Mcmad Escreveu:Então porque não somos todos FP´s? Não era melhor?

A questão sobre se devemos ser FPs ou não não se deve basear "na receita fiscal" mas no funcionamento do sistema.
Como é que o sistema funciona melhor?
Na minha opinião (e já tens mencionado isto imensas vezes no forum) desvirtuas a discussão e leva-la para um campo sem qualquer interesse porque é um mero jogo de palavras onde não se discute o essencial, onde não se discute o que é realmente relevante. A questão é se as funções fazem sentido existir e se fazem sentido existir como é que funcionam melhor.
Exemplificando: A função de segurança? Faz sentido existir? Faz sentido existir forças de segurança?
Sim ou não? Se sim, como é que funcionam melhor as forças de segurança? Se forem controladas e geridas pelo Estado? Por privados? Um misto das duas? E depois passamos para o resto: a justiça, a educação, etc.
De notar (e isto já passou aqui também) que a FP, seja ela mais ou menos eficiente, contribui para a produção de riqueza (no fundo, ser útil e fazer sentido existir é essencialmente a mesma coisa, todo o trabalho "útil" produz riqueza de alguma forma, mesmo que indirecta). E isto é que é relevante: se é util ou não, se produz riqueza ou não. E sendo útil/produzindo_riqueza onde é que o sistema é mais virtuoso, na mão do Estado, de privados ou se num misto dos dois (como por exemplo ocorre com a educação ou a saúde actualmente).
Isto é que na minha opinião interessa discutir, para decidir que "tamanho" deve ter a função pública. Ou se quisermos, melhor dizendo, onde deve estar presente a função pública.
Se a questão for uma questão de "vencimentos" então comparam-se os vencimentos depois de impostos (deduzem-se os impostos tanto aos privados e tanto os funcionários públicos, verificam-se todas as condições e formas alternativas de remuneração) e vê-se, em termos líquidos (o que actualmente não é nada fácil dado a crescente divergência de filosofias de remuneração entre o público e o privado) se o que recebem os FPs é justo ou não!
Mais uma vez, mesmo em termos de remuneração, estar a falar se os FPs contribuem para a receita fiscal é coisa que não interessa para nada.
O que interessa é o que produzem uns e outros (e como funcionariam melhor) e o que levam para casa limpos. Uns e outros!