
Elias Escreveu:pocoyo Escreveu:
)
Tens razão é reduzida.
Tenho mesmo que ir.
Boa noite.
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Elias Escreveu:pocoyo Escreveu:
)
pocoyo Escreveu:Eu sabia que tu ias uzar golpes baixos.![]()
Quando te falei na teoria foi para te explicar o conceito das taxas, e na generalidade dos casos é esse o principio. Depois surgem medidas de apoio a determinados sectores exemplo viagens.
pocoyo Escreveu:O alujamento em hoteis é taxa intermédia mas tudo bem.
Elias Escreveu:pocoyo Escreveu:Na base estão os bens de 1ª necessidade, logo com taxas mais baixas.
Essa tua afirmação sugere que desconheces por completo a estrutura das taxas de IVA.
Dou-te alguns exemplos de bens e serviços sujeitos à taxa mais baixa (que segundo o teu raciocínio são bens de 1ª necessidade):
- mariscos
- refrigerantes
- alojamento em hotéis
- viagens de avião
Serão isto bens de 1ª necessidade, destinados a satisfazer os níveis mais baixos da hierarquia de Maslow? E olha que as pessoas de rendimentos mais elevados gastam um dinheirão nos bens que aqui listei.
No nível superior do IVA, 21%, tens uma data de produtos que quase toda a gente consome, incluindo as pessoas com baixos rendimentos, e que toda a gente reclama como sendo de 1ª necessidade (e alguns deles até são):
- gasolina
- telefone e telemóveis
- televisores
- electrodomésticos essenciais
- computadores
- acesso à net
- vestuário
- produtos de higiene pessoal (shampo, dentifrico, etc)
Não estou sequer a dizer se as taxas de IVA estão bem ou mal, apenas a frisar que a forma como os escalões se distribuem nada têm a ver com as necessidades de Maslow por isso a tua tese de que as pessoas com mais rendimentos consomem sobretudo os produtos com taxas mais elevadas não me parece ter correspondência com a realidade.
pocoyo Escreveu:Na base estão os bens de 1ª necessidade, logo com taxas mais baixas.
Elias Escreveu:pocoyo Escreveu:Teoria de maslow.
Para satisfazeres a base gastas a maior parte do rendimento, isto para os rendimentos mais baixos.
Nos mais altos chegar a outros patamares.
O que é que a teoria de maslow tem a ver com os bens que têm a taxa de IVA mais alta?
Ou por outra, desde quando é que os escalões das taxas de IVA foram fixados tendo em conta a hierarquia de maslow?
pocoyo Escreveu:Teoria de maslow.
Para satisfazeres a base gastas a maior parte do rendimento, isto para os rendimentos mais baixos.
Nos mais altos chegar a outros patamares.
Elias Escreveu:pocoyo Escreveu:No geral as pessoas com rendimentos mais altos consomem bens com a taxa mais alta do iva.
Não sei como chegas a esta conclusão.
Partes de premissas sobre a forma como tu imaginas que as pessoas com rendimentos mais altos gastam o dinheiro.
pocoyo Escreveu:No geral as pessoas com rendimentos mais altos consomem bens com a taxa mais alta do iva.
Elias Escreveu:pocoyo Escreveu:Elias Escreveu:Então o que querias dizer com "Deve ganhar o mesmo e pagar o mesmo."?
Estava a ser irónico.
E o que fazias em relação aos impostos indirectos? Mantinhas tudo como está? Como é que se aplica aqui o princípio de redistribuição de riqueza?
pocoyo Escreveu:Elias Escreveu:Então o que querias dizer com "Deve ganhar o mesmo e pagar o mesmo."?
Estava a ser irónico.
Elias Escreveu:Então o que querias dizer com "Deve ganhar o mesmo e pagar o mesmo."?
pdcarrico Escreveu:Elias Escreveu:pocoyo Escreveu:Deve ganhar o mesmo e pagar o mesmo.
Ou seja basicamente defendes salários iguais para todos.
Ao abrigo desse espírito nunca haverá promoções para ninguém porque ninguém pode ganhar mais. Logo não há incentivos à produtividade. Não passamos da cepa torta mas pelo menos os salários são todos iguais. Viva a reforma agrária
Eu acho que ele queria ser irónico com o que disse o arte-sacra.
Falar em igualdade de taxas para todo o rendimento é tão demagógico quanto falar em rendimento igual para todos.
É evidente que tem de haver rendimento diferente em função da produtividade, o que não significa que 10% sobre o rendimento de 1000 euros seja socialmente igual a 10% sobre um rendimento de 10 000 euros, daí haver taxas de imposto progressivas.
Aliás, para termos taxas de 0% para rendimento de salário mínimo e 45% para rendimentos mais altos, significa que na média deve haver uma taxa talvez de 20%. Ora 20% é perfeitamente comportável para quem ganha 2000 euros para cima, mas será que é para para quem ganha 500 euros?
pdcarrico Escreveu:Se alguém dissesse: <i>eu sinto-me desconfortável a pagar 30% de IRS num País como Portugal mas sentir-me-ia confortável a pagar 40% na Suécia</i>, eu não poderia discutir a justiça na sua alegação.
pdcarrico Escreveu:É antes se a maior responsabilidade de financiar o Estado deve ser de quem está em melhor situação ou se de quem vive com maior dificuldade.
pdcarrico Escreveu:Quanto à utilização ... bem, podemos entender que os serviços públicos não se esgotam na saúde pública. A polícia e o exercito são pagos com os impostos, as estradas são mantidas pelos impostos, os executivos municipais que aprovam os PDM's são pagos pelos impostos, etc....
Dizer que os impostos apenas servem para serviço a que a população pobre recorre, é talvez um pouquinho redutor.
Elias Escreveu:pdcarrico Escreveu:a realidade é que todos nós ambicionamos a uma habitação digna, a alimentação saudável, a uma educação decente para os filhos, etc...
De acordo quanto a isto. O problema é que as expectativas quanto ao que é "digno" evoluem demasiado depressa, muito mais depressa do que evolui o rendimento.
O conceito de dignidade hoje é muito diferente daquele que havia há 20 ou 30 anos atrás. Há uma geração atrás, quem tivesse algo para comer e para vestir e um sítio para dormir já era remediado (ou seja, não era "pobre"). Hoje as coisas são completamente diferente: algumas coisas como televisão, banda larga, carro, telemóvel, etc. tornaram-se "direitos universais", não ter acesso a esses serviços "básicos" é quase indigno. Por exemplo, andar de transportes públicos é visto como sinal de pobreza. Por isso muita gente endivida-se, quantas vezes muito para lá das suas possibilidades, para poder ter acesso a uma data de bens e serviços que ainda não há muito tempo eram considerados um luxo.
Elias Escreveu:Tens razão quando referes que quem recebe 10000 ais facilmente pode dispensar 2000 do que quem ganha 1000 para dispensar 200. O problema é que o primeiro dá dez vezes mais mas pouco ou nada recebe em troca, pois se quiser serviços "dignos" (nomeadamente de saúde) ainda tem de pagar mais para ir ao privado, já que no Estado as coisas não funcionam (ou melhor não funcionam de acordo com os altos padrões de exigência que ele legitimamente espera, tendo em conta a dimensão da sua contribuição). Isto significa ele está a financiar os serviços que usa e os serviços que os outros usam. Isto é uma justiça social um pouco distorcida...
pdcarrico Escreveu:a realidade é que todos nós ambicionamos a uma habitação digna, a alimentação saudável, a uma educação decente para os filhos, etc...
Elias Escreveu:pdcarrico Escreveu:Falar em igualdade de taxas para todo o rendimento é tão demagógico quanto falar em rendimento igual para todos.
Não sei porquê... se houver uma taxa única de 20% então quem recebe 1000 paga 200; quem recebe 5000 paga 1000; é na base do quem mais recebe mais paga. Socialmente justo.
Quanto à situação dos 500 euros que referes, basta criar uma isenção para os primeiros 500 euros (como na lei das mais-valias recentemente aprovada), pagando-se 20% sobre o excedente.
pdcarrico Escreveu:Falar em igualdade de taxas para todo o rendimento é tão demagógico quanto falar em rendimento igual para todos.