CALDEIRÃO DE BOLSA

Safe Escreveu:Era a desgraça total. Como é que se iriam pagar os empréstimos à habitação com uma taxa de juro de 10 ou 15%.

Os empréstimos estão em Euros! A taxa seria provavelmente a mesma...

O problema é que pagar 1.000 Euros de uma prestação agora... seria bem pior depois.... esses 1.000 Euros mantinham-se, e o ordenado em Escudos seriam metade do actual....

Sair do Euro? Em dois dias já valorizou mais de 5% face ao Dólar. Se isto continua, não exportamos para lado nenhum fora da Zona Euro!

Era a desgraça total. Como é que se iriam pagar os empréstimos à habitação com uma taxa de juro de 10 ou 15%.

Será que eu voltava a beber um café por 50$00.
Duvido, o problema é que os preços teriam de ser tabelados, aliás como deveria de ser agora.
Acho que meteram a mão e de que maneira, na restauração. Quando custa agor aum cafe em Escudos??
Resposta: 0.60 Centimos, ou seja passou de 50$00, em 2002, para 120$00, um aumento de 150%, e o resto acompanhou a tendencia, não foram acautelados os direitos dos consumidores,e os cafés proliferam.

Garfield Escreveu:Boas,

Supondo o pior dos cenários a resultar num abandono do Euro como moeda corrente e um regresso catrastrofico ao Escudo quais sao as melhores formas de proteger o nosso capital, titulos, imoveis, etc?


BN
Garfield

Transferes tudo para um banco suíço.

...Mas aumentavam as exportações.

Já não era mau, porque neste momento a economia vive só do consumo privado.

Bem, deixem-se de lamúrias e pensem que o Euro será eterno?

É pah eu fazia um desconto, se lavassem o Xocras só tinham que perdoar 50% da nossa dívida pública.

Antes de uma hipotética mudança para escudo, melhor do que trocar o nosso capital por outra moeda, seria trocar por prata ou ouro, de preferencia a primeira.

Mesmo não considerando um cenário de saída do euro, é recomendável que uma parte (5-20%) das reservas de cada um estejam em prata ou ouro.
Uma gavetinha num banco custa cerca de 30euros/ano.

Em alternativa, há os instrumentos financeiros equivalentes a prata e ouro, mas em caso de desastre, nada como ter a mão na massa ... físicamente falando.

Eu fazia um acordo do genero:

Saimos do Euro em troca do pagamento total de toda a divida externa e ainda ofereciamos o Socrates e os seus acolitos como bonus

Seriamos o Zimbabwe da Europa...

A taxa de inflação ia disparar devido à desvalorização da moeda, e para controlá-la seria preciso aumentar a taxa de juro de referência, para fortalecer o escudo. Com a subida das taxas de juro, moeda a desvalorizar e taxa de inflação elevada, entraríamos numa recessão. E claro que o crédito seria muito difícil de obter, o que eventualmente iria fazer o mercado imobiliário cair. O mercado de obrigações colapsaria, tal como aconteceu na Grécia, e as acções entravam num bear market no mínimo.

Penso que uma boa forma para proteger o dinheiro seria pôr tudo o que pudessemos noutra moeda, mesmo depois de já ter trocado euros por escudos, pois a taxa de inflacção não ia perdoar. Ou então shortar o escudo Quanto aos imóveis nada a fazer...

Imóveis não há muito a fazer, mas provavelmente o valor dos imóveis não iria baixar de forma imediata por mudares de moeda, tal como não aumentaram de forma imediata quando entrámos no Euro. O valor dos imóveis não devem ou não são afectados pela moeda usada no sítio onde se localizam. Os parâmetros de avaliação dos imóveis são todos menos esse, penso eu.

O problema em mudarmos de moeda nem se coloca tanto nas transacções internas. Coloca-se pois no comércio externo e no financiamento externo. Mudar para o escudo seria drástico no que respeita, por exemplo, ao financiamento externo. Teríamos que pagar em escudos (uma moeda fraca) os financiamentos em Euros. Isso sim, prejudicaria-nos imenso.

É que estando no Euro nós temos a possibilidade de nos "apoderarmos" indirectamente da riqueza dos outros países da zona Euro, na medida em que essa riqueza contribui para a valorização da moeda que nós também usamos.

A partir do momento em que passamos a usar uma moeda só nossa e que, como tal, é influenciada somente pela riqueza produzida pelo nosso país, ficamos numa situação mais frágil do ponto de vista externo.

Contudo, haveria um lado positivo, as nossas exportações ficariam muito mais competitivas, a nossa política monetária seria mais adequada às necessidades do país e os problemas de liquidez poderiam ser mais facilmente resolvidos, embora no longo prazo inundar o mercado com liquidez não ajuda, pelo contrário. Caso tivessemos folga, futuramente poderíamos apreciar a nossa moeda por forma a que os financiamentos até agora contraídos em moedas estrangeiras saíssem-nos mais baratos.

Por outro lado o custo da energia iria disparar, bem como tudo o que importamos, na sua generalidade.

Nem tudo é mau mas acho que por mais vantagens que se poderiam obter, o choque inicial seria brutal. A médio/longo prazo poderia ser positivo.

O valor do nosso capital só poderia ser protegido caso houvesse possibilidade de trocar os euros por dolares, por exemplo, em momento anterior à entrada da nossa nova moeda (o escudo, quem sabe). Doutra forma, depois de trocados os euros por escudos não estou a ver forma de proteger o capital, perderíamos de forma imediata poder de compra lá fora e por arrasto cá dentro.

Boas,

Supondo o pior dos cenários a resultar num abandono do Euro como moeda corrente e um regresso catrastrofico ao Escudo quais sao as melhores formas de proteger o nosso capital, titulos, imoveis, etc?


BN
Garfield