Empresas do Estado vão despedir e reduzir oferta
25 Outubro 2010 | 07:35
Jornal de Negócios Online -
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Empresas do Estado não sabem onde vão cortar 15% dos seus custos. Mas têm três semanas para dizer.
As empresas do Sector Empresarial do Estado não sabem como vão cortar 15% dos seus custos, de forma a cumprir a obrigação da proposta do Orçamento do Estado para 2011 (OE). E poucas crêem que tenham, mesmo, de ir tão longe. Mas todas preparam cenários de despedimentos, de redução dos serviços que prestam - e argumentos para demover o Governo de cortes tão profundos.
O ministro António Mendonça e o secretário de Estado das Finanças, Carlos Costa Pina, foram os portadores da notícia, numa reunião na quinta-feira com os presidentes das empresas do Estado. CP, Refer, TAP, Metro de Lisboa, Carris, Metro do Porto, STCP, RTP, CGD e outras empresas têm de reduzir os seus custos em 15%, o que representa cortar quase 1,6 mil milhões de euros, o equivalente a três submarinos. Na reunião de quinta-feira, o Governo referiu que serão tidas em conta as "especificidades" de cada empresa, embora não explicasse o que isso significa. E, mantendo os tectos previstos para o endividamento, abriu excepções para empresas que têm resultados positivos e para as que pretendem recorrer a fundos comunitários, de que não se deve desistir por efeito da restrição do endividamento.