
No caso Português o superavit seria bom para reduzir a divida externa até níveis confortareis para depois se poder voltar ao défice.
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T1ag0 Escreveu:Uma economia perde muitos recursos a pagar juros das sua dívidas ao exterior. Seja o Governo, o Sistema Bancário ou as famílias.
T1ag0 Escreveu:Um Governo que em períodos de crescimento registe superavits fomenta a poupança, ajudando acima de tudo o Sistema Bancário.
T1ag0 Escreveu:O crescimento da economia não terá que ser feito necessáriamente pelos Gastos Públicos.
T1ag0 Escreveu:Se os Bancos não não tiverem necessidade de ir ao mercado de capitais, poderá emprestar aos consumidores a preços mais baixos, fomentando o consumo.
T1ag0 Escreveu:Ao falar de orçamentos com superavits, não estou claramente a defender orçamentos de "cinto apertado", apenas orçamentos que deixem a economia fluir sem grande intervenção do estado.
AutoMech Escreveu:T1ag0 Escreveu:É estranho ver o governo a insistir em aumentar os impostos. Os impostos vão colocar o país em recessão o que vai provocar uma respectiva queda da receita fiscal. O governo espera obter uma receita fiscal superior de onde?
Uma teoria económica (essencialmente nórdica) é fazer orçamentos "poupados" em alturas de crescimento de forma a obter superavits para, em alturas de crise, seja possível fazer orçamentos despesistas. Isso certamente não vai acontecer em Portugal (não há dinheiro nem liberdade cambial), logo para sair da crise, a esmagadora maioria terá que ser cortada na despesa e esperar uma onda de crescimento que contagie Portugal.
Tiuago, orçamentos com superavit são um erro porque retiram recursos da economia.
Orçamento zero (que já inclui serviço da dívida) já é suficiente, dando margem para politicas mais despesistas se forem necessárias.
T1ag0 Escreveu:É estranho ver o governo a insistir em aumentar os impostos. Os impostos vão colocar o país em recessão o que vai provocar uma respectiva queda da receita fiscal. O governo espera obter uma receita fiscal superior de onde?
Uma teoria económica (essencialmente nórdica) é fazer orçamentos "poupados" em alturas de crescimento de forma a obter superavits para, em alturas de crise, seja possível fazer orçamentos despesistas. Isso certamente não vai acontecer em Portugal (não há dinheiro nem liberdade cambial), logo para sair da crise, a esmagadora maioria terá que ser cortada na despesa e esperar uma onda de crescimento que contagie Portugal.
LOAMIL Escreveu:Uma boa forma de cortar na despesa era retirar-lhe a ele e a outros como ele, a reforma choruda (250.000 euros/ano) que recebe, desde os 56 anos, por ter trabalhado meia dúzia de meses na CGD.
Um abraço
ml
Mira Amaral
"Aprovar um mau orçamento não livra Portugal dos sarilhos externos"
13 Outubro 2010 | 20:12
Lusa
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O ex-ministro Mira Amaral defendeu hoje que a não aprovação do Orçamento põe em causa a credibilidade externa, mas "aprovar um orçamento só por aprovar não livra Portugal dos sarilhos externos".
Em declarações aos jornalistas, à margem da apresentação do livro "E depois da crise?", no Porto, Mira Amaral realçou que "se for [aprovado] um mau orçamento os mercados externos também castigam", apelando aos dois maiores partidos, PS e PSD, "para que tenham juízo e façam um orçamento razoável".
O antigo ministro da Indústria considerou a "dimensão externa" como a maior preocupação da não aprovação do OE2011, considerando que "poria em causa a credibilidade externa que é precisa como de pão para a boca".
Ainda assim, sustentou, "se [o OE] for mau, o país também será penalizado". Para Mira Amaral, "se a situação se agravar ainda mais é melhor que o FMI [Fundo Monetário Internacional] entre em cena, porque quando entra em cena dá um abalo às medidas que estão a ser tomadas e permite baixar as taxas de juro que o país está a pagar".
O economista defendeu que "quando se está a pagar taxas de juro de quase sete por cento, se calhar era melhor ter um acordo com o FMI, porque ajudava a credibilizar [o país] no plano externo".
Mira Amaral defendeu que o "Governo, que não tem maioria absoluta, tem que negociar no Parlamento com outro partido a viabilização do Orçamento" e considerou que "o PSD não é responsável por esta situação".
Neste contexto, acrescentou, "o PSD tem todo o direito de pôr as suas condições".
Defendendo que a discussão tem que ser feita pelo lado da despesa, frisou: "Primeiro tem que se esgotar a discussão do lado da despesa para se cumprir o défice. Só quando estiver esgotado, se passaria à discussão sobre o aumento dos impostos."