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MensagemEnviado: 10/8/2010 22:11
por LTCM
N. Escreveu:Ou pôr o dinheiro indexado um índice composto por várias classes de activos? (esta última seria a melhor solução a meu ver)


Regra geral: Esta última é sempre a melhor solução. :wink:

melhor idade para ter carta de investir

MensagemEnviado: 10/8/2010 22:03
por Clinico
:mrgreen: :mrgreen:

MensagemEnviado: 10/8/2010 18:00
por MarcoAntonio
N. Escreveu:Acho que dependerá sempre da quantidade de experiência e conhecimento real que se atinge nos primeiros anos.


Isto obviamente tem muito de individual uma vez que o tanto a experiência acumulada (que referes) como o declínio das capacidades (que começa a surgir de forma progressiva a partir dos 30 e tal) varia consideravelmente de individuo para individuo...

Mas o que se retira do artigo (e dos estudos/análises referidos) é como a coisa funciona em termos médios...


Quanto à questão da carta/teste, bom, eu não estou totalmente de acordo com a sugestão. O que eu sugeriria era algo ligeiramente diferente: a carta só ser aplicada a determinados produtos / perfis de risco tipo determinados produtos financeiros ou categoria de produtos (por exemplo, agrupando Fundos em grupos, a "carta" só ser exigível para investir em determinados Fundos pelo risco agregado ou por exemplo para investir em opções/warrants/etc pela complexidade e risco desses produtos). Já por exemplo, do lado oposto para um banal depósito a prazo ou mesmo para obrigações não creio que faça qualquer sentido estar a exigir uma "carta"...

Basicamente, exigir para todos os produtos e classes de produtos, era o mesmo que exigir também uma carta para andar de triciclo ou de bicicleta.

MensagemEnviado: 10/8/2010 17:53
por N.
Acho que dependerá sempre da quantidade de experiência e conhecimento real que se atinge nos primeiros anos.

É preciso é cuidado com o ponto de comparação, para se saber em que nível de conhecimento e experiência estamos.

Só tenho dúvidas é na questão do declínio. Se eu não passar o teste quem é mais adequado para gerir o meu dinheiro por mim? O banco? O Estado? Ou pôr o dinheiro indexado um índice composto por várias classes de activos? (esta última seria a melhor solução a meu ver)

MensagemEnviado: 10/8/2010 17:48
por MarcoAntonio
Curioso e interessante. Julgo que empiricamente as pessoas tenderiam a julgar que a "idade ideal" era um pouco mais cedo (eu pelo menos apontaria para os 45 ou por aí).

A idade mais sábia e carta para investir

MensagemEnviado: 10/8/2010 17:32
por LTCM
por Ricardo Reis, Publicado em 31 de Julho de 2010

E se houvesse necessidade de tirar uma carta para gerir o dinheiro, igual à que existe para conduzir?

É que os riscos não estão só na estrada
Não é novidade que as capacidades mentais declinam com a idade. Talvez fique mais surpreendido por saber que o declínio começa cedo, por volta dos 25 anos. Um simples teste de memória, visualização espacial, raciocínio e rapidez perceptual, revelam uma relação decrescente entre a idade e os resultados dos testes. A relação é aproximadamente linear entre os 25 e os 75 anos, ou seja, a perda entre os 25 e os 26 anos é quase a mesma que a perda entre os 55 e os 56 anos. Só a partir dos 75 anos é que o declínio é mais acelerado.

Ao mesmo tempo, a experiência tem valor. Aumenta com a idade, provavelmente a um ritmo acelerado no início, quando se sabe pouco, e depois a um ritmo progressivamente mais lento, com o acumular de sabedoria. Porque tomar boas decisões e resolver problemas depende quer da capacidade mental, quer da experiência, o declínio da primeira e o aumento da segunda com a idade levam a supor o seguinte padrão: aos mais novos falta experiência e aos mais velhos capacidade mental. Uns e outros são os piores decisores. Algures no meio estão os mais sábios.

Para testar esta hipótese podemos considerar uma actividade partilhada pela maioria dos adultos: conduzir. O número de mortes na estrada por quilómetro conduzido nos EUA é menor quando o condutor tem entre 45 e 60 anos. Entre os 18 e os 25 anos, o número médio de mortes é três vezes maior e entre os 70 e os 80 anos é quase cinco vezes maior.

Um grupo de economistas olhou para as taxas de juro que os americanos pagam nos cartões de crédito, nas hipotecas e nos empréstimos para comprar carro, assim como na frequência com que pagam taxas nos cartões de crédito por pagarem a conta tarde ou excederem o limite de crédito. Em todos os casos, as pessoas entre os 50 e os 55 anos pagam significativamente menos. O mesmo acontece com os juros nas hipotecas em Espanha e com o rácio entre o retorno e o risco dos investidores na bolsa em Itália. A idade mais sábia está entre os 50 e os 55 anos.

Nalguns casos, as pessoas fazem mesmo asneiras claras. Um dos exemplos é ter uma conta de poupança que rende 1% e ao mesmo tempo uma dívida de cartão de crédito que cobra 20%. Outra é ter mais de um cartão de crédito e pagar primeiro as dívidas do cartão que tem a taxa de juro mais baixa. Novamente, os erros concentram-se entre os mais novos e os mais velhos.

Em reacção a estes dados, alguns economistas sugerem que devia haver uma carta para investir o próprio dinheiro, tal como existe uma carta para conduzir. As pessoas teriam de ter aulas, passar um exame e renová-lo mais frequentemente a partir de certa idade. Da mesma maneira que os riscos de conduzir não estão só na estrada, nas finanças não estão só nos bancos. Educados, os consumidores podiam evitar os maiores riscos.