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MensagemEnviado: 22/7/2010 13:16
por Elgenedy
Nunooo Escreveu:
Ola Elgenedy

Assim a titulo de exemplo: Societe General, Intesa, Credit Agricole.

Nao te parece que se daqui a 8 anos estes bancos nao se conseguem financiar a valores mais baixos é sinal de que as coisas correram todas muito mal?


Um abraço


Olá Nunooo,

Estão todos a pagar spreads dessa ordem de grandeza? Ouch....

Mas claro que sim, se 8 anos não chegarem, então algo correu muito mal. Mas se algo correu muito mal, a questão que se coloca é se entretanto não ficaste "pendurado"

Agora, se eles conseguirem efectivamente recuperar, claro que irão exercer a Call :)

Abraço,

Elgenedy

MensagemEnviado: 21/7/2010 22:43
por artista_
Elias Escreveu:Olá Elgenedy,

Eu sei que as dívidas não são exactamente comparáveis, apenas achei interessante a proximidade temporal das duas notícias e o facto de isto demonstrar que os investidores estão dispostos a correr riscos, apostando mais na incerteza das economias que estão em estado menos saudável.


O pior que pode acontecer a quem emprestar aos Gregos é ter de ficar com duas ou três ilhas... ou então com a Acrópole! :mrgreen:

abraço

artista

MensagemEnviado: 21/7/2010 17:48
por Nunooo
elgenedy Escreveu:Ola Nunooo,

Acho que isso depende de vários factores. À partida parece ser um spread bastante alto: com uma euribor a 3% ou 4%, ficas com uma taxa bruta de perto de 12%, o que me parece um pouco alto para um emitente com um nível de risco razoável (o benfica, com o risco associado a um clube de futebol, conseguiu financiamento a 6% fixo).

No entanto, no limite, esse emitente irá decidir se exerce ou não a call consoante o que se conseguir financiar no mercado em 2018. Se conseguir obter financiamento abaixo de Euribor + spread, então irá exercer, lançando novo empréstimo obrigacionista a uma taxa mais reduzida. Caso contrário deixa o actual como está.

Ou seja, vejo como uma questão do que a empresa poderá aumentar a sua credibilidade no mercado no decorrer dos próximos 8 anos.

Abraço,

Elgenedy


Ola Elgenedy

Assim a titulo de exemplo: Societe General, Intesa, Credit Agricole.

Nao te parece que se daqui a 8 anos estes bancos nao se conseguem financiar a valores mais baixos é sinal de que as coisas correram todas muito mal?


Um abraço

MensagemEnviado: 21/7/2010 15:14
por Elgenedy
Ola Nunooo,

Acho que isso depende de vários factores. À partida parece ser um spread bastante alto: com uma euribor a 3% ou 4%, ficas com uma taxa bruta de perto de 12%, o que me parece um pouco alto para um emitente com um nível de risco razoável (o benfica, com o risco associado a um clube de futebol, conseguiu financiamento a 6% fixo).

No entanto, no limite, esse emitente irá decidir se exerce ou não a call consoante o que se conseguir financiar no mercado em 2018. Se conseguir obter financiamento abaixo de Euribor + spread, então irá exercer, lançando novo empréstimo obrigacionista a uma taxa mais reduzida. Caso contrário deixa o actual como está.

Ou seja, vejo como uma questão do que a empresa poderá aumentar a sua credibilidade no mercado no decorrer dos próximos 8 anos.

Abraço,

Elgenedy

MensagemEnviado: 21/7/2010 15:06
por Lion_Heart
O IGCP colocou hoje 1,25 mil milhões de euros em Bilhetes do Tesouro com uma maturidade de 12 meses, em linha com o montante que havia indicado, com a procura ter superar a oferta em 1,3 vezes. No entanto, os custos de financiamento estão em subida, já que o juro pago mais que duplicou face à emissão realizada a 17 de Março.

Segundo dados da Bloomberg, Portugal pagou um juro de 2,452% na emissão de Bilhetes do Tesouro que realizou hoje, que comparam com os 1,036% na anterior operação. Nessa altura, o rácio de cobertura foi de 3,2.

As "yields" das obrigações portuguesas estão a descer um ponto base para 2,925% na maturidade a dois anos e a cair dois pontos base na maturidade a cinco anos, para os 4,306%. Já os juros da dívida a 10 anos estão inalterados nos 5,43%.

Depois do sucesso que marcou ontem as operações de emissão de dívida de vários países da Zona Euro, esta manhã, o Tesouro alemão não conseguiu atrair interesse nos mercados pela totalidade dos 4 mil milhões de euros em obrigações com maturidade a 30 anos que colocou esta manhã à venda.


in www.negocios.pt

MensagemEnviado: 21/7/2010 14:52
por Nunooo
Por falar em taxas e prazos, gostava de saber a vossa opiniao sobre obrigações perpetuas (com opçao de call em 2018) com taxa variavel de Euribor 3M + entre 7 e 8 % (taxa bruta)

Acham que pagando esse spread haverá o risco de o emitente nao exercer a call?


Abraço

MensagemEnviado: 21/7/2010 13:41
por Elias
Olá Elgenedy,

Eu sei que as dívidas não são exactamente comparáveis, apenas achei interessante a proximidade temporal das duas notícias e o facto de isto demonstrar que os investidores estão dispostos a correr riscos, apostando mais na incerteza das economias que estão em estado menos saudável.

1 abraço,
Elias

MensagemEnviado: 21/7/2010 13:34
por Elgenedy
Olá Elias,

Estas duas emissões podem ser comparadas?

Tendo em conta, não só o montante (onde o grego é cerca de metade), mas sobretudo o prazo (30 anos para 3 e 6 meses), consegue-se tirar alguma conclusão relativamente à facilidade de colocação?

No momento actual, em que cada vez mais se espera uma subida de taxas nos próximos tempos (leia-se, próximos anos), ficar agarrado a 3% para os próximos 30 anos pode não ser assim tão interessante.

Abraço,

Elgenedy

Dívida alemã versus dívida grega

MensagemEnviado: 21/7/2010 12:26
por Elias
A Alemanha é uma economia pujante.
A Grécia anda com os problemas que a gente sabe.

No entanto, parece que a dívida grega suscita muito mais interesse comprador que a dívida alemã.



Alemanha não consegue colocar toda a dívida que pretendia
21 Julho2010 | 10:48
Edgar Caetano

O Tesouro alemão não conseguiu atrair interesse nos mercados pela totalidade dos 4 mil milhões de euros em obrigações com maturidade a 30 anos que colocou esta manhã à venda, de acordo com a dados oficiais citados pela agência Bloomberg.

O total de ofertas ficou-se pelos 3,764 mil milhões de euros mas o Estado aceitou apenas 3,195 mil milhões de euros, dos quais 805 milhões foram absorvidos pelo Bundesbank, o banco central alemão, que é a entidade que gere os leilões de dívida pública.

A "yield" média foi de 3,3%.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=435829



Procura por dívida da Grécia supera oferta em 3,85 vezes
20 Julho2010 | 10:44
Edgar Caetano

A procura por dívida grega continua a superar largamente a oferta, com os investidores atraídos pelos elevados juros pagos por Atenas.

A Grécia recorreu esta terça-feira aos mercados de dívida pela segunda vez desde que oficializou o pedido de auxílio financeiro à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional.

Atenas leiloou 1,95 mil milhões de euros em Bilhetes do Tesouro com maturidade a 13 semanas, pagando um juro médio de 4,05%. A procura excedeu a oferta em 3,85 vezes.

Na semana passada, o Tesouro grego vendeu 1,625 mil milhões de euros com maturidade a 26 semanas. Nessa altura, a "yield" fixou-se em 4,65%.

As "yields" a dois anos subiam 4 pontos para 9,792%.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=435613