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MensagemEnviado: 18/7/2010 21:58
por LTCM
O homem de Boliqueime é o maior!

Foi uma pena não ter ficado mais 10 anos.

Cavaco :clap: Cavaco :clap: Cavaco :clap:

MensagemEnviado: 18/7/2010 21:11
por Elias
Sim, é verdade, mas de momento esses dados não estão disponíveis.

É pena não incluírem o sector empresarial do Estado, aí é que as disparidades são um bocado maiores...

MensagemEnviado: 18/7/2010 21:02
por atomez
É que se a pirâmide for muito afunilada no topo um maior delta entre remunerações não afeta muito a massa salarial global.

MensagemEnviado: 18/7/2010 20:42
por Elias
Esses dados não estão disponíveis.
Apenas indicam o mais alto e o mais baixo.

MensagemEnviado: 18/7/2010 20:39
por atomez
Interessante.

Qual é a pirâmide salarial?

Salários na função pública

MensagemEnviado: 18/7/2010 20:19
por Elias
No Pordata (pordata.pt) existe um quadro que tem as Remunerações mínimas e máximas da Função Pública desde 1966 até à actualidade. A partir destes dados, resolvi calcular o quociente entre o máximo e o mínimo para saber qual a proporção entre os vencimentos de topo e os vencimentos de base.

O resultado é surpreendente, conforme o gráfico anexo demonstra. Vejamos:

- no tempo do Estado Novo, os salários de topo eram de 7,5 a 9 vezes maiores que os salários mais baixos, ou seja havia uma disparidade substancial entre os vencimentos;

- em 1974, no rescaldo do 25 de Abril, essa proporção caiu a pique para os 5 (note-se que os salários mais altos não desceram, mas os mais baixos tiveram aumentos generosos de mais de 50%), o que significa que por esta altura foi decidido beneficiar os trabalhadores da adm. pública com vencimentos mais baixos;

- nos anos seguintes a disparidade continuou a cair, atingindo os 3,5 em 1978; nos dez anos seguintes manteve-se neste valor, o que significa que a política de leque salarial relativamente estreito se manteve;

- em 1989 verificou-se subitamente um aumento de grande amplitude, regressando-se às proporções de cerca de 8 que havia no tempo do Estado Novo; ou seja, foi decidido beneficiar os salários de topo atribuindo-lhes aumentos de até 50%;

- de então para cá essa proporção manteve-se entre os 7 e os 8,5 registando-se apenas flutuações menores; de alguma forma pode dizer-se que em termos de leque salarial na administração pública, regressámos à situação que havia antes do 25 de Abril.