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Caldeirão da Bolsa

Off Topic-Melhor aluno do País não terminou o Secundário

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por scotch » 5/11/2010 6:38

Recupero este tópico, porque neste momento estou na mesma situação que este aluno.Obtive o diploma de equivalência ao 12º ano no inicio deste ano (2010), através do processo RVCC, na altura já com o propósito de ingressar na faculdade.
Agora, neste último trimestre, decidi começar a preparar-me para as provas especificas de Matemática e Economia de 2011.Apesar de ter imenso tempo, seja porque estou desempregado, seja porque as provas realizam-se em Julho/2011, não será "pera doce". Afinal é o plano curricular de 3 anos de ensino (secundário)de duas disciplinas.Para além disto não terei a orientação de um professor/explicador.Para além de estudar/assimilar os conteúdos, tenho também de organizar a sequência do estudo e procurar bibliogafia.

Se em Setembro de 2011 tiver ingressado na faculdade, não terá sido por facilitismo.
As provas específicas são iguais para todos, quer tenham frequentado 3 anos de ensino quer tenham obtido o 12º através do processo RVCC. Na minha opinião, a diferença vê-se durante o curso.Quem tem bases académicas e quem não tem!
 
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por kuppka » 22/9/2010 16:48

mnfv Escreveu:Se calhar é o gajo mais inteligente.

Teve 20 num exame de inglês, e soube usar as regras legais a seu favor, ao contrários dos meninos bem dos 19.3 de média, que andaram toda a vida à mama dos paizinhos, explicações, colégios privados e esforço inhumano a tirar 19 e 20 (devemos ter imensos génios no país, mas devem emigrar depois de concluídas as licenciaturas), quais escravos do socialmente correcto.

A propósito, vai para um curso de tradutor, e para isso não precisa de matemática nenhuma :idea:


Capa do Expresso ehe! Tomara a mts!
Foi meu aluno em Ed.Visual, passou ao lado, mas agora sinto uma certa satisfação aha!
 
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por MNFV » 22/9/2010 15:42

Se calhar é o gajo mais inteligente.

Teve 20 num exame de inglês, e soube usar as regras legais a seu favor, ao contrários dos meninos bem dos 19.3 de média, que andaram toda a vida à mama dos paizinhos, explicações, colégios privados e esforço inhumano a tirar 19 e 20 (devemos ter imensos génios no país, mas devem emigrar depois de concluídas as licenciaturas), quais escravos do socialmente correcto.

A propósito, vai para um curso de tradutor, e para isso não precisa de matemática nenhuma :idea:
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por agany » 22/9/2010 15:14

...E sai da Faculdade directamente para a Caixa de Aposentações :lol:
 
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por Seaman » 22/9/2010 14:05

Certo é que houve um aluno que não entrou no mesmo curso que este aluno entrou. Esse aluno não entrou porque deve ter tido média imediatamente inferior ao último aluno que entrou. Se este aluno, que conseguiu média de 20 não tivesse escolhido este curso, esse outro aluno teria entrado.

Os jornalistas deveriam tentar saber quem foi esse aluno que ficou prejudicado e saber do seu percurso escolar. Depois comparar os 2 percursos escolares e tirar conclusões.

Isto é apenas a ponta do Iceberg. Este caso foi detectado e largamente publicitado porque este aluno entrou com média de 20 logo o melhor aluno de todo o sistemas escolar português deste ano de 2010.

Quantos outros casos não haverá e quantos outros alunos não terão sido prejudicados com as suas vidas alteradas...
 
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por artista_ » 22/9/2010 13:44

Sendo toda esta situação grave (para ele e outros entrarem, há outro que não entram nos cursos que escolheram) ainda será mais grave porque servirá de exemplo para os outros... espero que a tendência para a redução de esforço não venha a aumentar ainda mais, mas casos como estes não são grande ajuda!

abraços

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por Reislb » 22/9/2010 12:53

Um aluno que depois de tantas tentativas não consegue fazer matemática, é no mínimo estranho. :roll:
O QI deste indivíduo deve ser bem abaixo da média.
O disco rígido pode ser enorme, mas se o processador for fraquinho..............

Cumprimentos.
"Queres remar contra a maré????
Compra um barco a motor."
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Off Topic-Melhor aluno do País não terminou o Secundário

por PMACS » 22/9/2010 12:14

'Melhor' aluno chegou à faculdade sem acabar o liceu
Programa Novas Oportunidades pode ser usado como 'via verde' para facilitar entrada no ensino superior.

As dificuldades apareceram no ensino secundário, quando a Matemática se tornou uma verdadeira dor de cabeça para Tomás Bacelos. Por mais que insistisse, não conseguia passar à disciplina e os chumbos sucessivos acabaram por fazê-lo desistir da escola sem acabar o liceu.

No ano passado, Tomás Bacelos arranjou a solução ideal para contornar o problema. Inscreveu-se num Centro de Novas Oportunidades em Esposende, frequentou dois módulos (Saberes Fundamentais e Gestão) e em meses conseguiu equivalência ao 12.º ano. Acabou agora por entrar na faculdade, no curso de Tradução, na Universidade de Aveiro, e é oficialmente, segundo as listas do Ministério do Ensino Superior, o aluno com a mais alta nota de candidatura do país: 20 valores.

A questão é que a sua média não tem em conta as notas do secundário - que não terminou - e baseia-se apenas no exame nacional de Inglês, o único que teve de fazer para entrar em Tradução e onde conseguiu nota máxima. Ainda tentou concorrer a um curso de Biologia, fez a prova de ingresso, mas não foi além dos 7,4 valores.

Ao contrário de Tomás Bacelos, todos os jovens do ensino regular tiveram de realizar provas nacionais a várias disciplinas e apresentaram-se a concurso com estas classificações e com as notas do secundário.

O percurso de Tomás e dos restantes alunos não podia, por isso, ser mais diferente. Ainda assim, ele disputou as mesmas vagas e concorreu em igualdade de circunstâncias com os outros. A lei permite-o, mas o jovem, 23 anos, sente que beneficiou de uma injustiça.

"Para mim, foi ótimo. Mas é claro que é bastante injusto porque os outros passam anos a esforçar-se para terem boas médias. Com o Novas Oportunidades, uma pessoa que só tem o 7.º ano pode fazer o 9.º em seis meses e a seguir, em ano e meio, consegue tirar o 12.º. Se tiver sorte, pode passar à frente e tirar o lugar às pessoas que fizeram esse esforço. Conheço quem tenha entrado assim no ensino superior", admite.
Discriminação positiva

Contactado pelo Expresso, o Ministério do Ensino Superior não revelou, até à hora de fecho da edição impressa, quantos estudantes entraram na universidade por esta via, retirando lugares a candidatos do ensino regular. No curso de Tradução da Universidade de Aveiro, onde Tomás Bacelos entrou em primeiro lugar, por exemplo, quatro jovens que também colocaram a licenciatura como primeira opção acabaram por ficar de fora. O último a conseguir entrar teve 14,4 valores de média.

Certo é que a história de Tomás Bacelos está longe de ser a única. "O caso dele só é visível porque tirou uma grande nota no exame. Mas houve outros alunos que entraram da mesma maneira, só que não saltam à vista nas estatísticas", garante António Boaventura, do Centro Novas Oportunidades da Secundária Henrique Medina (Esposende), que Tomás frequentou. "Há uma discriminação positiva destes alunos", reconhece.

O presidente da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior, Virgílio Meira Soares, admite que possa haver uma "injustiça", mas rejeita responsabilidades e lembra que os candidatos vindos do Novas Oportunidades também podem acabar por sair prejudicados com esta legislação. Isto porque só concorrem ao superior com uma única nota de exame, sem outras classificações a pesar na média, o que pode prejudicá-los caso a prova não corra bem.

Luís Capucha, presidente da Agência Nacional para a Qualificação e um dos responsáveis pelo programa Novas Oportunidades, recusa comentar as regras de entrada no ensino superior, por não serem da sua competência. Ainda assim, afirma que "não faz sentido aferir a dificuldade de ingresso pelo número de exames exigidos" aos estudantes.
O que diz a lei

Os alunos que concluíram o secundário através de vias de formação que não preveem a atribuição de notas (como os cursos de Educação e Formação de Adultos do programa Novas Oportunidades) e que pretendem aceder à universidade concorrem apenas com as classificações que obtêm nos exames nacionais exigidos como prova(s) de ingresso no curso que querem. Dispensam todos os restantes exames nacionais. A nota que obtiverem na(s) prova(s) de ingresso vale como nota de conclusão do secundário.

Por exemplo, como Tomás Bacelos teve 20 no exame de Inglês, foi-lhe atribuída "administrativamente" essa classificação como média do secundário. Outro regime excecional de ingresso é o que abrange quem tem mais de 23 anos: os candidatos não precisam de ter concluído o secundário e dispensam a realização de qualquer exame nacional. A diferença é que, neste caso, o concurso tem vagas próprias (fora do concurso nacional) e cada instituição fixa os critérios de entrada.

Fonte:http://clix.expresso.pt/melhor-aluno-chegou-a-faculdade-sem-acabar-o-liceu=f604904

A continuar assim,daqui por uns anos fazem-se Licenciaturas em quinze dias... :roll:
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