
No plano de ajuda financeira UE/FMI na avaliação das necessidades efectuado, estou em crer que nas necessidades estão incluídas o vencimento obrigações durante o período de vigência, já que a Grécia certamente não conseguirá financiamento no mercado para fazer o roll over das operações e um incumprimento da Grécia, durante esse período da ajuda, iria despoletar um contágio incontrolável aos países do sul da Europa. Assim, penso que durante os próximos 3 anos a dívida a vencer nesse período será ressarcida.
Publicamente é conhecida a exposição da banca portuguesa à Grécia e retive que cerca de 91% desta, no caso do BES, tem vencimento de curto prazo.
O BCP está efectivamente mais exposto porque para além das obrigações do estado helénico, tem também o banco local.
Na minha opinião existem 2 questões a reter sobre a Grécia que vão determinar os estados do sul da Europa:
1) Sucesso da concretização do plano de ajuste orçamental - na última avaliação o FMI/EU disseram estar satisfeitos e que voltavam em Setembro. Se algumas destas avaliações intercalares falhar então voltamos inicio de tudo!!!
2) Pós plano de ajuda financeira. Como será que os Mercado vão reagir ao ajuste efectuado? partindo do pressuposto do seu sucesso, claro está. Vão voltar a emprestar à Grécia? mesmo que seja num cenário de cumprimento do PEC?
Eu particularmente tenho dúvidas que a confiança se restabeleça ao ponto de voltarem a emprestar! Neste cenário a Grécia, para além de ter que implementar um saldo orçamental no mínimo "0" e incluir nesse exercício um plano de amortização da dívida a vencer.
Ou em alternativa, ter empréstimos permanentes do FMI/EU que conjuntamente com o cenário de redução paulatinamente da dívida lhe vá dando algum oxigénio.
Ou em alternativa, uma opção que até me agrada, será a Comissão Europeia passar a emitir divida para ajudar a Grécia (modelo do actual fundo de emergência) em que não dispensará uma comissão permanente de acompanhamento da UE e do FMI em Atenas.
Não consigo ainda deslumbrar cenários alternativos muito distintos destes.
Enfim, digam-me qual a vossa visão.
Abraço
Publicamente é conhecida a exposição da banca portuguesa à Grécia e retive que cerca de 91% desta, no caso do BES, tem vencimento de curto prazo.
O BCP está efectivamente mais exposto porque para além das obrigações do estado helénico, tem também o banco local.
Na minha opinião existem 2 questões a reter sobre a Grécia que vão determinar os estados do sul da Europa:
1) Sucesso da concretização do plano de ajuste orçamental - na última avaliação o FMI/EU disseram estar satisfeitos e que voltavam em Setembro. Se algumas destas avaliações intercalares falhar então voltamos inicio de tudo!!!
2) Pós plano de ajuda financeira. Como será que os Mercado vão reagir ao ajuste efectuado? partindo do pressuposto do seu sucesso, claro está. Vão voltar a emprestar à Grécia? mesmo que seja num cenário de cumprimento do PEC?
Eu particularmente tenho dúvidas que a confiança se restabeleça ao ponto de voltarem a emprestar! Neste cenário a Grécia, para além de ter que implementar um saldo orçamental no mínimo "0" e incluir nesse exercício um plano de amortização da dívida a vencer.
Ou em alternativa, ter empréstimos permanentes do FMI/EU que conjuntamente com o cenário de redução paulatinamente da dívida lhe vá dando algum oxigénio.
Ou em alternativa, uma opção que até me agrada, será a Comissão Europeia passar a emitir divida para ajudar a Grécia (modelo do actual fundo de emergência) em que não dispensará uma comissão permanente de acompanhamento da UE e do FMI em Atenas.
Não consigo ainda deslumbrar cenários alternativos muito distintos destes.
Enfim, digam-me qual a vossa visão.
Abraço