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Caldeirão da Bolsa

off topic - PCP, a solução da crise em Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por tava3 » 4/6/2013 14:26

Esse sentimento está a crescer, depois de nos debulharem, não pensem em viver em sossego com o esbulho, não acreditem que isto volta para trás, para os tempos do outro senhor que o ppc tanto gosta.
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Re: Ha, de facto, uns redutores...

por bboniek33 » 4/6/2013 14:24

bboniek00 Escreveu:que acreditam que o problema Orcamental (contas publicas) ee a questao nuclear: nao ee.

Trata-se de um contiinuo desinvestimento no aparelho produtivo, o deslocar dos fundos europeus para o consumo, certo que essencialmente para a construc,ao de habitac,ao, mas tambem o consumo de bens duraaveis e lazer, isto de forma generalizada e sem controle durante duas deecadas redondas. Atee chegarmos a este estertor, tudo endividado (Estado, Banca, particulares), prevalencia do sector Terciaario, primaario semi destruiido (Agricultura e Pescas sistemaaticamente descontinuadas, extraccao mineira ee residual).

Foi o alargar das cidades, a bolha suburbana, as centenas de milhares de viaturas novas, os cartoes de credito, os grandes Centros Comerciais, as auto-estradas, um regabofe que deu neste desastre.

Pacote de cobranc,a jaa existe, alguem teraa que pagar pelo extremo desiquilibrio orcamental... resta agora saber como dividir a carga... temos outro exemplos como a Irlanda, a Espanha, a Italia, a Greecia... que se saiba nao sao exemplos de marxismo radical, mas ousaram tocar em previlegios quando se tratou de endireitar as contas. Aqui vao de mansinho, muito aa portuguesa, mas acabarao por laa ir, se nao for agora ee daqui a 6 meses ou um ano: estaa escrito nas paredes de pedra.

Mas, eu jaa laa voltaria..., ha os redutores, os que nao veem economia para alem do defice. Quer dizer, repoe-se o Orcamento na "tabela-de-Bruxelas", isto aa custa de quem se consegue sacar e quanto aa economia real... neepia, ou quase.

Entao esperem por 2013 e vao ver a castanhada que levam. Nao lancem novos projectos (devia ter sido anteontem), nao apoiem as fileiras que suportem o desenvolvimento das exportacoes, nao contenham o consumo interno (esta ee difiicil...), e isto vai dar um malho maior que a Greecia.

Voltando aas medidas do PCP: parecem conter um elemento de razoavel eficiencia no aumento da receita e essa ee de extrema urgencia para Portugal, isto estaa por semanas ou meses, poucos, nao estaa para esperas e jogadas de procrastinac,ao.
Ee claro que em simultaneo ee igualmente imprescindiivel reactivar o sector produtivo, e, desta vez, nao ee a pagar salaarios de miseeria para competir com as chinas... isso foi experimentado e deu neste lindo servic,o.

Os empresaarios que avancem, que nao estejam tambem encostados ao Estado, a gemer queixinhas e a comprar Ferraris aas senhoras que residem na sua segunda-habitac,ao.

Estamos caa para ver onde estaa esse empresariado. Se calhar jaa fugiu para a China porque ninguem os vee a nao ser quando veem estender a mao aa gamela do Orc,amento. Esperemos que ainda restem alguns...

Nao tenham medo do comunismo: devem recear a miseeria que este neo-liberalismo jaa provocou e acabaraa por arrastar economias, reais e especulativas, na lama das falencias dos Estados.

O comunismo jaa nao come criancinhas nem daa injeccoes atraas ds orelhas da velhada: estaa mais evoluiido, mais patriootico (jaa nao serve Moscovo), eles atee subscrevem PPRs ! 8-)


Eu prooprio me espanto com a minha alta capacidade previsional. Jaa escrevia isto em 2003/2005, e tudo resultado de olhar a Realidade.

Creio nao ser imodeestia estar Orgulhoso de mim mesmo.



8-)

NB: util REVER o toopico.
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por Valete » 4/6/2013 14:14

È deputado do PCP.

E como propriedade privada, tem ali um bom capacete da Nolan. Por isso, já temos por onde começar as nacionalizações.
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por Sr_SNiper » 4/6/2013 13:37

Quem é esse senhor
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por PMACS » 4/6/2013 13:24

Os arruaceiros começam a mexer-se!

"A corja que despreza a constituição que se ponha a pau. É que, se o meu direito à saúde, educação, pensão, trabalho, habitação, não valem nada, então, também os seus direitos à propriedade privada, ao lucro, à integridade física e moral deixam de valer. E nós somos mais que eles!"
- Miguel Tiago


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por xtech » 20/2/2012 17:27

Salazar teve pontos negativos? Teve! Repressão política, guerra colonial, educação. Mas ver a evolução do país desde a bandalheira da primeira república até ao 25 de Abril, sem dinheiros da união Europeia nem outros que tais, com finanças equilibradas, crescimento anual de 5% do PIB.. há que tirar o chapéu ao senhor. Se não estivéssemos na UE já tínhamos regressado ao tempo da primeira república.

Não consta que tivesse havido milhões de mortos como na URSS e regimes comunas nem como nas ditaduras agressivas de extrema-direita. Havia liberdades (livre iniciativa económica) e autoridade. Numa ditadura de esquerda, vinda do PCP teríamos apenas autoridade. Os comunistas já não comem ninguém ao pequeno almoço?? Para eles tudo é justificável, sacrificável para que se crie o socialismo. O indivíduo passa a ser visto como algo sem significado, o que interessa são as "massas".

Quando se fala da China, é uma ilusão pensar que a China é comunista! A China cresceu porque permitiu o capitalismo entrar, porque tinha mão de obra barata, porque não havia direitos sociais, e porque tinha uma população gigantesca, tudo isto coisas que não são aplicáveis à nossa realidade.

Infelizmente os manuais escolares foram pouco imparciais, e para mim que nasci depois do 25 de Abril, o estado novo é visto sempre com desdém, mas penso que a a realidade o reabilita de dia para dia.
Não desejo um "estado novo 2", porque isso seria o sinal da falência da democracia portuguesa, mas penso que a história nos deveria servir para aprendendo com o passado, evitar cometer os mesmos erros no futuro.
"Deus quer, o homem sonha, a obra nasce" (F.P.)
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por mcarvalho » 20/2/2012 17:12

bem ... mas a diferença entre Capitalismo e Comunismo

é muito pouca:

- Comunismo come as criancinhas ao pequeno almoço!

- Capitalismo come o pequeno almoço das criancinhas!



As "criancinhas" lixam-se sempre

.......

COMUNISMO = CAPITALISMO (DE ESTADO..)
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por mcarvalho » 20/2/2012 16:36

isto é HISTÓRIA ... embora HISTÒRIA seja feita pelos políticos e por muitos politiqueiros

.........




responder a Ruben de Carvalho que tem vergonha dos que se baixam quando pedem .. e criticam os que pagam..

cump

mcarvalho

recordando

http://abemdanacao.blogs.sapo.pt/467392 ... iew=523712


MEMÓRIAS DO PORTUGAL RESPEITADO




Corria o ano da graça de 1962. A Embaixada de Portugal em Washington recebe pela mala diplomática um cheque de 3 milhões de dólares (em termos actuais algo parecido com € 50 milhões) com instruções para o encaminhar ao State Department para pagamento da primeira tranche do empréstimo feito pelos EUA a Portugal, ao abrigo do Plano Marshall.



O embaixador incumbiu-me – ao tempo era eu Primeiro Secretário da Embaixada – dessa missão.



Aberto o expediente, estabeleci contacto telefónico com a desk portuguesa, pedi para ser recebido e, a pedido do funcionário encarregado da desk, disse ao que ia. O colega americano ficou algo perturbado e, contra o costume, pediu tempo para responder. Recebeu-me nessa tarde, no final do expediente. Disse-me que certamente havia um mal entendido da parte do governo português. Nada havia ficado estabelecido quanto ao pagamento do empréstimo e não seria aquele o momento adequado para criar precedentes ou estabelecer doutrina na matéria. Aconselhou a devolver o cheque a Lisboa, sugerindo que o mesmo fosse depositado numa conta a abrir para o efeito num Banco português, até que algo fosse decidido sobre o destino a dar a tal dinheiro. De qualquer maneira, o dinheiro ficaria em Portugal. Não estava previsto o seu regresso aos EUA.



Transmiti imediatamente esta posição a Lisboa, pensando que a notícia seria bem recebida, sobretudo num altura em que o Tesouro Português estava a braços com os custos da guerra em África. Pensei mal. A resposta veio imediata e chispava lume. Não posso garantir a esta distância a exactidão dos termos mas era algo do tipo: "Pague já e exija recibo". No dia seguinte, sem aviso prévio, voltei à desk e comuniquei a posição de Lisboa.



Lançada estava a confusão no Foggy Bottom: - não havia precedentes, nunca ninguém tinha pago empréstimos do Plano Marshall; muitos consideravam que empréstimo, no caso, era mera descrição; nem o State Department, nem qualquer outro órgão federal, estava autorizado a receber verbas provenientes de amortizações deste tipo. O colega americano ainda balbuciou uma sugestão de alteração da posição de Lisboa mas fiz-lhe ver que não era alternativa a considerar. A decisão do governo português era irrevogável.



Reuniram-se então os cérebros da task force que estabelecia as práticas a seguir em casos sem precedentes e concluíram que o Secretário de Estado - ao tempo Dean Rusk - teria que pedir autorização ao Congresso para receber o pagamento português. E assim foi feito. Quando o pedido chegou ao Congresso atingiu implicitamente as mesas dos correspondentes dos meios de comunicação e fez manchete nos principais jornais. "Portugal, o país mais pequeno da Europa, faz questão de pagar o empréstimo do Plano Marshall"; "Salazar não quer ficar a dever ao tio Sam" e outros títulos do mesmo teor anunciavam aos leitores americanos que na Europa havia um país – Portugal – que respeitava os seus compromissos.



Anos mais tarde conheci o Dr. Aureliano Felísmino, Director-Geral perpétuo da Contabilidade Pública durante o salazarismo (e autor de umas famosas circulares conhecidas ao tempo por "Ordenações Felismínicas" as quais produziam mais efeito do que os decretos do governo). Aproveitei para lhe perguntar por que razão fizemos tanta questão de pagar o empréstimo que mais ninguém pagou. Respondeu-me empertigado: - "Um país pequeno só tem uma maneira de se fazer respeitar – é nada dever a quem quer que seja".



Lembrei-me desta gente e destas máximas quando há dias vi na televisão o nosso Presidente da República a ser enxovalhado pública e grosseiramente pelo seu congénere checo a propósito de dívidas acumuladas.



Eu ainda me lembro de tais coisas, mas a grande maioria dos Portugueses de hoje nem esse consolo tem.



Estoril, 18 de Abril de 2010

Luís Soares de Oliveira







http://www.citador.pt/textos/o-orgulho- ... ra-salazar
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paraiso comunista

por mcarvalho » 20/2/2012 15:47

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por L.S.S » 20/2/2012 13:58

Esconde-te num buraco Comunista




Ruben de Carvalho sobre o Ministro das Finanças Alemão

Ruben de Carvalho, disse na SIC que o ministro das finanças alemão nem sequer teve a gentileza de se levantar quando estava a falar com o ministro português. Como é sabido, o ministro alemão foi vítima de um atentado em 1990 e desde então encontra-se numa cadeira de rodas.


Ruben de Carvalho disse:
«Faz-me vergonha e deprime-me profundamente. Acho inqualificável aquela imagem… enfim… de servilismo, é uma palavra, talvez, extremamente violenta […] não hesitaria em usar a palavra arrogância em relação ao seu outro interlocutor que fala com o seu par, em termos de hierarquia governamental em termos de União, sentado na cadeira, sem ter a gentile… e que inclusivamente se volta de cost… bom, uma coisa verdadeiramente lamentável, o que, digamos, ainda torna mais chocante o agradecimento do Sr. Ministro das Finanças… aliás, um comentário que eu li num jornal – que eu acho que é de uma grande crueldade, mas inteiramente adequado –, é um comentário do coiso que dizem… verificaram se ele estava assente num joelho ou em dois? [risos de escárnio javalinos] Porque de facto a imagem que aparece…»


Imagem

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É o que dá fazer juízos de valor sem possuir todos os factos! Uma lição para todos.
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O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
 
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por lsilva4 » 31/5/2011 19:05

Lion_Heart Escreveu:Mais um tópico de três paginas que não serve para nada.

Mas alguém acredita em alguma ideia do PCP? Nem eles própios acreditam.

Eles lançam estas baboseiras para manterem os votos do seu eleitorado. O que interessa é manter os 8% pois se começam a descer qualquer dia acabam.

A seg. social a comprar divida Portuguesa a 10%? Tudo Nacionalizado. Os empresários com impostos de 100% ou na cadeia. O povo com todos os direitos? Nem na utopia deles conseguiram isto.


Ao que parece ainda muita gente acredita...de tal forma que este tópico existe e tem vindo a crescer. 8% dos votantes ainda são muitos votos algo que deveria ser considerado grave e preocupante num país desenvolvido, mas como estamos em Portugal...

Ontem à noite na RTPN ouvi uma expressão que considero muito interessante por parte do sr deputado Honório Novo dizendo algo do género "O PCP não faz nem nunca fará intenções de participar em qualquer governo". Bem, para mim esta frase é muito esclarecedora e faz-me vir aquela questão à cabeça "então porque é que existem pá?!"

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por Lion_Heart » 31/5/2011 18:53

Mais um tópico de três paginas que não serve para nada.

Mas alguém acredita em alguma ideia do PCP? Nem eles própios acreditam.

Eles lançam estas baboseiras para manterem os votos do seu eleitorado. O que interessa é manter os 8% pois se começam a descer qualquer dia acabam.

A seg. social a comprar divida Portuguesa a 10%? Tudo Nacionalizado. Os empresários com impostos de 100% ou na cadeia. O povo com todos os direitos? Nem na utopia deles conseguiram isto.
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Re: Portugal precisa de começar a debater saída da zona euro

por lsilva4 » 31/5/2011 18:47

ul Escreveu:Simplesmente para saída do Euro não existe legislação ,teria de ser arranjada a pressa e por unanimidade.


http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/Lex ... 3APT%3APDF

Artigo 50°.

1. Qualquer Estado-Membro pode decidir, em conformidade com as respectivas normas constitucionais, retirar-se da União.

2. Qualquer Estado-Membro que decida retirar-se da União notifica a sua intenção ao Conselho Europeu. Em função das orientações do Conselho Europeu, a União negocia e celebra com esse Estado um acordo que estabeleça as condições da sua saída, tendo em conta o quadro das suas futuras relações com a União. Esse acordo é negociado nos termos do n. o 3 do artigo 218. o do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia. O acordo é celebrado em nome da União pelo Conselho, deliberando por maioria qualificada, após aprovação do Parlamento Europeu.

3. Os Tratados deixam de ser aplicáveis ao Estado em causa a partir da data de entrada em vigor do acordo de saída ou, na falta deste, dois anos após a notificação referida no n. o 2, a menos que o Conselho Europeu, com o acordo do Estado-Membro em causa, decida, por unanimidade, prorrogar esse prazo.

4. Para efeitos dos n. os 2 e 3, o membro do Conselho Europeu e do Conselho que representa o Estado-Membro que pretende retirar-se da União não participa nas deliberações nem nas decisões do Conselho Europeu e do Conselho que lhe digam respeito.
A maioria qualificada é definida nos termos da alínea b) do n. o 3 do artigo 238. o do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia.

5. Se um Estado que se tenha retirado da União voltar a pedir a adesão, é aplicável a esse pedido o processo referido no artigo 49°. ""


lsilva4 Escreveu:
ul Escreveu:É bom saber e os politicos deviam no saber :

Para um pais que queira abandonar o Euro , mas continuar dentro da UE .

A única via legal compatível com os tratados, será primeiro retirar-se da União utilizando o artigo 50 do tratado e de seguida negociar uma nova adesão


Pois é pois é. O processo é muito simples e ainda por cima não devem existir colaterais nem nada...Depois os outros também são uns grandes "patêgos" sem quaisquer interesses realmente interessantes...

Cumps


Não sabia nem comentei a existência ou não do tal artigo...apenas fiz um comentário (com o meu cinismo crónico) à ideia central.
Ainda assim obrigado pela informação :)

Cumprimentos
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Re: Portugal precisa de começar a debater saída da zona euro

por Opcard » 30/5/2011 20:55

Simplesmente para saída do Euro não existe legislação ,teria de ser arranjada a pressa e por unanimidade.


http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/Lex ... 3APT%3APDF

Artigo 50°.

1. Qualquer Estado-Membro pode decidir, em conformidade com as respectivas normas constitucionais, retirar-se da União.

2. Qualquer Estado-Membro que decida retirar-se da União notifica a sua intenção ao Conselho Europeu. Em função das orientações do Conselho Europeu, a União negocia e celebra com esse Estado um acordo que estabeleça as condições da sua saída, tendo em conta o quadro das suas futuras relações com a União. Esse acordo é negociado nos termos do n. o 3 do artigo 218. o do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia. O acordo é celebrado em nome da União pelo Conselho, deliberando por maioria qualificada, após aprovação do Parlamento Europeu.

3. Os Tratados deixam de ser aplicáveis ao Estado em causa a partir da data de entrada em vigor do acordo de saída ou, na falta deste, dois anos após a notificação referida no n. o 2, a menos que o Conselho Europeu, com o acordo do Estado-Membro em causa, decida, por unanimidade, prorrogar esse prazo.

4. Para efeitos dos n. os 2 e 3, o membro do Conselho Europeu e do Conselho que representa o Estado-Membro que pretende retirar-se da União não participa nas deliberações nem nas decisões do Conselho Europeu e do Conselho que lhe digam respeito.
A maioria qualificada é definida nos termos da alínea b) do n. o 3 do artigo 238. o do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia.

5. Se um Estado que se tenha retirado da União voltar a pedir a adesão, é aplicável a esse pedido o processo referido no artigo 49°. ""


lsilva4 Escreveu:
ul Escreveu:É bom saber e os politicos deviam no saber :

Para um pais que queira abandonar o Euro , mas continuar dentro da UE .

A única via legal compatível com os tratados, será primeiro retirar-se da União utilizando o artigo 50 do tratado e de seguida negociar uma nova adesão


Pois é pois é. O processo é muito simples e ainda por cima não devem existir colaterais nem nada...Depois os outros também são uns grandes "patêgos" sem quaisquer interesses realmente interessantes...

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por Sr_SNiper » 30/5/2011 19:17

Deveria ser Jerónimo NÃO RESPONDE ao JN, mas está uma boa entrevista para ler enquanto se come pipocas




Jerónimo de Sousa responde aos leitores do Negócios
30 Maio 2011 | 07:00
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt


Jerónimo de Sousa responde às questões colocadas pelos leitores do Negócios. Renegociação da dívida, alternativas ao compromisso assumido com a troika, taxa social única, crescimento económico e possível coligação com o PS estão entre os temas abordados. Veja o que o líder do PCP respondeu.
O Negócios lançou o desafio para que os leitores colocassem questões aos partidos. Recebemos mais de 120 perguntas dirigidas a Jerónimo de Sousa.

Na recta final da campanha para as eleições legislativas, Jerónimo de Sousa aceitou responder a algumas questões. A escolha das perguntas teve como critério os temas mais abordados pelos leitores. As perguntas foram respondidas via e-mail.

Que medidas o PCP tenciona implementar para que seja a banca a pagar a crise?

O combate à crise não depende apenas da taxação da banca. Mas não se pode combater a crise mantendo intocáveis os seus lucros e privilégios, designadamente no plano fiscal, e dando cobertura à impunidade com que sufocam e esmagam a economia e as famílias. Entre outras medidas, defendemos a cobrança de uma taxa efectiva de IRC de 25%.

O PCP tem defendido a reestruturação da dívida. Neste caso o que aconteceria aos certificados de aforro e aos certificados do Tesouro?

A renegociação da dívida é uma medida indispensável e patriótica, a única que permite que o país possa pagar o que deve, sem comprometer o seu crescimento e o seu futuro. A relação entre a renegociação da dívida e os certificados de aforro só pode ser invocada por quem quer instrumentalizar medos para garantir a concretização do programa da UE/FMI. De facto, entendemos que devem ser tomadas medidas que permitam justamente estimular a poupança interna.

O PCP está contra o FMI onde arranjaria ajuda financeira? Qual a alternativa ao acordo da troika?

Colocamos três níveis de resposta: uma de curto prazo que implica a transformação de títulos de instituições públicas aplicados no estrangeiro, em dívida pública portuguesa; uma resposta estrutural que passa pela renegociação da dívida – prazos, juros, montantes - ganhando também folga face a pagamentos mais urgentes; uma resposta de fundo que implica uma aposta na produção nacional, na agricultura, indústria e pescas, substituindo importações.

O PCP apoia a saída de Portugal da Zona Euro?

É hoje reconhecida a justeza da posição do PCP contra a entrada na moeda única nas condições em que se verificou. Nos últimos dez anos, ao invés do que se verificou com países como a Alemanha, Portugal viu-se confrontado com uma acentuada quebra de competitividade, estagnação e recessão económica, desemprego, perda de instrumentos de soberania num quadro em que a permanência na zona euro nestas condições se está a revelar cada vez mais insustentável. Neste sentido, consideramos que esta matéria deverá ser alvo de um debate nacional que garanta uma decisão soberana do povo português e que em nenhuma circunstância os interesses nacionais sejam prejudicados.

Como é que o PCP concretizaria o programa de nacionalizações? Onde iria buscar o dinheiro?

Não existe um “programa de nacionalizações” mas sim um programa de privatizações – por via de PS, PSD e CDS – que, a ser concretizado, seria ruinoso para o país e um grande negócio para os grupos económicos nacionais e estrangeiros. A recuperação para as mãos do Estado de sectores básicos e estratégicos da economia que sejam alavancas para o desenvolvimento económico é um processo que envolve várias componentes – nacionalização, negociação adequada, aquisição, etc – que devem ser utilizadas e programadas de acordo com as possibilidade e os interesses nacionais.

Porque não defende um tecto máximo para as reformas?

Defendemos um sistema de Segurança Social público e universal que necessita, para se sustentar no futuro, da diversificação das suas fontes de financiamento, do aumento do emprego e da actividade económica. O plafonamento das pensões implicaria privar a segurança social de receitas que seriam desviadas para os grupos económicos, com actividade neste sector, com perdas para os pensionistas e para o país.

Que medidas defende a curto prazo para estimular o crescimento económico?

Reforço do investimento público; valorização dos salários e pensões alargando o mercado interno; Estabelecimento de um regime de preços máximos de energia, reduzindo a respectiva factura – electricidade, gás e combustíveis – para famílias e empresas; a adopção de um programa de substituição de importações por produção nacional; fiscalização efectiva das práticas comerciais da grande distribuição; Garantia de um rendimento mínimo nas explorações agrícolas familiares e unidades de pesca artesanal, pela criação de adequado seguro às suas actividades; garantir uma intervenção do sector bancário público que apoie o investimento nas micro, pequenas e médias empresas e nas autarquias;

Que opinião tem o PCP sobre a proposta da descida da taxa social única?

É uma proposta que PS, PSD e CDS assumem e que, longe de se destinar a acrescentar competitividade às nossas empresas, serviria essencialmente para transferir verbas da segurança social para as grandes empresas. Pensamos que a resposta de fundo às questões da competitividade passa, no essencial, pelo controlo dos custos dos factores de produção como a energia, os transportes, as portagens, o crédito, a par da modernização do tecido empresarial e do processo produtivos.

Durante 14 anos, fui trabalhador por conta de outrem. A minha mulher também. Decidi empreender há 4 anos, tal como a minha mulher. Hoje, cada um de nós tem a sua empresa, em duas áreas diferentes, tendo criado em conjunto 9 postos de trabalho. Por que razão sou chamado capitalista patrão e não trabalhador, se trabalhamos mais que os meus colegas? E porque razão não devo ter os mesmos direitos dos trabalhadores, se tenho o dobro das obrigações (e contribuo para a geração de riqueza e emprego)?

As dificuldades que pesam sobre os micro, pequenos e médios empresários decorrem essencialmente do esmagamento a que estão sujeitos por parte dos grupos económicos e financeiros por via da concorrência desleal (ex:comércio), por via do preço dos combustíveis, do acesso ao crédito, dos custos das portagens e comunicações. No quadro da Constituição da República, está prevista a coexistência de três sectores – público, privado e cooperativo – definição que está crescentemente a ser posta em causa, dado o processo de concentração e centralização de capital que está em curso.

Era capaz de se coligar com o PS para salvar Portugal?

Só será possível “salvar” o país com uma política patriótica e de esquerda que rompa com o rumo de desastre nacional que PS, PSD e CDS têm vindo a impor. O PCP está disponível para convergir com quem se mobilize e aspire a essa ruptura e mudança que o país precisa.
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Re: Portugal precisa de começar a debater saída da zona euro

por Automech » 30/5/2011 19:15

Atomez Escreveu:Como de costume, o PC está paralizado no passado...


Que má vontade tua, Atomez. Ora lê lá bem o programa: :mrgreen:

Programa eleitoral do PCP

Título genérico: Política patriótica e de esquerda

Data de apresentação: 21 de Abril de 2011

Frase-chave: «O Programa Eleitoral de 2009 mantém uma evidente actualidade e flagrante oportunidade nas suas orientações e políticas.» (Deputado Agostinho Lopes)



1. Ruptura com a política de direita, "que há mais de três décadas compromete o futuro do País".

2. Recolocar no centro da orientação política a afirmação de um desenvolvimento económico soberano de Portugal.

3. Valorização do trabalho e dos trabalhadores através de uma significativa melhoria de salários.

4. Reforço das prestações sociais e dos serviços públicos.

5. Defesa da produção e da soberania nacional.

6. "Ruptura com o processo de integração capitalista europeia".

7. Fim do Programa de Estabilidade e Crescimento e outras políticas comuns - agricultura, pescas, indústria e comércio externo.

8. Uma nova política que "rompa com a conivência e subserviência face às políticas da União Europeia e da NATO".

9. Pleno emprego como objectivo central das políticas económicas.

10. Defesa de um "papel determinante do Estado" nos sectores estratégicos, designadamente na banca e nos seguros, na energia, nas telecomunicações e nos transportes, "ao serviço do desenvolvimento e da justiça social".

11. Suspensão do processo da privatizações em curso.

12. Defesa do meio ambiente, do ordenamento do território e "promoção de um efectivo desenvolvimento regional, assente no aproveitamento racional dos recursos".

13. Respeito pela autonomia das autarquias locais e reforço da sua capacidade financeira.

14. Criação das regiões administrativas.

15. Combate e punição da corrupção, crime económico e tráfico de influências.

16. Combate à profunda recessão da economia nacional.

17. Política de apoio ao cooperativismo e constituição de um Fundo Nacional Cooperativo.

18. Reforma agrária nos campos do sul do País destinada a "liquidar a propriedade latifundiária".

19. Defesa dos baldios e da pequena propriedade florestal.

20. Aproveitamento das potencialidades agrícolas de Alqueva.

21. Aproveitamento das potencialidades e recursos do mar.

22. Definição de uma estratégia agro-produtiva orientada para mais produtividade e produção.

23. Promoção do agro-turismo.

24. Afirmação das regiões de turismo enquanto entidades ligadas ao poder local e regional.

25. Defesa da pesca costeira nacional, com especial relevo para a pesca artesanal.

26. Apoio à indústria conserveira e a promoção das conservas portuguesas, com rotulagem de origem e a certificação de produto de qualidade.

27. Reanimação de importantes indústrias básicas, como as metalomecânicas e electromecânicas produtoras de bens de equipamento pesados, as metalurgias, as químicas e petroquímicas de base e indústria de construção e reparação naval.

28. Urgente intervenção nos preços da energia – electricidade, gás natural e combustíveis líquidos.

29. Uma política fiscal que inverta o peso dos impostos indirectos face ao directos.

30. Eliminação dos benefícios às SGPS, tributando todas as mais-valias.

31. Taxa efectiva mínima de IRC na banca de 20%.

32. Redução das taxas de IVA, designadamente com a taxa normal a 19%.

33. Uma política de transportes que privilegie o transporte público e colectivo de passageiros.

34. Elaboração de um Plano Nacional de Transportes.

35. Construção do novo aeroporto de Lisboa.

36. Terceira travessia do Tejo em Lisboa, entre Chelas e Barreiro.

37. Promover o acesso efectivo dos deficientes ao mercado de trabalho.

38. Subida do salário mínimo nacional para pelo menos 600 euros até 2013.

39. Subida real dos vencimentos dos trabalhadores da função pública nos próximos quatro anos, "com compensação das perdas verificadas na última década".

40. Revogação da legislação que integra o Código de Trabalho e a legislação laboral da Administração Pública.

41. Regulação da situação dos trabalhadores com falsos recibos verdes.

42. Redução progressiva do horário de trabalho semanal para as 35 horas "como contributo para criar postos de trabalho e combater o desemprego".

43. Defesa do sistema público e universal de segurança social.

44. Salvaguarda do direito à reforma aos 65 anos e possibilidade da sua antecipação sem penalizações para carreiras contributivas de 40 anos;

45. Expansão do sistema público de educação pré-escolar.

46. Distribuição gratuita dos manuais escolares para todo o ensino obrigatório, já a partir do próximo ano lectivo.

47. Revogação da Lei do Financiamento do Ensino Superior.

48. Defesa e reforço do Serviço Nacional de Saúde.

49. Pagamento a 100% da remuneração nas licenças de maternidade.

50. Criar o Laboratório Nacional do Medicamento
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Re: Portugal precisa de começar a debater saída da zona euro

por lsilva4 » 30/5/2011 18:54

ul Escreveu:É bom saber e os politicos deviam no saber :

Para um pais que queira abandonar o Euro , mas continuar dentro da UE .

A única via legal compatível com os tratados, será primeiro retirar-se da União utilizando o artigo 50 do tratado e de seguida negociar uma nova adesão


Pois é pois é. O processo é muito simples e ainda por cima não devem existir colaterais nem nada...Depois os outros também são uns grandes "patêgos" sem quaisquer interesses realmente interessantes...

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Re: Portugal precisa de começar a debater saída da zona euro

por Opcard » 30/5/2011 17:04

É bom saber e os politicos deviam no saber :

Para um pais que queira abandonar o Euro , mas continuar dentro da UE .

A única via legal compatível com os tratados, será primeiro retirar-se da União utilizando o artigo 50 do tratado e de seguida negociar uma nova adesão




Atomez Escreveu:
PMACS Escreveu:
Portugal precisa de começar a debater saída da zona euro

Com a adesão à moeda única, Portugal perdeu "mecanismos de flexibilidade monetária e de adaptação" que seriam importantes numa crise, diz o líder do PCP.

Como de costume, o PC está paralizado no passado...

Sair do Euro nos tempos que correm já não é solução. Há 30 anos desvalorizou-se a moeda (escudo) para tornar as exportações mais competitivas à custa da queda dos salários reais.

Mas agora temos a concorrência de países com mão de obra ainda mais baixa - China, India, Vietnam, etc. - já nem desvalorizando a moeda conseguimos ser competitivos com eles.

Precisamos é de mudar a economia para a produção de bens e serviços com mais alto valor acrescentado.
 
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Re: Portugal precisa de começar a debater saída da zona euro

por atomez » 30/5/2011 16:21

PMACS Escreveu:
Portugal precisa de começar a debater saída da zona euro

Com a adesão à moeda única, Portugal perdeu "mecanismos de flexibilidade monetária e de adaptação" que seriam importantes numa crise, diz o líder do PCP.

Como de costume, o PC está paralizado no passado...

Sair do Euro nos tempos que correm já não é solução. Há 30 anos desvalorizou-se a moeda (escudo) para tornar as exportações mais competitivas à custa da queda dos salários reais.

Mas agora temos a concorrência de países com mão de obra ainda mais baixa - China, India, Vietnam, etc. - já nem desvalorizando a moeda conseguimos ser competitivos com eles.

Precisamos é de mudar a economia para a produção de bens e serviços com mais alto valor acrescentado.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por Navete » 30/5/2011 11:27

Bons dias.

Bom tópico.

Lanço aqui uma pergunta marota... Já viram aquele pessoal lá na Bélgica... Há mais de um ano sem governo!?

Seria possivel as nossas gentes se depararem com essa realidade?

Nenhum politico serve?

Bons trades! :mrgreen:
Como diz o cego, a ver vamos...
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Portugal precisa de começar a debater saída da zona euro

por PMACS » 30/5/2011 10:56

Portugal precisa de começar a debater saída da zona euro


Com a adesão à moeda única, Portugal perdeu "mecanismos de flexibilidade monetária e de adaptação" que seriam importantes numa crise, diz o líder do PCP.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu a saída de Portugal da zona euro de uma forma que "salvaguarde o interesse nacional", afirmando que é preciso começar a debater essa saída.

"É um grande debate nacional que é preciso travar na sociedade portuguesa", disse Jerónimo de Sousa em entrevista à Agência Lusa, frisando que o PCP faz essa defesa "com grande sentido de responsabilidade".

O principal, indicou, seria "não admitir que se vejam livres de nós, ou seja, que depois de nos terem roído a carne, agora ficássemos só com os ossos".

Jerónimo de Sousa afirmou que os comunistas alertaram, desde a adesão à União Europeia -- à altura Comunidade Económica Europeia -- para os riscos de pertencer e da moeda única.

O secretário-geral comunista afirma que se baseia numa "avaliação objectiva, sem carga ideológica", para concluir que "a História" acabou por dar razão ao PCP.

Com a adesão à moeda única, Portugal perdeu "mecanismos de flexibilidade monetária e de adaptação" que seriam importantes numa crise.

"Se tivéssemos essa capacidade, não estaríamos como estamos", assegurou.

Outros alertas foram dados: "perda de competitividade, desmontar do aparelho produtivo, daquilo que sabíamos fazer bem".

E avisou: "não venham agora aqueles que se valeram do euro", referindo-se nomeadamente à Alemanha, querer "expulsar sem condições" países como Portugal, "com todas as consequências que isso teria".


Fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=487477
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por atomez » 16/5/2011 2:06

Sect Escreveu:Bem se me é permitido eu próprio também tenho 22 anos e posso afirmar que sou de esquerda [...]

E muitas outras ideias podia aqui colocar apenas decidi opinar pois penso que ainda existe uma ideia errada do comunismo [...]

É natural, nasceste no ano em que a URSS deu o grande estoiro e desapareceu de vez...

Está mais que demonstrado historicamente que a "esquerda" não constrói economias, destrói-as; o Estado não cria riqueza, consome-a, e como fornecedor de serviços é péssimo porque não segue critérios de racionalidade económica nem de qualidade de serviços, mas sim critérios políticos.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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RE ao Sect

por lsilva4 » 15/5/2011 19:49

Sect Escreveu:Bem se me é permitido eu próprio também tenho 22 anos e posso afirmar que sou de esquerda (apesar de considerar que a virtude em tudo se encontra no meio termo), porem não da esquerda que muitos tal como tu afirmam, conservadora etc etc, e a qual se vão sempre apoiar usando o exemplo da URSS;China casos que eu considero de extrema esquerda, tal como (Hitler) Alemanha/EUA (Vietname) de extrema direita.

Mas sim admito que o velhinho PCP precisava de uma revisão, penso que mentalidades novas são necessárias defendo tal como alguém afirmou anteriormente que quanto menos Estado melhor mas afirmo que nunca o estado deve "sair" de sectores como a saúde e a educação, defendo uma independência a nível alimentar pois lembrando que, segundo os dados do INE, Portugal exportou em 2010 cerca de 3,28 mil milhões de euros de produtos alimentares de origem agrícola e importou cerca de 6,28 mil milhões.

"O consumo de alimentos é de cerca de 10 mil milhões de euros por ano em Portugal. Caso se registe um aumento dos preços alimentares de base (QUE OCORREU) que são logo 40 por cento das importações, arriscamos-nos a perder entre 750 milhões e 1.250 milhões de euros"

Penso também que a implementação de uma medida semelhante há existente na Polónia, na qual aos turistas são taxados 0,05€/dia nos hotéis onde se encontram hospedados seria algo a ponderar.

E muitas outras ideias podia aqui colocar apenas decidi opinar pois penso que ainda existe uma ideia errada do comunismo e cada vez existe uma maior tendência para a direita pelo menos na minha geração, e quando questiono alguém sobre o porque simplesmente me respondem porque é melhor...

Cumprimentos a todos camaradas e não camaradas

:twisted:


A minha principal crítica não é ao "conservacionismo" da extrema esquerda, mas sim à falta de um "realismo consciente". Dizer só por dizer sem ter noção de como o fazer, e quais as consequências que daí poderão resultar é, no mínimo, perigoso. Ainda ontem ouvi da janela: "...melhores salários, maior empregabilidade, maior competitividade..." Mas como?! Tudo isto sem mais despesismo? É que nunca vi o PCP falar em alguma medida que "vá aos bolsos do povo português" só o contrário! Ou isto é paradoxal ou sou eu que não entendo minimamente o dito matter.

Não apontei qualquer dos exemplos que indicaste porque ou pertencem ao passado e/ou a exemplos de países com características e variáveis da envolvente muito distintas da portuguesa.
Ainda assim todos esses exemplos deram e continuam a dar importantes lições à humanidade.

A China, de hoje, está cada vez mais longe do que são os ideais da extrema esquerda, isto é, se ainda assim se puder considerar.
Na minha opinião e pelo que tenho lido o sucesso da China deve-se sobretudo à sua capacidade em compreender (e fazer) a evolução das necessidades do mundo. É nesta perspectiva que Portugal também deverá agir preservando a consciência de que temos "armas distintas" para atacar este paradigma.

Pessoalmente também defendo um estado com um papel menos activo, mas que preserve sectores chave como a saúde e a educação. Mas a minha opinião não é relevante nem que seja por estarmos a entrar noutras temáticas...

Não queria focar me em ideologias políticas concretas, uma vez que já existem outros tópicos exclusivamente sobre o assunto...

Ainda assim gostava de te lançar as seguintes questões: Achas que os partidos à direita não defendem uma menor dependência alimentar do exterior? Ou por outro lado, achas que o défice na balança alimentar portuguesa deriva das ideologias políticas?

Cumps
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por DC89 » 14/5/2011 5:01

lsilva4 Escreveu:
Adamhedge Escreveu:
lsilva4 Escreveu:Só tenho pena que estes românticos e patrióticos camaradas continuem a ter lugar na AR.

A grande maioria das medidas (coisa um tanto ao quanto rara) que anunciam nem são alvo de uma análise às suas potenciais consequências...

Não tenho dúvidas que possam ser o partido com menos corruptos por cadeira, mas daí à utilidade do seu trabalho/ideias uma outra coisa!

Pois é camaradas é preciso mais produtividade, melhores ordenados, criar mais emprego and so forth... mas como?! Atacando "os grandes grupos económicos"?! Incentivar o desinvestimento e uma maior fuga de capitais tem que se lhe diga...

A troika que volte lá para as suas santas terrinhas porque não faz cá falta...o dinheiro que tanto precisamos,entretanto deverá começar a cair dos céus...

Com 22 anos já deixei de acreditar em qualquer cor política. Mas estes senhores conseguem tirar-me do sério com a sua quântica racionalidade lógica.

Cumprimentos


ola silva4,se tem só 22anos e pensa assim,é com muito agrado que lhe dou os parabens,eu conheço muitos que são mais velhos,e ainda pensam estar a ser sustentados pelos pais por muitos anos...

continua... :wink:


Não me queixo por mim, pois fiz e continuo a fazer por poder ter o poder de decidir o meu caminho...A verdade é que a grande maioria da população e dos nossos jovens nem sequer têm alternativas que lhes permita PODER FAZER! É preciso despertar para a realidade!

Pois é, "um dia todos vamos ter de enfrentar a vida adulta" já dizia um Professor.
Muitos negam-no e preferem adiar o que não deve ser adiado. É preciso ter a percepção da realidade e fazer por enfrenta-la...neste aspecto esta nossa sociedade tem um caminho bem longo para percorrer. Muitos dos decisores deste país não têm noçãodos reais problemas do país...Veja-se nas universidades, nas empresas públicas(e também algumas privadas) e na política em que muitos dos seus agentes(professores, administradores, políticos de carreira) vivem agarrados a um estatuto...não sabem quanto é um ordenado mínimo, não fazem a mínima ideia dos reais problemas e necessidades do Zé Povinho, muitos vivem de e para futilidades. "Compram sem saber o que estão a comprar e a que preço". (Veja-se um exemplo bem conhecido- o do Sr. Diogo Leite Campos)

Com o lançamento da crise política foi e continua a ser muito interessante ouvir os relatos e assistir à luta pelas cadeiras...É dum cinismo sarcástico premium! Digno do melhor humor que por aí existe!

Agradeço por ter quem conheça estas realidades e me abra os olhos...Pena é que muitos não a têm quem!

Como podemos encontrar soluções para os paradigmas se nem os conseguimos identificar?

Ao PCP e à classe política, no geral, é que sem deixem de demagogias e FAÇAM! É preciso é encontrar reais soluções e fazer por aplica-las.

Talvez um dia apareça um líder (político) em Portugal que o faça...

Cumps


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Mas sim admito que o velhinho PCP precisava de uma revisão, penso que mentalidades novas são necessárias defendo tal como alguém afirmou anteriormente que quanto menos Estado melhor mas afirmo que nunca o estado deve "sair" de sectores como a saúde e a educação, defendo uma independência a nível alimentar pois lembrando que, segundo os dados do INE, Portugal exportou em 2010 cerca de 3,28 mil milhões de euros de produtos alimentares de origem agrícola e importou cerca de 6,28 mil milhões.

"O consumo de alimentos é de cerca de 10 mil milhões de euros por ano em Portugal. Caso se registe um aumento dos preços alimentares de base (QUE OCORREU) que são logo 40 por cento das importações, arriscamos-nos a perder entre 750 milhões e 1.250 milhões de euros"

Penso também que a implementação de uma medida semelhante há existente na Polónia, na qual aos turistas são taxados 0,05€/dia nos hotéis onde se encontram hospedados seria algo a ponderar.

E muitas outras ideias podia aqui colocar apenas decidi opinar pois penso que ainda existe uma ideia errada do comunismo e cada vez existe uma maior tendência para a direita pelo menos na minha geração, e quando questiono alguém sobre o porque simplesmente me respondem porque é melhor...

Cumprimentos a todos camaradas e não camaradas

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por lsilva4 » 13/5/2011 14:34

Adamhedge Escreveu:
lsilva4 Escreveu:Só tenho pena que estes românticos e patrióticos camaradas continuem a ter lugar na AR.

A grande maioria das medidas (coisa um tanto ao quanto rara) que anunciam nem são alvo de uma análise às suas potenciais consequências...

Não tenho dúvidas que possam ser o partido com menos corruptos por cadeira, mas daí à utilidade do seu trabalho/ideias uma outra coisa!

Pois é camaradas é preciso mais produtividade, melhores ordenados, criar mais emprego and so forth... mas como?! Atacando "os grandes grupos económicos"?! Incentivar o desinvestimento e uma maior fuga de capitais tem que se lhe diga...

A troika que volte lá para as suas santas terrinhas porque não faz cá falta...o dinheiro que tanto precisamos,entretanto deverá começar a cair dos céus...

Com 22 anos já deixei de acreditar em qualquer cor política. Mas estes senhores conseguem tirar-me do sério com a sua quântica racionalidade lógica.

Cumprimentos


ola silva4,se tem só 22anos e pensa assim,é com muito agrado que lhe dou os parabens,eu conheço muitos que são mais velhos,e ainda pensam estar a ser sustentados pelos pais por muitos anos...

continua... :wink:


Não me queixo por mim, pois fiz e continuo a fazer por poder ter o poder de decidir o meu caminho...A verdade é que a grande maioria da população e dos nossos jovens nem sequer têm alternativas que lhes permita PODER FAZER! É preciso despertar para a realidade!

Pois é, "um dia todos vamos ter de enfrentar a vida adulta" já dizia um Professor.
Muitos negam-no e preferem adiar o que não deve ser adiado. É preciso ter a percepção da realidade e fazer por enfrenta-la...neste aspecto esta nossa sociedade tem um caminho bem longo para percorrer. Muitos dos decisores deste país não têm noçãodos reais problemas do país...Veja-se nas universidades, nas empresas públicas(e também algumas privadas) e na política em que muitos dos seus agentes(professores, administradores, políticos de carreira) vivem agarrados a um estatuto...não sabem quanto é um ordenado mínimo, não fazem a mínima ideia dos reais problemas e necessidades do Zé Povinho, muitos vivem de e para futilidades. "Compram sem saber o que estão a comprar e a que preço". (Veja-se um exemplo bem conhecido- o do Sr. Diogo Leite Campos)

Com o lançamento da crise política foi e continua a ser muito interessante ouvir os relatos e assistir à luta pelas cadeiras...É dum cinismo sarcástico premium! Digno do melhor humor que por aí existe!

Agradeço por ter quem conheça estas realidades e me abra os olhos...Pena é que muitos não a têm quem!

Como podemos encontrar soluções para os paradigmas se nem os conseguimos identificar?

Ao PCP e à classe política, no geral, é que sem deixem de demagogias e FAÇAM! É preciso é encontrar reais soluções e fazer por aplica-las.

Talvez um dia apareça um líder (político) em Portugal que o faça...

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