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MensagemEnviado: 24/3/2010 0:08
por Garfield
De facto ja se ouviu falar em permitir o acesso de particulares às Obrigações do Tesouro mas de concreto ainda nao se viu nada.

BN
Garfield

Certificados

MensagemEnviado: 23/3/2010 11:33
por Ateop
Bom dia

Em relação ao financiamento da dívida pública, só será possível neste momento com recurso a capital interno se for criado um instrumento idêntico aquele que é feito para os investidores institucionais.

A quebra de confiança resultante da mudança das regras a meio do jogo em relação aos certificados de aforro, leva a que este instrumento jamais consiga captar a poupança nacional como era até aqui.

Eu pessoalmente quando faço um investimento de longo prazo deste género gosto que as coisas sejam bem definidas.

PEC - As alternativas...

MensagemEnviado: 23/3/2010 1:27
por Garfield
Boas,

Gostava que pudessemos discutir as possiveis alternativas às medidas anunciadas no PEC tanto ao nivel ideologico e politico como economico e fiscal.

Começo por lançar a questão acerca do motivo pelo qual os certificados de aforro não são mais atractivos.

A economista Manuela Silva afirmou recentemente não compreender «porque não se lança mão das poupanças dos particulares», por exemplo, através dos certificados de aforro, tendo em conta que «existe apetência por este tipo de produto e que as condições do mercado de financiamento internacional são menos favoráveis».

Eu à primeira vista, e até me explicarem o contrário tendo a concordar com a afirmação anterior e dou de seguida um exemplo do meu raciocinio.

Para um investimento em Certificados de Aforro a 5 anos actualmente poderemos estimar um retorno de 1,812% ( TANB ) que contrasta com os 3,60% que o Estado actualmente suporta nas Obrigações do Tesouro financiando-se externamente.

Imagine-se agora que o Estado premiava os Certificados de Aforro com um retorno de 2,6%, ou seja +0,788% do que o actualmente oferecido, mas -1% do que o actualmente suportado.

Ora se a dívida directa do Estado é de 110 300 000 000€ ( 110,3 mil milhões ) então uma redução de 1% na taxa de juro a suportar significaria uma poupança de 1 103 000 000€ ( 1,1 mil milhões ) por ano que se aproxima do valor estimado das receitas anuais das privatizações, que poderiam dessa forma não serem realizadas com o beneficio acrescido dos dividendos que algumas das empresas distribuem "pingarem" nas contas do Estado.

Pergunta-se entao :

Porque não incentivar a poupança interna em divida publica?
Não faz mais sentido a divida publica ser suportada por capitais nacionais em vez de estrangeiros?
Ou está o Estado a proteger os recursos captaveis pelos bancos para salvaguardar o sistema financeiro nacional de algum risco de ruptura?

Espero que venham a surgir outras sugestões de medidas alternativas e quem sabe algumas delas cheguem a quem de direito e que esse alguem tenha a humildade e a coragem de as implementar.

BN
Garfield