
Enviado:
4/6/2010 22:19
por fatimafaria
habanero04 Escreveu:elgenedy Escreveu: Se noutros países os deputados vão de transportes públicos para o parlamento, os nossos vão de carrinho e motorista. Isto cria aquela ideia de estar a pagar não para o bem-estar do país mas para meia dúzia se encherem, e ladrão que rouba ladrão tem 100 anos perdão.
Aqui é que está o cerne da questão.
Exactamente, aqui na Inglaterra agoara só se fala no taxista assassino, mas na quarta feira foi anunciado pelo Cameron entre outras medidas que suspendeu o uso motorista particular a que tem direito porque é preciso cortar nas despesas.Olhem lá se o nosso 1º fez o mesmo.

Enviado:
4/6/2010 16:22
por habanero04
elgenedy Escreveu:Mas outra grande fatia deve-se a cargas fiscais elevadas com muito pouco retorno. Ou seja, em vários países tens cargas fiscais à volta dos 40% ou 50% dos rendimentos. Mas tens vários benefícios com essas contribuições: saúde, educação, transportes, etc. Cá, esse tipo de "benefícios" são bastante mais reduzidos. Mas os gastos do estado, com as "altas figuras" nunca são discretos. Se noutros países os deputados vão de transportes públicos para o parlamento, os nossos vão de carrinho e motorista. Isto cria aquela ideia de estar a pagar não para o bem-estar do país mas para meia dúzia se encherem, e ladrão que rouba ladrão tem 100 anos perdão.
Aqui é que está o cerne da questão.

Enviado:
4/6/2010 16:15
por rmachado
elgenedy Escreveu:rmachado,
E quanto mais medidas de aperto fiscal forem tomadas, mais essa torre vai crescendo.
Essa economia paralela existe sempre, e uma parte por questões culturais (o bom tuga, tem orgulho em enganar as finanças - noutros países isso é uma desonra).
Mas outra grande fatia deve-se a cargas fiscais elevadas com muito pouco retorno. Ou seja, em vários países tens cargas fiscais à volta dos 40% ou 50% dos rendimentos. Mas tens vários benefícios com essas contribuições: saúde, educação, transportes, etc. Cá, esse tipo de "benefícios" são bastante mais reduzidos. Mas os gastos do estado, com as "altas figuras" nunca são discretos. Se noutros países os deputados vão de transportes públicos para o parlamento, os nossos vão de carrinho e motorista. Isto cria aquela ideia de estar a pagar não para o bem-estar do país mas para meia dúzia se encherem, e ladrão que rouba ladrão tem 100 anos perdão.
Finalmente, estamos a falar de fatias representativas dos rendimentos, ou seja, vale a pena arriscar e enganar. Usando exemplos extremos, arriscavas processos e chatices para ficar com mais 10€ ao final do ano? E 100 mil (admitindo que o risco de ser apanhado era exactamente o mesmo)?
Atenção que não estou a defender a fraude e evasão fiscal, até porque acredito que a sua diminuição tende para a redução das cargas fiscais. Apenas a apontar que é um fenómeno que tende sempre a aumentar, quanto mais rígidas forem as medidas tomadas.
Cumprimentos,
Elgenedy
Exacto... o rácio risco/beneficio em Portugal é muito compensador...

Enviado:
4/6/2010 16:12
por Eco Tretas
elgenedy Escreveu:Mas os gastos do estado, com as "altas figuras" nunca são discretos. Se noutros países os deputados vão de transportes públicos para o parlamento, os nossos vão de carrinho e motorista.
O nosso primeiro tem pelo menos 20 motoristas ao serviço do seu Gabinete...
No resto, não te iludas. Foge o grande e o miúdo, mas sobretudo quem pode.
Há aí muitos, muitos RSIs a fazer biscates por fora... Começa por perguntar de forma inteligente a uma qualquer empregada de limpezas lá de casa...
Ecotretas

Enviado:
4/6/2010 16:04
por Elgenedy
rmachado,
E quanto mais medidas de aperto fiscal forem tomadas, mais essa torre vai crescendo.
Essa economia paralela existe sempre, e uma parte por questões culturais (o bom tuga, tem orgulho em enganar as finanças - noutros países isso é uma desonra).
Mas outra grande fatia deve-se a cargas fiscais elevadas com muito pouco retorno. Ou seja, em vários países tens cargas fiscais à volta dos 40% ou 50% dos rendimentos. Mas tens vários benefícios com essas contribuições: saúde, educação, transportes, etc. Cá, esse tipo de "benefícios" são bastante mais reduzidos. Mas os gastos do estado, com as "altas figuras" nunca são discretos. Se noutros países os deputados vão de transportes públicos para o parlamento, os nossos vão de carrinho e motorista. Isto cria aquela ideia de estar a pagar não para o bem-estar do país mas para meia dúzia se encherem, e ladrão que rouba ladrão tem 100 anos perdão.
Finalmente, estamos a falar de fatias representativas dos rendimentos, ou seja, vale a pena arriscar e enganar. Usando exemplos extremos, arriscavas processos e chatices para ficar com mais 10€ ao final do ano? E 100 mil (admitindo que o risco de ser apanhado era exactamente o mesmo)?
Atenção que não estou a defender a fraude e evasão fiscal, até porque acredito que a sua diminuição tende para a redução das cargas fiscais. Apenas a apontar que é um fenómeno que tende sempre a aumentar, quanto mais rígidas forem as medidas tomadas.
Cumprimentos,
Elgenedy
Será por isto que a crise não chega a todos?

Enviado:
4/6/2010 14:53
por rmachado
A torre da evasão fiscal não pára de crescer
"A economia não declarada ascende, em Portugal, a perto de 30 mil milhões de euros, o que corresponde a cerca de 23% do PIB. O valor não pára de aumentar e tende a crescer com a crise.
Em 2008, a economia não declarada ao fisco rondava, em Portugal, os 22,8% do produto interno bruto, o que corresponde a perto de 30 mil milhões de euros, tendo tendência para aumentar com a crise. Este valor, estimado pelo Observatório de Economia e Gestão de Fraude (OBEGEF), não inclui as actividades ilegais..."
ver o resto no original:
http://dn.sapo.pt/inicio/economia/inter ... id=1585126