
Já olhaste atentamente para os teus últimos dois posts ou isso é coisa que para ti não interessa nada?
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MarcoAntonio Escreveu:Começo a achar que tu esqueces-te do que escreves no mero espaço de tempo que separa um post do seguinte e que tudo não passa de uma disputa de argumentos sem qualquer fim ou fio condutor.
Elias Escreveu:Então e como explicas o facto de a quebra Dezembro-Janeiro ser maior na PVG?
Elias Escreveu:O meu amigo é que tenta retirar conclusões com base em observações de curto prazo, nomeadamente em relação à PVG.
MarcoAntonio Escreveu:Para ser franco, acho que estás a fazer precisamente o oposto que advogas e em vez de olhares para o quadro completo, estás a particularizar e a segmentar a informação.
Elias Escreveu:Então e como explicas o facto de a quebra Dezembro-Janeiro ser maior na PVG?
MarcoAntonio Escreveu:- A associação à crise e aos preços dos combustíveis de uma quebra que já se vinha verificando e que não se justifica meramente por factores sazonais não só não é disparatada como é bastante razoável/lógica/óbvia e o facto da quebra se registar essencialmente na Ponte 25 de Abril (quando olhamos para a tendência de longo-prazo, que a notícia já cobre) só o torna mais óbvio, devido às diferenças de tipo de tráfego e de alternativas entre ambas as pontes.
Elias Escreveu:Correcto. Mas nota que essas palavras se referiam à quebra de Dezembro de 2010 para Janeiro de 2011. Essa quebra deu-se em ambas as pontes.
Pontes sobre o Tejo perdem 8500 carros por dia
A Ponte 25 de Abril e a Ponte Vasco da Gama perderam, em Janeiro, 8458 carros por dia, o que significa uma quebra superior a 4% em relação a Dezembro de 2010, escreve o Correio da Manhã. A crise e o aumento do preço dos combustíveis são os principais motivos.
Há cada vez menos pessoas a passarem as pontes. Esta tendência tem-se sentido nos últimos meses, mas o ritmo tem vindo a aumentar, principalmente na Ponte 25 de Abril, escreve o CM.
Também a Vasco da Gama, que havia registado algum aumento de tráfego entre Novembro e Dezembro de 2010, acabou em Janeiro por ter uma quebra de mais de 8%.
Quem sai a ganhar é a Fertagus, que explora os comboios da 25 de Abril. O aumento na venda de passes foi de 2,4%
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Int ... t_id=11792
MarcoAntonio Escreveu:Mas uma quebra de 4% implica também que o número de passagens é inferior ao verificado em Janeiro de 2010, portanto estamos perante uma quebra real mesmo tendo em conta o factor sazonal que parece existir.
Ao que se soma o aumento de vendas de passes...
Embora a notícia esteja incompleta e não mostre o quadro todo e não seja possível assegurar as razões, o mais provável é estarmos perante um quadro em que as medidas de austeridade e a subida do preço dos combustíveis estarão a contribuir para uma mudança de comportamento sensível.
Elias Escreveu:Não contraria coisa nenhuma.
O post inicial destinava-se a comentar a notícia que fazia uma comparação (a meu ver disparatada) entre Dezembro de 2010 e Janeiro de 2011 retirando conclusões com base em extrapolações e invocando a crise.
MarcoAntonio Escreveu:
Mas Elias, o teu argumento inicial era o factor sazonal e que não fazia sentido associar a quebra à crise. E cito:Elias Escreveu:(...)
Em suma, trata-se de um padrão anual e parece-me forçada a conclusão de que esta quebra tem a ver com a crise.
MarcoAntonio Escreveu:As passagens estão a cair para lá do factor sazonal: a quebra já se verificava ao longo de 2010 sendo que em Janeiro continua a acelerar (como de resto refere a notícia e é verdade).
MarcoAntonio Escreveu:A associação à crise e aos aumentos dos combustíveis torna-se ainda mais pertinente/lógica/óbvia por a quebra se verificar particularmente na Ponte 25 de Abril, passagem para a qual existem alternativas de transportes colectivos a fazer concorrência ao veículo particular e porque grande parte do tráfego (de mais pequeno curso) é precisamente o tipo de tráfego que está mais susceptível a ser afectado por aqueles factores.
Aliás, é o que tu acabas por dizer no teu último post, mas que contraria o teu post inicial...
Elias Escreveu:Bem, as duas pontes são mais ou menos independentes (embora os políticos nos tenham tentado vender a ideia contrária, para justificar a construção de uma ponte para o Montijo na década de 90). Independentes no sentido estatístico do termo, quer dizer, o que se passa numa ponte não afecta a outra: servem utilizadores diferentes, com poder económico diferente e com um perfil de utilização diferente. Sendo duas pontes independentes, acho que merecem uma análise separada, pois representam realidades diferentes, e não faz sentido tratá-las em conjunto como se de uma mesma travessia se tratasse (na verdade a única coisa que as duas pontes têm em comum é o rio, de resto servem zonas diferentes e são poucas as pessoas para quem é indiferente, em termos de distância, usar qualquer uma das pontes).
Adicionalmente, a Ponte 25 de Abril tem o comboio como alternativa, coisa que não acontece na PVG. Aliás tu próprio deste ênfase à questão do aumento dos passes. Concordo que na P 25 Abril houve uma diminuição mais ou menos regular e faz sentido que tenha havido uma transferência para o comboio.
Elias Escreveu:(...)
Em suma, trata-se de um padrão anual e parece-me forçada a conclusão de que esta quebra tem a ver com a crise.
MarcoAntonio Escreveu:Elias, eu estou a olhar para o total das duas pontes (a soma). Porque é que estás a olhar só para uma parte dos números, que curiosamente é a parte mais pequena?
Elias Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:São a excepção e não a regra e são amplamente suplantandos pelas retracções.
Isso que referes apenas é verdade para a Ponte 25 de Abril. No caso da Pte Vasco da Gama não só os aumentos não são excepção como são a maioria, pois surgem em maior número que as retracções e além disso a sua dimensão absoluta é superior. Ou seja, de Janeiro a Setembro de 2010 houve um aumento do tráfego médio na PVG relativamente aos primeiros 9 meses de 2009.
MarcoAntonio Escreveu:São a excepção e não a regra e são amplamente suplantandos pelas retracções.
Elias Escreveu:Nas pontes? Houve alguns meses de 2010 em que o tráfego aumento face ao ano anterior.
Elias Escreveu:Em qualquer dos casos não estamos a falar de séries temporais longas.
Seria necessário dispor, digamos, de 5 anos de dados para poder perceber a tendência.
MarcoAntonio Escreveu:(não se nota particularmente em Janeiro mas note-se claramente nos meses seguintes)
Elias Escreveu:Olha que não...
Em Janeiro de 2010, na Ponte Vasco da Gama houve uma quebra de 5% face a Dezembro de 2009 e no entanto o tráfego nessa ponte foi igual ao de Janeiro de 2009.
Na Ponte 25 de Afril aconteceu mais ou menos o mesmo: uma quebra de 3% face a Dezembro de 2009 mas um tráfego quase idêntico face a Janeiro de 2009.
Elias Escreveu:Para retirar conclusões sobre a evolução do tráfego é necessário analisar séries temporais longas: não basta pegar em dois instantes isolados no tempo e generalizar a partir daí (...)
MarcoAntonio Escreveu:Mas uma quebra de 4% implica também que o número de passagens é inferior ao verificado em Janeiro de 2010, portanto estamos perante uma quebra real mesmo tendo em conta o factor sazonal que parece existir.
Elias Escreveu:Acho um bocado disparatado estar a retirar conclusões com base numa comparação de Janeiro com Dezembro.
Nos relatórios do INIR sobre o tráfego médio diário (TMD) nas auto-estradas é possível constatar uma quebra semelhante em anos anteriores, verificando-se que Janeiro e Fevereiro são os meses do ano que têm TMD mais baixo.
Aqui fica o link para o relatório de 2009: http://www.inir.pt/portal/LinkClick.asp ... uage=pt-PT
os dados da P 25 de Abril estão na página 17 e os números da PV da Gama estão na página 27.
Em Janeiro de 2010 também houve uma quebra de tráfego em ambas as pontes (também de 7000 veículos por dia), a que se seguiria uma recuperação nos meses seguintes.
Em suma, trata-se de um padrão anual e parece-me forçada a conclusão de que esta quebra tem a ver com a crise.
Pontes sobre o Tejo perdem 8500 carros por dia
A Ponte 25 de Abril e a Ponte Vasco da Gama perderam, em Janeiro, 8458 carros por dia, o que significa uma quebra superior a 4% em relação a Dezembro de 2010, escreve o Correio da Manhã. A crise e o aumento do preço dos combustíveis são os principais motivos.
Há cada vez menos pessoas a passarem as pontes. Esta tendência tem-se sentido nos últimos meses, mas o ritmo tem vindo a aumentar, principalmente na Ponte 25 de Abril, escreve o CM.
Também a Vasco da Gama, que havia registado algum aumento de tráfego entre Novembro e Dezembro de 2010, acabou em Janeiro por ter uma quebra de mais de 8%.
Quem sai a ganhar é a Fertagus, que explora os comboios da 25 de Abril. O aumento na venda de passes foi de 2,4%
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Int ... t_id=11792
A-330 Escreveu:Nem mais...
Também penso que muita gordura vai ter que ser cortada no funcionalismo público.Mas sei e conheço ao menos partes de empresas públicas que trabalham com o mínimo ou curtos de funcionários.
Agora , não culpo os FP.Eles estão lá porque a má administração do país os pôs lá.Os que estão lá em excesso são mais uma consequência entre tantas outras da má administração do estado. Abriram concursos, as pesoas precisavam de emprego e concorreram.
A330
artista Escreveu:No seguimento dos meus comentários, talvez assim se perceba melhor... culpar os funcinários públicos pela má gestão do país é o mesmo que culpar os funcinários do BPN pela gestão criminosa do banco. E, já agora, atribuir-lhes também a culpa da ruinosa intervenção que o governo fez no banco, ruinosa para os cofres do estado, ou seja, com o dinheiro de nós todos...
E o problema está sobretudo aqui, gestão ruinosa das finanças públicas... agora quem paga somos todos nós, trabalhem no público ou no privado!
Estive aqui a fazer umas contas de algibeira... os 5 mil milhões de euros que este governo já teve de aplicar no BPN davam para pagar 10 anos de vencimentos aos 30 mil professores que vão ser dispensados!!! Não é minha intenção sustentar que se devia trocar uma coisa pela outra, já defendi aqui que em todos os sectores, a educação não é exceção, se devem fazer alguns cortes. Com este exercício quero apenas chamar a atenção para a dimensão destas coisas, sustentando o que já defendi anteriormente, que se está a cortar mais do que aquilo que se devia e se vai cortar de forma abrupta quando o poderíamos ter feito de forma bem mais gradual
Agora cada um que some todos os outros excessos (submarinos, Scut's, RSI, TGV, etc) e ficamos a perceber porque é que temos de apertar o cinto... e a questão mais dramática será a de estarmos a comprometer irremediavelmente as gerações futuras!
Lion_Heart Escreveu:O caro colega tem rzão em algumas coisas mas mistura tudo de novo.
Eu estou a vontade porque desde o dia 1 disse que o bpn não devia ter sido resgatado. Falia e os depositantes receberiam os 100.000 eur por pessoa. O resto ardia.
Os f. publicos são mais que as maes , eles não são os culpados mas vão ter que pagar por serem demasiados. E quando falo em f. publicos incluo todos , admnistraçao local, central , regional, ppp , empresas municipais e por ai fora.
Sobre regalias nem vale a pena falar, assuntos ja por demais discutidos.
Ja aqui disse que sou aepto do Minarquismo, Estado gordo e grande so favorece a malandragem.
Eu nao comparo investimentos ruinosos com gordura a mais, mas por mim nao existiam uns nem outros.
E muitos ainda querem a regionalizaçao , porque sera?