Base de dados do Governo não fez desaparecer contratos
14 Outubro 2010 | 18:28
Jornal de Negócios Online -
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INCI diz que contratos não desapareceram da base de dados. Estarão, assim, a ser rectificados.
O Instituto da Construção e do Imobiliário (INCI), responsável pela gestão do Portal Base, onde constam os contratos públicos, veio hoje dizer que o “desaparecimento” de contratos ali publicados se deve ao facto de as entidades adjudicantes pedirem autorização para rectificarem a informação quando detectam uma incorrecção.
O INCI respondeu assim às acusações feitas ontem pelo PSD, que disse ter confirmado que nos últimos dias tinham desaparecido contratos da base de dados do Governo sobre contratação pública, tendo assim exigido explicações com urgência.
Segundo o INCI, que assegura a conservação do Portal Base, a base de dados regista todas as operações efectuadas durante este processo, identificando o seu autor. “São designadamente conservadas todas as versões de registo de um contrato, os pedidos de rectificação efectuados, os respectivos fundamentos e as decisões que sobre esses pedidos forem produzidas”, refere o comunicado do instituto.
A comunicação de contratos públicos celebrados é efectuada por utilizador credenciado, agindo em nome e representação de entidade adjudicante, numa área reservada do Portal, “através de um processo seguro e totalmente electrónico”.
A responsabilidade pela informação comunicada é exclusivamente das entidades adjudicantes, sublinha o INCI, acrescentando que “no caso de a entidade adjudicante verificar uma incorrecção na informação comunicada no Portal, designadamente sobre contratos públicos por si celebrados, deve solicitar ao INCI, fundamentadamente, autorização para proceder à rectificação da mesma”.
Caso a rectificação venha a ser autorizada, é imediatamente suspensa, pelo período de 10 dias úteis, a publicitação do respectivo contrato no Portal, deixando este de estar acessível ao público, sendo a publicitação reposta logo que a entidade adjudicante efectue a rectificação solicitada.
“Findo o dito período de dez dias úteis sem que a entidade adjudicante complete a rectificação do registo, o contrato é recolocado online com a informação que se encontrava anteriormente registada, acrescida da que, eventualmente, tenha sido entretanto produzida”, conclui o comunicado.
O PSD consideraram “estranho” que “dois ou três dias” depois do escrutínio público sobre um jantar de aniversário da ANACOM - cujas despesas totalizaram cerca de 150 mil euros e que foram reportadas na referida base de dados - tivessem desaparecido contratos que ali deviam estar, nomeadamente sobre as Sete Maravilhas e um patrocínio do Governo e sobre uma festa na Bolsa de Lisboa de 196 mil euros.