
Garfield Escreveu:kpt, penso que há concerteza uma ordem de qualidade nos activos, algo do genero :
depositos a prazo,
imobiliario,
divida publica,
titulos obrigacionistas,
acções
BN
Garfield
Não consigo elaborar uma hierarquia com rigor, isto porque há bastantes variáveis a analisar em cada activo.
Quanto aos depósitos, não te esqueças que os depósitos não são um activo do banco mas sim um passivo, logo não podem ser dados como garantia, nem vejo como. O dinheiro que lá está é das pessoas e essas mesmas pessoas podem resgata-lo quando bem quiserem.
Os créditos concedidos pelos bancos, esses sim, sendo um activo, poderão ser dados como garantia.
Por exemplo, porque puseste imobiliário primeiro que dívida pública?
Imagina que queres comparar o dito edifico no centro de Lisboa com a dívida pública nacional.
Por exemplo, o edifício no centro de Lisboa poderá ser um activo valioso e com baixa probabilidade de depreciação mas por outro lado a sua liquidez é bastante reduzida quando comparada com dívida pública nacional.
A dívida pública gera juros inevitavelmente, já o edifício no centro de Lisboa poderá nem sempre gerar rendimento equivalente (rendas, por exemplo) ou nem gerar sequer, para além de que requer custos de manutenção (ao contrário da dívida pública).
Por um lado, na dívida pública se não deixares até à maturidade estás sujeito a perdas mas pelo menos tem muito maior liquidez e gera rendimento.
Ou seja, com base neste tipo de variáveis que te dei, e sendo o imóvel mais valioso e menos sujeito a depreciação, não é claro que, principalmente em momentos de crise, o imóvel seja um activo mais apetecido do que a dívida pública, isto no âmbito de colaterais.
Como vês, tanto dum lado como do outro é sempre possível arranjar argumentos que façam pensar duas vezes se é mesmo possível estabelecer uma hierarquia exacta, ou se, por oposição, não será melhor efectuar análises comparativas caso a caso.