semelhança do Algarve e da Província de Huelva.
Na Andaluzia, a percentagem de habitações com possibilidade de utilização turística passou, nos últimos 50 anos, de 5,5% para 28%. Na Costa do Sol, em Espanha, as estatísticas revelam que 50% dos estrangeiros não ficam alojados em hotéis.
O Alentejo, a par com outros destinos turísticos nas costas de Espanha, França e Itália, tem elevada apetência para o turismo residencial. Os passageiros associados à segunda casa, pela sua fidelidade ao destino e elevado número de deslocações que realizam por ano, dão uma elevada sustentabilidade a rotas essenciais para o desenvolvimento do restante turismo.
Linhas de Desenvolvimento Estratégico
Considerando o exposto e admitindo que serão desenvolvidas as acessibilidades ao aeroporto, nomeadamente o IP8, bem como incrementadas as ligações do aeroporto aos principais destinos turísticos envolventes, as Linhas de Desenvolvimento Estratégico consideradas para o Aeroporto são as seguintes:
- O principal factor de desenvolvimento do aeroporto é o turismo, assentando fundamentalmente na oferta turística do Alentejo (nomeadamente no litoral e no Alqueva) e nos mercados emissores tradicionais;
- O Aeroporto Beja - Alentejo será basicamente um Low Cost Airport (LCA), estando neste conceito claramente assumido que terá uma estrutura de custos adequada a este tipo de tráfego, nomeadamente:
- custos operacionais reduzidos;
- custos de amortização mínimos;
- infra-estruturas simples (um só piso, circuitos directos, equipamento mínimo, etc)
- O Aeroporto Beja - Alentejo poderá complementar o Aeroporto do Algarve:
- permitindo acesso a mercados fora do alcance deste aeroporto em virtude de limitações do seu comprimento de pista;
- oferecendo acréscimo de capacidade, o que será importante a médio prazo face ao facto de que a forte sazonalidade e concentração da procura em dias fixos da semana aceleram o esgotamento de capacidade oferecida no Algarve;
- O Aeroporto Beja - Alentejo poderá complementar o Aeroporto da Portela:
- enquanto na Portela, dadas as suas limitações de capacidade;
- no segmento de tráfego LCC, dada a estrutura de custos de um aeroporto servindo preferencialmente companhias aéreas tradicionais;
- na aviação executiva, dado que Tires tem limitações de comprimento de pista;
- na carga aérea, dado oferecer espaço para uma plataforma logística sem limitações de operação nocturna;
- O Aeroporto Beja - Alentejo poderá complementar o Aeroporto da OTA:
- por alargar a sua área de influência a Sul do Tejo (incluindo parte da estremadura espanhola), na carga aérea e no segmento LCC. No limite da vida útil do Aeroporto da Ota, oferecendo acréscimo de capacidade;
- A actividade de Carga Aérea pode constituir-se como actividade igualmente importante no médio prazo, devendo considerar-se:
- que o aeroporto possui condições naturais excelentes para esta actividade, podendo nomeadamente operar todo o dia (H24), oferecendo assim aos cargueiros puros condições que serão cada vez mais difíceis de encontrar nos aeroportos próximos dos centros urbanos;
- que o Aeroporto do Algarve praticamente não processa carga, criando a oportunidade para que o Aeroporto Beja - Alentejo se possa afirmar como a plataforma de carga aérea para toda a região a sul do Tejo;
- que existem nichos de mercado (p.e – carga em tempo definido para o sector automóvel e perecíveis) nos quais certamente poderá haver algum potencial para o Aeroporto Beja - Alentejo
- Desenvolvimento a médio prazo de um Polo de Aeronáutica, integrando actividades como a aviação governamental, a manutenção de aeronaves e o treino de tripulações;
Objectivos estratégicos
Os Objectivos Estratégicos que se apontam são determinados pelo horizonte temporal da abertura do Aeroporto do Alentejo, isto é, devem ser alcançados por forma a que um ano antes se possa mostrar existirem as condições mínimas para operação comercial (tornar o Aeroporto uma realidade):
1-Envolver a Região no Apoio e Acompanhamento da Abertura do Aeroporto
Plano de acções:
•Criar o GAAB – Grupo de Apoio do Aeroporto de Beja, constituída por:
• Autarcas;
• Representantes Institucionais do turismo;
• Representantes das Associações Regionais de Comércio e Indústria;
• Representantes dos principais grupos de investimento privado no Alentejo.
2-Inaugurar simultaneamente o aeroporto e uma ligação na Europa
Plano de acções:
•Estabelecer sistema de taxas aeroportuárias atractivas;
•Criar Sistema de Incentivos do aeroporto;
•Criar Fundo de Desenvolvimento de Rotas;
•Iniciar de imediato contactos com companhias aéreas alvo:
• LCC´s para centro Europa;
• Charter´s para norte Europa
• Obter acordo de abertura de rota um ano antes da inauguração.
3-Inaugurar o IP8
Plano de acções:
•Sensibilizar o governo;
4-Tornar o transporte ferroviário alternativa válida a preços acessíveis
Plano de acções:
•Promover com Câmara e CP análise de alternativas;
5-Garantir a abertura de 5.000 novas camas em novos Resorts no Alentejo até 2008
Plano de acções:
•Equacionar alternativas com investidores turísticos;
•Promover acções articuladas com os operadores turísticos.
6-Dinamizar a criação de ligações rodoviárias a partir do Aeroporto e, fundamentalmente, a criação de ligações rodoviárias directas a Lisboa e Algarve:
Plano de acções:
•Promover com o envolvimento dos Stakeholders a criação de ligações ao aeroporto;
•Estudar modalidades de isenção no parqueamento automóvel no Aeroporto
(fonte: http://www.edab.pt/index.php?go=a12 )
Em termos de desenvolvimento turístico importa assinalar o programa de investimentos para a região do Alentejo, com cerca de 52.630 camas a serem disponibilizadas nos próximos 20 anos, conforme se pode visualizar no mapa seguinte.
O programa de criação de camas assinalado deverá, face à nova realidade do aeroporto, ajustar-se, sendo certo que a introdução de uma companhia LCC provoca um acréscimo de tráfego inicial exponencial, não sendo racional considerar os crescimentos que se verificam em mercados maduros.
Naturalmente que na zona de Tróia haverá concorrência entre os aeroportos Beja - Alentejo e de Lisboa, sendo fundamental a realização do IP8.
O turismo residencial é uma actividade com elevado potencial de desenvolvimento no Alentejo, à semelhança do Algarve e da Província de Huelva.
Na Andaluzia, a percentagem de habitações com possibilidade de utilização turística passou, nos últimos 50 anos, de 5,5% para 28%. Na Costa do Sol, em Espanha, as estatísticas revelam que 50% dos estrangeiros não ficam alojados em hotéis.
O Alentejo, a par com outros destinos turísticos nas costas de Espanha, França e Itália, tem elevada apetência para o turismo residencial. Os passageiros associados à segunda casa, pela sua fidelidade ao destino e elevado número de deslocações que realizam por ano, dão uma elevada sustentabilidade a rotas essenciais para o desenvolvimento do restante turismo.
Linhas de Desenvolvimento Estratégico
Considerando o exposto e admitindo que serão desenvolvidas as acessibilidades ao aeroporto, nomeadamente o IP8, bem como incrementadas as ligações do aeroporto aos principais destinos turísticos envolventes, as Linhas de Desenvolvimento Estratégico consideradas para o Aeroporto são as seguintes:
- O principal factor de desenvolvimento do aeroporto é o turismo, assentando fundamentalmente na oferta turística do Alentejo (nomeadamente no litoral e no Alqueva) e nos mercados emissores tradicionais;
- O Aeroporto Beja - Alentejo será basicamente um Low Cost Airport (LCA), estando neste conceito claramente assumido que terá uma estrutura de custos adequada a este tipo de tráfego, nomeadamente:
- custos operacionais reduzidos;
- custos de amortização mínimos;
- infra-estruturas simples (um só piso, circuitos directos, equipamento mínimo, etc)
- O Aeroporto Beja - Alentejo poderá complementar o Aeroporto do Algarve:
- permitindo acesso a mercados fora do alcance deste aeroporto em virtude de limitações do seu comprimento de pista;
- oferecendo acréscimo de capacidade, o que será importante a médio prazo face ao facto de que a forte sazonalidade e concentração da procura em dias fixos da semana aceleram o esgotamento de capacidade oferecida no Algarve;
- O Aeroporto Beja - Alentejo poderá complementar o Aeroporto da Portela:
- enquanto na Portela, dadas as suas limitações de capacidade;
- no segmento de tráfego LCC, dada a estrutura de custos de um aeroporto servindo preferencialmente companhias aéreas tradicionais;
- na aviação executiva, dado que Tires tem limitações de comprimento de pista;
- na carga aérea, dado oferecer espaço para uma plataforma logística sem limitações de operação nocturna;
- O Aeroporto Beja - Alentejo poderá complementar o Aeroporto da OTA:
- por alargar a sua área de influência a Sul do Tejo (incluindo parte da estremadura espanhola), na carga aérea e no segmento LCC. No limite da vida útil do Aeroporto da Ota, oferecendo acréscimo de capacidade;
- A actividade de Carga Aérea pode constituir-se como actividade igualmente importante no médio prazo, devendo considerar-se:
- que o aeroporto possui condições naturais excelentes para esta actividade, podendo nomeadamente operar todo o dia (H24), oferecendo assim aos cargueiros puros condições que serão cada vez mais difíceis de encontrar nos aeroportos próximos dos centros urbanos;
- que o Aeroporto do Algarve praticamente não processa carga, criando a oportunidade para que o Aeroporto Beja - Alentejo se possa afirmar como a plataforma de carga aérea para toda a região a sul do Tejo;
- que existem nichos de mercado (p.e – carga em tempo definido para o sector automóvel e perecíveis) nos quais certamente poderá haver algum potencial para o Aeroporto Beja - Alentejo
- Desenvolvimento a médio prazo de um Polo de Aeronáutica, integrando actividades como a aviação governamental, a manutenção de aeronaves e o treino de tripulações;
Objectivos estratégicos
Os Objectivos Estratégicos que se apontam são determinados pelo horizonte temporal da abertura do Aeroporto do Alentejo, isto é, devem ser alcançados por forma a que um ano antes se possa mostrar existirem as condições mínimas para operação comercial (tornar o Aeroporto uma realidade):
1-Envolver a Região no Apoio e Acompanhamento da Abertura do Aeroporto
Plano de acções:
•Criar o GAAB – Grupo de Apoio do Aeroporto de Beja, constituída por:
• Autarcas;
• Representantes Institucionais do turismo;
• Representantes das Associações Regionais de Comércio e Indústria;
• Representantes dos principais grupos de investimento privado no Alentejo.
2-Inaugurar simultaneamente o aeroporto e uma ligação na Europa
Plano de acções:
•Estabelecer sistema de taxas aeroportuárias atractivas;
•Criar Sistema de Incentivos do aeroporto;
•Criar Fundo de Desenvolvimento de Rotas;
•Iniciar de imediato contactos com companhias aéreas alvo:
• LCC´s para centro Europa;
• Charter´s para norte Europa
• Obter acordo de abertura de rota um ano antes da inauguração.
3-Inaugurar o IP8
Plano de acções:
•Sensibilizar o governo;
4-Tornar o transporte ferroviário alternativa válida a preços acessíveis
Plano de acções:
•Promover com Câmara e CP análise de alternativas;
5-Garantir a abertura de 5.000 novas camas em novos Resorts no Alentejo até 2008
Plano de acções:
•Equacionar alternativas com investidores turísticos;
•Promover acções articuladas com os operadores turísticos.
6-Dinamizar a criação de ligações rodoviárias a partir do Aeroporto e, fundamentalmente, a criação de ligações rodoviárias directas a Lisboa e Algarve:
Plano de acções:
•Promover com o envolvimento dos Stakeholders a criação de ligações ao aeroporto;
•Estudar modalidades de isenção no parqueamento automóvel no Aeroporto
(fonte: http://www.edab.pt/index.php?go=a12 )
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