Portugal-Brasil afeta negócios na bolsa
QUEBRA DE 18 POR CENTO, MAS CONSIDERADA NORMAL EM DIA DE JOGO
O país abrandou ontem durante o encontro Portugal-Brasil, e até as negociações bolsistas foram afetadas. O dia encerrou com 18.785 negócios realizados, menos 4.084 que no dia anterior, segundo dados da Euronext Lisbon divulgados pela Agência Financeira. A queda, situada nos 18 por cento, é considera "normal" até porque é também influenciada com a aproximação do fim-de-semana, altura em que as negociações acalmam. Se na quinta-feira o volume de negócios chegou quase aos 170 milhões de euros, ontem as transações realizadas não ultrapassaram os 117 milhões.
Pior semana do mês
Depois de duas semanas em alta acentuada, o principal índice português atingiu perdas de 2,59 por cento esta semana, a maior queda do último mês. Pressionada pelas empresas dos sectores energético e da banca, a bolsa portuguesa anulou parte dos ganhos conseguidos nas duas últimas semanas. O PSI 20 tinha valorizado perto de 4% na semana passada, e mais de 2% nos cinco dias anteriores, mas esta semana, com o risco da dívida grega a atingir um novo máximo histórico, os mercados acionistas europeus voltaram às perdas.
A EDP liderou as quedas com as ações a desvalorizarem 4,82%, afetadas pelas descidas do sector energético devido à crise que a BP ultrapassa por causa do derrame no Golfo do México. A banca também se ressentiu com o BCP a apresentar o pior desempenho da semana, ao cair 4,51%. Já o BPI registou um tombo de 2,97%, e o BES desvalorizou 1,61%.
Apenas a Brisa, a Cimpor, a Sonae, e a EDP Renováveis registaram ganhos. A concessionária de autoestradas foi a que mais subiu nas últimas cinco sessões, registando avanço de 5,62% - na sessão de ontem somou quase 3%, após o UBS a ter apontado como um dos títulos preferidos no mercado ibérico.
Fonte:
http://www.record.xl.pt/noticia.aspx?id ... 000127&h=5