"É cada vez mais provável que assistamos a um "crash" nas bolsas"
08 Outubro 2010 | 10:17
Paulo Moutinho -
paulomoutinho@negocios.pt
O CEO do IG Group afirmou há três meses, na sua visita a Portugal para a inauguração do novo escritório no País, que as bolsas iriam sofrer um novo “crash”. A perspectiva mantém-se. Aliás, é cada vez mais provável que aconteça, diz Tim Howkins.
Com o agudizar da crise da dívida, a incerteza dos investidores dos mercados accionistas tem aumentado. Há três meses disse que iríamos assistir a um novo “crash” nas bolsas. Mantém essa projecção? É cada vez mais provável que isso aconteça. Há muitas razões para acreditar que os mercados accionistas só estão no nível elevado em que estão porque os Estados, a nível global, têm estado a injectar liquidez na economia. Estamos numa situação muito frágil, em que não será necessária uma situação de grande pânico para levar as bolsas a um novo “crash”.
Então, não aconselha a investir na bolsa? Há muita uma tensão entre os que estão optimistas e os muito pessimistas. É por isso que penso que investir no mercado accionista, neste momento, é muito arriscado.
O sector financeiro é um termómetro para esse “confronto” entre os optimistas e os pessimistas? Os nossos investidores estão cada vez menos interessados na banca. Em 2008, a exposição ao sector era muito elevada. Agora já não.