A-330 Escreveu:
A reforma de Beja foi outra aberração. Aquilo nunca vai ter nehuma cia a operar ali dada a sua distância.
A330
Se considerarmos a indústria da aviação apenas e só como o levar passageiros do ponto a) para o ponto b), é por demais óbvio que Beja nunca receberá mais que meia dúzia de aviões por mês e isto com a indústria turística que o alqueva pode proporcionar a funcionar em pleno.
Logo, a assim ser, como aeroporto está morto, nem para as low-cost serve ( aliás está mais perto do algarve do que de Lisboa ). Foram milhões para o lixo.
Mas pode não ser assim, se se quiser.
Há todo um conjunto de actividades que é cada vez mais difícil fazer na europa congestionada mas é fácil fazer em Beja.
Importa relembrar que a Base de Beja têm início com a impossibilidade da luftwaffe treinar na alemanha. Se na altura os céus do centro da europa já estavam a ficar para o cheio, hoje nem se fala, até um gafanhoto já estorva.
Logo, construiram a base, vieram para cá, voavam quando queriam e como queriam, os aviões que queriam ( caças inclusivé ) bombardeavam em Alcochete ou no mar, isto até ao momento em que com os custos da reunificação das alemanhas houve que cortar - e muito - nos orçamentos e também cortaram aqui. Fecharam a loja e foram-se embora.
Espaço no chão e no ar é o que mais há em Beja.
Por esse mesmo motivo é que a KLM manda os seus futuros pilotos " ab-innitio " para Évora. A academia algumas vezes mais parece Amesterdão em hora de ponta. Porquê? há espaço no chão, no ar, poucas restrições, quase sem limitações metereológicas e tudo isto é que está escasso na Holanda. Não é pelos nossos lindos olhos, certamente.
No incidente com o vulcão islandês, quando ficou tudo colado ao chão houve aviões de cias europeias que atravessaram o atlântico vazios para parquear no Canadá e nos Estados Unidos. Não havia lugar para eles nos aeroportos europeus. Nessa altura, a ryanair já não parqueava aviões em Faro, amontoava-os.
Beja pode ter futuro se se virar para a grande manutenção, se se tornar um
hub da aviação de carga e até na formação tem boas possibilidades, como por exemplo na qualificação de pilotos ( type-rating, etç ). Temos bom tempo, espaço e céus mais ou menos desimpedidos, três coisas que começam a ser difíceis de conjugar no continente europeu.
A própria TAP-ME têm recusado contratos porque não consegue meter mais aviões na manutenção de Lisboa. E este dinheiro são vendas ao estrangeiro, são divisas que entram.
A carga tem tido uma expansão brutal. Os cargueiros que passam por aqui e que atravessam o atlântico são mais que muitos. E nós a vê-los passar...
O que falta é saber explorar estes filões e às vezes tenho dúvidas se com estes lá poderemos chegar.
Cumprimentos,