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E o sector que não sofre com a crise é...

MensagemEnviado: 20/7/2010 14:15
por Elias
O LUXO!!!!



Vendas das principais casas da moda recuperam no início de 2010
Diário Digital / Lusa
19 de Julho de 2010 | 08:24

Depois do calafrio que varreu as principais casas da moda no ano passado, nos primeiros meses de 2010 os resultados das marcas de luxo retomaram a trajetória ascendente, impulsionados pelo aumento do consumo na Ásia.

O grupo Christian Dior, dono das marcas Louis Vuitton, Céline, Givenchy, Kenzo, Donna Karan e Fendi, atingiu um volume de negócios recorde de 4,6 mil milhões de euros no primeiro trimestre de 2010, com um crescimento de 13 por cento face ao período homólogo.

«Todos os negócios tiveram um crescimento de dois dígitos», como a Louis Vuitton que, neste período, teve «uma performance notável», realça em comunicado o maior grupo da indústria do luxo, cuja faturação em 2009 se ressentiu da crise económica mundial.

As receitas da Hermès aumentaram cerca de 20%, para 507 milhões de euros no primeiro trimestre, impulsionadas pelo crescimento no mercado asiático (sem o Japão), onde as vendas cresceram 47%, para 144 milhões de euros, o que faz deste o segundo maior mercado do grupo de vestuário, acessórios e perfumaria. Os perfumes e os relógios foram os produtos que registaram um maior salto nas vendas, com um crescimento de 38 e 36%, respectivamente. Ainda assim, na análise financeira da página da Internet da Hermès, o discurso é de moderação, considerando que "o aumento das vendas no primeiro trimestre não pode ser extrapolado para o resto do ano, tendo em conta a persistência da incerteza económica".

Até o império da moda de Giorgio Armani sofreu o impacto de um "2009 muito difícil para o sector do luxo", como considera o fundador, citado pela EFE, que resultou numa quebra no volume de negócios de 6%, arrastado pela recessão dos mercados norte-americano e japonês. A queda do grupo italiano, que gerou receitas de 1,5 mil milhões de euros, foi atenuada "pelo forte crescimento no Oriente, em particular a China", onde as vendas aumentaram 32%. Giorgio Armani garante que "os primeiros meses de 2010 revelaram uma conjuntura prometedora com boas vendas e margens".

Os mercados emergentes têm sido o refúgio dos negócios de luxo, representando já cerca de um quarto da procura mundial, tendência que, segundo a consultora Bain & Company (B&C), se vai acentuar em 2010: a procura da Ásia deverá crescer 12%, nos EUA vai estagnar e no Japão deverá haver uma quebra de 4%. "A Ásia será o principal consumidor de marcas de luxo dentro de dez anos", defende Cláudia D'Arpizio, da B&C, o que coloca este mercado no radar dos grandes nomes da moda.

Segundo as agências internacionais a Suíça também já respira de alívio. Depois de em 2009 as exportações de relógios terem caído cerca de 20%, nos primeiros cinco meses de 2010 cresceram 15,8% em valor e 19,2% em volume, realça Jean-Daniel Pasche, presidente da Federação das Industrias do Relógio da Suíça. "Atingimos o fundo em 2009, mas as coisas começaram a recuperar e estamos optimistas de que 2010 será um ano positivo para a indústria de relógios suíça".