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Enviado:
9/11/2010 20:20
por Champignon
Razao_Pura Escreveu:O conceito restrito com que usamos o Goodwill através do SNC (Sistema de Normalização Contabilística) como Trespasse, não é assim usado nos EUA. Eles usam o goodwill como a diferença entre o valor real e o valor contabilístico de algo. Quando o valor contabilistico difere do valor de avaliação, há imparidade e devem-se proceder às correcções no balanço.
Neste caso o que houve por parte da empresa no passado foi um empolamento do activo pela contabilização de proveitos futuros pouco realistas. Quando foi auditada detectou-se a imparidade e tem que corrigir as suas contas. A imparidade está mensurada. São 200 milhões de dólares e empresa comunicou ao mercado os resultados do 3ª Trimestre e disse que apesar de ter que descontar essa imparidade no activo, ela libertou neste ultimo timestre um lucro por acção no ordem dos 30 centimos. Tem prejuíjos de 137 M mas na realidade se descontarmos a correcção dos 220 M, teve lucro na ordem dos 83 M. Deve ser por isso que está a subir porque no período homólogo do ano passado teve 25 M de lucro.
R.P.
Isso mesmo. Parabéns pela objectividade!


Enviado:
9/11/2010 20:04
por Elias
Obrigado Razão Pura.

Enviado:
9/11/2010 19:55
por Razao_Pura
O conceito restrito com que usamos o Goodwill através do SNC (Sistema de Normalização Contabilística) como Trespasse, não é assim usado nos EUA. Eles usam o goodwill como a diferença entre o valor real e o valor contabilístico de algo. Quando o valor contabilistico difere do valor de avaliação, há imparidade e devem-se proceder às correcções no balanço.
Neste caso o que houve por parte da empresa no passado foi um empolamento do activo pela contabilização de proveitos futuros pouco realistas. Quando foi auditada detectou-se a imparidade e tem que corrigir as suas contas. A imparidade está mensurada. São 200 milhões de dólares e empresa comunicou ao mercado os resultados do 3ª Trimestre e disse que apesar de ter que descontar essa imparidade no activo, ela libertou neste ultimo timestre um lucro por acção no ordem dos 30 centimos. Tem prejuíjos de 137 M mas na realidade se descontarmos a correcção dos 220 M, teve lucro na ordem dos 83 M. Deve ser por isso que está a subir porque no período homólogo do ano passado teve 25 M de lucro.
R.P.

Enviado:
9/11/2010 17:26
por Champignon
Sim, há muita fuga fiscal. E talvez não tenha sido até o melhor exemplo para falar de goodwill.
Mas também há a situação dos trespasses com o Automech ,e muito bem, referiu.
Para além dos activos físicos existentes na empresa, deve considerar-se que existem activos intangíveis, como é o caso da imagem da marca, a localização, a clientela, entre outros. Este valor incorpóreo possibilita à empresa gerar riqueza, sendo denominado por trespasse. Este valor nem sempre é positivo, podendo por vezes ser negativo. Todo esse goodwill, positivo ou negativo, tem que entrar contabilisticamente.

Enviado:
9/11/2010 17:03
por Automech
Champignon Escreveu:Outro exemplo bem real no nosso país.
Como é que há tantos Cafés e Restaurantes abertos em Portugal e apresentam quase todos prejuízos contabilísticos?
Alguns são realmente bem lucrativos na realidade..
Podes explicar melhor Champignon ? Porque nesse exemplo há um trespasse (se estamos a falar de Goodwill) que tem de ser amortizado porque foi efectivamente pago (e até pode ter correspondência a empréstimos bancários).

Enviado:
9/11/2010 16:56
por Elias
Champignon Escreveu:Outro exemplo bem real no nosso país.
Como é que há tantos Cafés e Restaurantes abertos em Portugal e apresentam quase todos prejuízos contabilísticos?
Alguns são realmente bem lucrativos na realidade..
bem isso é por fuga fiscal, ou não?

Enviado:
9/11/2010 16:54
por Champignon
Outro exemplo bem real no nosso país.
Como é que há tantos Cafés e Restaurantes abertos em Portugal e apresentam quase todos prejuízos contabilísticos?
Alguns são realmente bem lucrativos na realidade..

Enviado:
9/11/2010 16:53
por Elias
Obrigado Champignon.

Enviado:
9/11/2010 16:46
por Champignon
Não.
Deixa-me ver se consigo explicar.
Imagina que tens uma empresa ligada ao sector produtivo e que ela está a ser muito lucrativa actualmente. Acontece, que algures no passado, fizeste um mau negócio, e compraste uma máquina para essa mesma empresa por um preço muito alto e se revelou um fiasco. Foi um mau negócio, é certo, mas conseguiste dar a volta por cima, e a tua empresa está a ser lucrativa.
Esse mau negócio tem que obrigatoriamente entrar nas tuas contas por questões legais(através de amortizações ou menos valias (no caso de venda)).
No entanto, o que o mercado quer saber não é dos teus erros passados. Estás a ser lucrativo e é isso que interessa.
Outro exemplo, mas desta vez, ao contrário. Não faz muito tempo que a Martifer vendeu uma empresa (Repower seria?) com uma mais valia extraordinária. Isso deu uns lucros bons, embora imediatos e não recorrentes. Na altura, se esses lucros fossem contabilizados a Martifer ficava com um PER de 6 ou 7. O que aconteceu? O mercado penalizou a Martifer porque eram lucros extraordinários e não recorrentes. A cotação anda pelas ruas da amargura como se sabe...

Enviado:
9/11/2010 16:44
por pepi
Champignon Escreveu:Sim, e tem lógica.
O mercado quer saber de resultados recorrentes. A empresa está a ser lucrativa no seu negócio, apesar de contabilisticamente apresentar prejuízos.
Por esse motivo o EBITDA ser um dos principais indicadores de avaliação.

Enviado:
9/11/2010 16:42
por pepi
Goodwill (no POC era designado por Trespasse) corresponde ao "prémio" que foi dado pela compra de uma participação (i.e., a diferença entre o valor pago por acção e o valor contabilístico de cada acção adquirida).
O Goodwill é um activo e está sujeito a testes de imparidade regulares. Estes testes consistem em avaliar se esse "prémio" é adequado (na prática, é verificar se o Valor Actual da empresa é superior à soma do valor contabilístico + o Goodwill). Caso esse valor seja menor, a empresa deverá reconhecer na Demonstração de Resultados uma perda por Imparidade.
Abs

Enviado:
9/11/2010 16:35
por Elias
Champignon Escreveu:Sim, e tem lógica.
O mercado quer saber de resultados recorrentes. A empresa está a ser lucrativa no seu negócio, apesar de contabilisticamente apresentar prejuízos.
Mas isso é um bocado contra-senso, ou não?
Quer dizer, os prejuízos contabilísticos não "anulam" os lucros operacionais?

Enviado:
9/11/2010 16:20
por Champignon
Sim, e tem lógica.
O mercado quer saber de resultados recorrentes. A empresa está a ser lucrativa no seu negócio, apesar de contabilisticamente apresentar prejuízos.

Enviado:
9/11/2010 16:17
por Elias
Razao_Pura Escreveu:Olá Elias,
Basicamente no exemplo concreto que dás significa que a empresa reconheceu contabilisticamente um activo "acréscimos de proveitos" por um valor 220 $M acima do seu valor real e portanto tem uma imparidade nas suas contas - parece-me que terá feito projecções de proveitos futuros muto acima do que seria razoável.
R.P.
Fez esse reconhecimento excessivo no passado e agora está a rectificar, é isso?
Hoje a empresa sobe 4% e por isso estou em crer que o mercado já tinha descontado isso...

Enviado:
9/11/2010 16:15
por nelsonfilipe
De nada


Enviado:
9/11/2010 16:14
por Razao_Pura
Olá Elias,
Basicamente no exemplo concreto que dás significa que a empresa reconheceu contabilisticamente um activo "acréscimos de proveitos" por um valor 220 $M acima do seu valor real e portanto tem uma imparidade nas suas contas - parece-me que terá feito projecções de proveitos futuros muto acima do que seria razoável.
R.P.

Enviado:
9/11/2010 16:12
por Elias
Obrigado.

Enviado:
9/11/2010 16:12
por Champignon
Sim, se tinha um EPS positivo antes dessa avaliação, em princípio será isso.

Enviado:
9/11/2010 16:10
por nelsonfilipe
Sim o contexto da noticia indica claramente isso.

Enviado:
9/11/2010 16:08
por Elias
ou seja, neste caso o que a empresa teve de fazer foi reduzir a avaliação desses activos intangíveis, é isso?

Enviado:
9/11/2010 16:04
por nelsonfilipe
A palavra significa deterioração, na tradução literal. Tecnicamente, trata-se da "redução do valor recuperável de ativos.
O Goodwill é um termo contabilístico utilizado para designar a parte do valor de mercado (ou valor intrínseco) de uma empresa que não esteja directamente reflectida nos seus activos e nos seus passivos. Inclui-se neste tipo de valores a marca e a imagem de mercado, a carteira de clientes, o know-how dos funcionários, entre outros.
Espero ter ajudado


Enviado:
9/11/2010 16:02
por Champignon
Isso deve estar ligado a amortizações ou novas avaliações de um activo intangível.
Tens aqui uma explicação mais objectiva:
http://www.iasb.org/NR/rdonlyres/8C1657EB-3E5E-4790-8B6E-0C6AA34A2BFC/0/PTSummary_IAS36_pretranslation_LA.pdf
Dúvida sobre Goodwill

Enviado:
9/11/2010 15:44
por Elias
Na notícia abaixo transcrita, gostaria de saber qual a melhor tradução para português da expressão que está a negrito.
Obrigado pela ajuda
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Hologic posts 4Q loss, weighed down by charges
Published: Monday, 8 Nov 2010 | 9:10 PM ET
BEDFORD, Mass. - Hologic Inc., which makes mammogram systems and other women's health diagnostic tools, reported a loss for the fourth quarter on Monday, weighed down by hefty charges.
For the three months that ended Sept. 25, Hologic said its net loss was $137 million, or 53 cents per share. In the same period last year, Hologic's net income was $24.6 million, or 9 cents per share.
Excluding a $220.2 million charge for the
impairment of goodwill and other items, Hologic said it earned 30 cents per share in the quarter. Hologic said the charge was due to its revised estimates for the overall market size of breast brachytherapy, or internal radiotherapy cancer treatment, and its long-term growth projections.
http://www.cnbc.com/id/40079945