CALDEIRÃO DE BOLSA

rg7803 Escreveu:ok atomez, mas migalhas também são pão...

Grão a grão morre a galinha à fome...

Atomez Escreveu:

realista.stock Escreveu:Para quando a venda de Dívida Pública Portuguesa a valores que os portugueses estivessem dispostos a comprar, qualquer coisa como 2,5 a 3%, bem inferior aos valores que o Estado está a pagar ao exterior?
...
Este é um daqueles mistérios que é difícil de entender, entre muitos outros!

Há uma razão muito simples para isso -- os portugueses todos juntos não têm capacidade para financiar a dívida.

A dívida total do país (pública + privada) já vai nos 300% do PIB. A taxa de poupança dos portugueses anda nos 8% do PIB, e a poupança líquida (poupança bruta - depreciação do capital) até é negativa!

Por isso não só o estado como os bancos portugueses têm de recorrer ao financiamento externo.

Podem ver estes dados por exº no mais recente relatório do FMI.

ok atomez, mas migalhas também são pão...

realista.stock Escreveu:Para quando a venda de Dívida Pública Portuguesa a valores que os portugueses estivessem dispostos a comprar, qualquer coisa como 2,5 a 3%, bem inferior aos valores que o Estado está a pagar ao exterior?

Todos ficarariam, a ganhar, excepto talvez os bancos, pois muita da poupança aí alocada a 0,8%, seria de imediato canalizada para este produto.

Este é um daqueles mistérios que é difícil de entender, entre muitos outros!

Não é muito dificil de entender. O estado defende o sistema financeiro de uma descapitalização imediata que ocorreria com a deslocação das poupanças da banca para o Estado.

O que é discutivel é qual das opções é mais vantajosa para a nação.

BN
Garfield

realista.stock Escreveu:Para quando a venda de Dívida Pública Portuguesa a valores que os portugueses estivessem dispostos a comprar, qualquer coisa como 2,5 a 3%, bem inferior aos valores que o Estado está a pagar ao exterior?
...
Este é um daqueles mistérios que é difícil de entender, entre muitos outros!

Há uma razão muito simples para isso -- os portugueses todos juntos não têm capacidade para financiar a dívida.

A dívida total do país (pública + privada) já vai nos 300% do PIB. A taxa de poupança dos portugueses anda nos 8% do PIB, e a poupança líquida (poupança bruta - depreciação do capital) até é negativa!

Por isso não só o estado como os bancos portugueses têm de recorrer ao financiamento externo.

Podem ver estes dados por exº no mais recente relatório do FMI.

Supermann Escreveu:

pdcarrico Escreveu:As pessoas podem investir em dívida pública. De curto prazo e longo prazo. os certificados de aforro são títulos de curto prazo resgatáveis a qualquer altura e por isso o juro é baixo. Também para os bancos, as taxas de juro pagas pelo Estado para prazos curtos é muito baixa.

Para aplicações de longo prazo é que os juros aumentam para 3/4/5%. Mas aí também há oportunidade de investimento. No BIG por exemplo podes comprar OT's com vencimento a 2017 com taxa de 3,60% ao ano. Mas aí não dá para chegar a 2014 e dizer que querer o dinheiro de volta. Precisas esperar até ao fim.

Pode vender quando quiser... está é susceptivel ao preço que a OT transacciona na altura...

Exactamente!

pdcarrico Escreveu:As pessoas podem investir em dívida pública. De curto prazo e longo prazo. os certificados de aforro são títulos de curto prazo resgatáveis a qualquer altura e por isso o juro é baixo. Também para os bancos, as taxas de juro pagas pelo Estado para prazos curtos é muito baixa.

Para aplicações de longo prazo é que os juros aumentam para 3/4/5%. Mas aí também há oportunidade de investimento. No BIG por exemplo podes comprar OT's com vencimento a 2017 com taxa de 3,60% ao ano. Mas aí não dá para chegar a 2014 e dizer que querer o dinheiro de volta. Precisas esperar até ao fim.

Pode vender quando quiser... está é susceptivel ao preço que a OT transacciona na altura...

As pessoas podem investir em dívida pública. De curto prazo e longo prazo. os certificados de aforro são títulos de curto prazo resgatáveis a qualquer altura e por isso o juro é baixo. Também para os bancos, as taxas de juro pagas pelo Estado para prazos curtos é muito baixa.

Para aplicações de longo prazo é que os juros aumentam para 3/4/5%. Mas aí também há oportunidade de investimento. No BIG por exemplo podes comprar OT's com vencimento a 2017 com taxa de 3,60% ao ano. Mas aí não dá para chegar a 2014 e dizer que querer o dinheiro de volta. Precisas esperar até ao fim.

A resposta para esta questão levam-nos á essência do problema:

Os bancos têm duas mãos. Numa têm o dinheiro e na outra têm os .........

Espero que adivinhem fácilmente.

Para quando a venda de Dívida Pública Portuguesa a valores que os portugueses estivessem dispostos a comprar, qualquer coisa como 2,5 a 3%, bem inferior aos valores que o Estado está a pagar ao exterior?

Todos ficarariam, a ganhar, excepto talvez os bancos, pois muita da poupança aí alocada a 0,8%, seria de imediato canalizada para este produto.

Este é um daqueles mistérios que é difícil de entender, entre muitos outros!