MKlop Escreveu:(não sei como se faz a multi-citação, pelo que terá que ser assim)
Krupper: não concordo que tenha pago, porque depende muito do que se considera como retribuição face aos actos por eles praticados.
Fenicío: não julgo que esteja a baralhar; posso ter é feito uma observação muito alargada.
O que queria dizer é que no grande quadro da organização e história Europeia e Ocidental a Alemanha deveria ser mais humilde e diminuir de uma vez por todas o seu carácter expansionista, do qual padece fortemente desde o séc. XIX. As suas principais experiências políticas (e assim militares) e económicas resultaram num redondo falhanço com graves consequências para a Ocidentalidade.
Se não fossem os enormes apoios económicos e humanos que recebeu se calhar a obra "Bismarckiana" ter-se-ia desfeito para lá das mais diminutas tribos germânicas.
Assim, o que estava a sublinhar era que não são 40, 50 ou 100 anos que fazem uma Nação "ter-se ares de superioridade" (expressão tomada com muita liberdade...).
MKlop, estás a aplicar ao contexto político actual da Europa um argumento baseado na Europa pré segunda guerra mundial?
Os inúmeros problemas que a Europa enfrentava na primeira metade do século, quando isto tudo era um autêntico barril de pólvora (um inglês não podia olhar torto para um francês e era logo guerra), não são nem de perto e nem de longe semelhantes aos problemas que enfrentamos hoje.
Os problemas financeiros que países como a Irlanda, Portugal, Espanha, Grécia & cia. estão a enfrentar são decorrentes de alguma guerra provocada pela Alemanha ou de alguma praga proveniente das (como referiste) "tribos germânicas"?
Penso que não.
O que a Alemanha pede é que os países façam melhor uso do dinheiro que os fundos europeus estão a disponibilizar desde há décadas. Onde é que está o grande pecado nisto?
Este teu argumento se aplicado à prática poderia se traduzir no governo português solicitar verbas ao governo alemão e, em contrapartida, fizêssemos o que bem entendêssemos com esta verba e se o governo alemão pedisse relatórios sobre a utilização destas verbas ou se sugerisse a sua aplicação em determinados sectores, ainda poderíamos dar como resposta um "metam-se na sua vida". Peço desculpas mas há aí qualquer coisa errada que não está certa.

Gostaria de saber (exactamente) o que é que está a ser criticado aqui. É o governo alemão ter sugerido uma melhor utilização das verbas? É terem dito isto?
O que estes países têm de fazer é arregaçar as mangas e lidar com os problemas que identificaram
Na minha opinião, é o mínimo que devem fazer. Ou já se imaginaste na pele dos alemães, a dar dinheiro a um país periférico à beira da bancarrota? Como justificar isto a um desempregado do teu próprio país?