
Fundo de 750 mil milhões
Parlamento alemão aprova plano de resgate do euro
A câmara baixa do Parlamento alemão aprovou esta manhã o plano que prevê a criação de um fundo de 750 mil milhões de euros, por parte da União Europeia e FMI, para socorrer países da Zona Euro em dificuldades.
--------------------------------------------------------------------------------
Nuno Carregueiro
nc@negocios.pt
A câmara baixa do Parlamento alemão aprovou esta manhã o plano que prevê a criação de um fundo de 750 mil milhões de euros, por parte da União Europeia e FMI, para socorrer países da Zona Euro em dificuldades.
319 deputados votaram a favor, 73 votaram contra e 195 abstiveram-se. Falta ainda a aprovação na câmara alta do Parlamento, que deverá ocorrer hoje, seguindo-se depois a aprovação da lei pelo Presidente alemão.
Os deputados aprovaram que a Alemanha participará em até 148 mil milhões de euros para este fundo, cuja criação foi anunciada pelos ministros das Finanças europeus há três semanas, para tentar conter o "fogo" desencadeado em Atenas e que, nas palavras dramáticas de Angela Merkel, está a "por à prova o euro"
Os ministros das Finanças da União Europeia reúnem-se hoje em Bruxelas para tentar limar mais algumas arestas ao novo fundo europeu de 750 mil milhões de euros. O encontro extraordinário surge três dias depois de, unilateralmente e sem ter consultado nenhum dos seus parceiros, a Alemanha ter avançado com duas medidas "disciplinadoras" dos mercados e do sector financeiro - a proibição das vendas curtas a descoberto ("naked short selling") e a aprovação de uma nova taxa sobre os bancos - que geraram um coro de críticas mal disfarçadas por toda a Europa, desencadeando novas quedas do euro e das bolsas, com os investidores a duvidarem de que exista, de facto, uma visão comum entre as capitais europeias sobre o que fazer para blindar a moeda única de ataques especulativos.
Para já, está definido que o fundo europeu de estabilização financeira será criado através de um SPV, um veículo autónomo de direito privado, a registar no Luxemburgo, e que terá como accionistas os 16 países da Zona Euro, que participarão no seu capital na mesma proporção do detido no Banco Central Europeu (BCE). Países da UE não membros do euro poderão associar-se, sendo que Suécia e Polónia, ao contrário do Reino Unido, deram indicações de que o poderão fazer. O fundo ficará autorizado durante três anos a angariar nos mercados financeiros até 440 mil milhões de euros para socorrer países com dificuldades em financiar-se. Em paralelo, o FMI entrará com pelo menos metade do que for necessário obter em cada momento.
Neste quadro, Portugal poderá ser chamado a garantir empréstimos até cerca de 11,5 mil milhões de euros - isto se estiver entre os socorristas, e não for o socorrido.
Parlamento alemão aprova plano de resgate do euro
A câmara baixa do Parlamento alemão aprovou esta manhã o plano que prevê a criação de um fundo de 750 mil milhões de euros, por parte da União Europeia e FMI, para socorrer países da Zona Euro em dificuldades.
--------------------------------------------------------------------------------
Nuno Carregueiro
nc@negocios.pt
A câmara baixa do Parlamento alemão aprovou esta manhã o plano que prevê a criação de um fundo de 750 mil milhões de euros, por parte da União Europeia e FMI, para socorrer países da Zona Euro em dificuldades.
319 deputados votaram a favor, 73 votaram contra e 195 abstiveram-se. Falta ainda a aprovação na câmara alta do Parlamento, que deverá ocorrer hoje, seguindo-se depois a aprovação da lei pelo Presidente alemão.
Os deputados aprovaram que a Alemanha participará em até 148 mil milhões de euros para este fundo, cuja criação foi anunciada pelos ministros das Finanças europeus há três semanas, para tentar conter o "fogo" desencadeado em Atenas e que, nas palavras dramáticas de Angela Merkel, está a "por à prova o euro"
Os ministros das Finanças da União Europeia reúnem-se hoje em Bruxelas para tentar limar mais algumas arestas ao novo fundo europeu de 750 mil milhões de euros. O encontro extraordinário surge três dias depois de, unilateralmente e sem ter consultado nenhum dos seus parceiros, a Alemanha ter avançado com duas medidas "disciplinadoras" dos mercados e do sector financeiro - a proibição das vendas curtas a descoberto ("naked short selling") e a aprovação de uma nova taxa sobre os bancos - que geraram um coro de críticas mal disfarçadas por toda a Europa, desencadeando novas quedas do euro e das bolsas, com os investidores a duvidarem de que exista, de facto, uma visão comum entre as capitais europeias sobre o que fazer para blindar a moeda única de ataques especulativos.
Para já, está definido que o fundo europeu de estabilização financeira será criado através de um SPV, um veículo autónomo de direito privado, a registar no Luxemburgo, e que terá como accionistas os 16 países da Zona Euro, que participarão no seu capital na mesma proporção do detido no Banco Central Europeu (BCE). Países da UE não membros do euro poderão associar-se, sendo que Suécia e Polónia, ao contrário do Reino Unido, deram indicações de que o poderão fazer. O fundo ficará autorizado durante três anos a angariar nos mercados financeiros até 440 mil milhões de euros para socorrer países com dificuldades em financiar-se. Em paralelo, o FMI entrará com pelo menos metade do que for necessário obter em cada momento.
Neste quadro, Portugal poderá ser chamado a garantir empréstimos até cerca de 11,5 mil milhões de euros - isto se estiver entre os socorristas, e não for o socorrido.