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Caldeirão da Bolsa

Bolsa da Grécia desliza 3% e juros da dívida sobem 10 pontos

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por jlmf » 23/3/2010 21:03

Will Greece turn from euros to gyros?

By Dody Tsiantar, contributorMarch 23, 2010: 2:52 PM ET

(Fortune) -- Athens is abuzz with a rumor: Greece might leave the euro zone and adopt a new currency -- a Greek euro, so to speak, something of a cross between a drachma and a euro to be used only internally. Some hungry economists have jokingly given the new money a nickname: the "Gyro."
...
http://money.cnn.com/2010/03/23/news/in ... st+News%29
 
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por jlmf » 23/3/2010 17:11

 
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por Opcard » 22/3/2010 14:36

Alemães hostis ao euro

Segundo a sondagem publicada hoje pelo Financial Times, e que faz a manchete do jornal, uma maioria ligeiramente superior a 60 por cento de alemães opõe-se a que o seu Governo ajude a Grécia. Este é o maior valor obtido na sondagem, que abrange as cinco maiores economias da UE (Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Espanha).

Perto de 40 por cento dos alemães consideram mesmo que o país estaria melhor se saísse do euro, face a cerca de 30 por cento que pensam que não estaria nem melhor nem pior e a outros 30 que pensam que ficaria pior. Na França, Itália e Espanha o apoio à saída do euro é menor que na Alemanha, sendo sempre superado pelos que acham que os seus países ficariam pior.

Por outro lado, 30 por cento dos alemães pensam que se devia pedir à Grécia que deixasse o euro até resolver a situação das suas finanças públicas – valor também superior ao dos outros países considerados.

A ficha técnica da sondagem revela que foi realizada pela Harris Interactive entre 5207 adultos dos 16 aos 64 anos, em França (1067), na Alemanha (1013), na Grã-Bretanha (1123), Espanha (1002) e Itália (1002, dos 18 aos 64 anos).

Notícia actualizada às 11h55
 
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por Opcard » 19/3/2010 23:01

Sendo verdade que nenhum país pode ser expulso da Zona Euro, ninguém pode impedir que um ou mais saiam e é este o cenário em que aposto não o desejando ,se a crise se prolongar no tempo mais países se juntarem a Grécia

Estou a falar da Alemanha , , quando eles entenderem que EURO é um fardo , um partido alemão propõe o regresso ao Marco , ganha as eleições .

Holanda , Benelux por questões geográficas e económicas juntam-se aos alemães , durante algum tempo o Euro vai ser a moeda das economias mais frágeis até acabar.

Pata-Hari Escreveu:E, já gora, ficam as declarações do Durão Barroso a contrariar as de Merkel.

Durão Barroso em entrevista à France 24
"Nenhum país pode ser expulso da Zona Euro"
"De acordo com o Tratado de Lisboa, nenhum país pode ser expulso da Zona Euro". O alerta é dado por Durão Barroso numa entrevista que irá para o ar amanhã no canal televisivo France 24.

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Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt


"De acordo com o Tratado de Lisboa, nenhum país pode ser expulso da Zona Euro". O alerta é dado por Durão Barroso numa entrevista que irá para o ar amanhã no canal televisivo France 24.

O presidente da Comissão Europeia lembra, nesta entrevista, que a expulsão de um país da Zona Euro, conforme foi sugerido pela chanceler alemã Angela Merkel, vai contra as regras do Tratado da União Europeia (UE).

José Durão Barroso reage assim aos comentários de Merkel, que ontem disse que as regras da UE têm de ser modificadas de forma a que os Estados-membros que, repetidamente, não cumprem as directrizes do bloco económico, possam ser expulsos da Zona Euro.

A entrevista será difundida por inteiro amanhã, às 12h40 de Paris, e foi disponibilizada em exclusivo à EuroActiv, que é a unidade francesa da companhia de media Dow Jones.

Durão Barroso insiste, nesta conversa, que a monitorização dos países da Zona Euro pode, no curto prazo, ser reforçada. “É isso que vamos pôr em marcha no próximo mês: um mecanismo (...) que garanta que um país pode, de facto, respeitar o princípio fundamental da estabilidade orçamental”.

O presidente da CE diz ainda que “a solidariedade é uma rua com dois sentidos”. “Quando um Estado-membro é membro do euro, tem também obrigações para com os outros. Não é só receber apoios: tem também a ver com o respeito das regras que foram definidas de comum acordo”, afirma Durão Barroso neste excerto da entrevista disponibilizado pela EuroActiv.

Durão Barroso escusou-se a falar sobre o que poderá acontecer se a Grécia desdenhar dos europeus e se virar para o Fundo Monetário Internacional (FMI) se não receber ajuda financeira da UE. “Aquilo que quero lembrar às pessoas é que a Grécia e todos os Estados-membros da UE são membros do FMI. De facto, os Estados-membros da UE são, de longe, a maior fonte de receitas do FMI. Por isso, não é uma questão de prestígio, é uma questão de ver qual será a melhor forma de responder à situação”.

Questionado sobre a recusa da Alemanha de financiar a Grécia, actualmente em apuros devido à dívida, Durão Barroso insiste que todos os países da UE, incluindo a Alemanha, estão prontos a ajudar. “Sim, a Alemanha está pronta, no caso de a Grécia precisar”, afirma o presidente da CE, salientando que Atenas ainda não pediu apoio financeiro.

 
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por Pata-Hari » 19/3/2010 21:40

E este artigo está interessante na explicação do porquê desta hipotese de escolha:

João Cândido da Silva
O regresso de Gresham
joaosilva@negocios.pt

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A Thomas Gresham é atribuída a autoria de um princípio que, de acordo com alguns historiadores, nunca terá formulado. Pouco interessa. Para a posteridade, o "mago" financeiro, que há perto de 500 anos ajudou a Inglaterra dos tempos de Eduardo...


A Thomas Gresham é atribuída a autoria de um princípio que, de acordo com alguns historiadores, nunca terá formulado. Pouco interessa. Para a posteridade, o "mago" financeiro, que há perto de 500 anos ajudou a Inglaterra dos tempos de Eduardo VI a escapar da bancarrota, ficou registado como criador de uma lei que, em Portugal, até já foi utilizada como eficaz arma de arremesso político.

"A má moeda tende a expulsar a boa moeda de circulação", estabelece a "lei de Gresham", porque os agentes económicos preferem guardar a segunda como reserva de valor e utilizar a primeira para as suas transacções correntes. No mercado da dívida pública, que este ano está a ser inundado de emissões por parte de Estados endividados e necessitados de novos financiamentos, começa a verificar-se um fenómeno semelhante.

Colocados perante a escolha entre o investimento em obrigações do Tesouro de baixo risco e baixa rendibilidade ou em títulos colocados por países com piores notações de crédito mas com taxas de juro mais elevadas, estão a optar por esta última hipótese. Na Europa, onde a depauperada situação das finanças públicas de diversos países contribui para a dinâmica do mercado de dívida, as obrigações do Estado alemão estão a ser preteridas em favor dos títulos lançados por países como a Grécia. Pode parecer estranho, mas não é.

Enquanto as emissões da Alemanha, motor sólido e garante da credibilidade da Zona Euro, estão a ser colocadas a um custo pouco superior a 3%, a Grécia está a recolher financiamentos a um custo três pontos percentuais superior. Teoricamente, apenas os investidores dispostos a correr mais riscos na expectativa de obtenção de rendibilidades mais elevadas estariam na disposição de colocar dinheiro nas mãos de um Estado pouco fiável no que respeita à gestão dos recursos captados. Mas um detalhe decisivo veio baralhar os raciocínios mais ortodoxos.

Na Zona Euro e entre as autoridades da União Europeia, a possibilidade de deixar cair um Estado-membro em situação de incumprimento começou a assustar os gabinetes. O espectáculo a que se assistiu quando os mercados decidiram pressionar em alta os seguros que cobrem o risco de cancelamento do pagamento de juros e amortização de dívida e o preço desta, afectando as condições de financiamento da Grécia mas, também, de Portugal e Espanha, foi a ignição para algumas decisões. Entre elas, a garantia de que os países integrantes do euro que entrassem em dificuldades seriam socorridos.

Neste cenário, o risco das emissões de países como a Grécia foi mitigado mas as taxas de juro a que o país tem de se financiar mantém-se relativamente elevado. O sonho de qualquer investidor é mesmo este, em que a alta rendibilidade se conjuga com a segurança. O cúmulo da ironia seria a concretização de um cenário em que a "boa moeda" alemã teria dificuldades em se financiar, "expulsa" do mercado pela "má moeda" de nações menos disciplinadas nas contas públicas. Parece ficção, mas o movimento dos investidores que estão a largar dívida alemã para lançarem o seu dinheiro nas emissões da Grécia já é bem real.


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por Pata-Hari » 19/3/2010 21:07

E, já gora, ficam as declarações do Durão Barroso a contrariar as de Merkel.

Durão Barroso em entrevista à France 24
"Nenhum país pode ser expulso da Zona Euro"
"De acordo com o Tratado de Lisboa, nenhum país pode ser expulso da Zona Euro". O alerta é dado por Durão Barroso numa entrevista que irá para o ar amanhã no canal televisivo France 24.

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"De acordo com o Tratado de Lisboa, nenhum país pode ser expulso da Zona Euro". O alerta é dado por Durão Barroso numa entrevista que irá para o ar amanhã no canal televisivo France 24.

O presidente da Comissão Europeia lembra, nesta entrevista, que a expulsão de um país da Zona Euro, conforme foi sugerido pela chanceler alemã Angela Merkel, vai contra as regras do Tratado da União Europeia (UE).

José Durão Barroso reage assim aos comentários de Merkel, que ontem disse que as regras da UE têm de ser modificadas de forma a que os Estados-membros que, repetidamente, não cumprem as directrizes do bloco económico, possam ser expulsos da Zona Euro.

A entrevista será difundida por inteiro amanhã, às 12h40 de Paris, e foi disponibilizada em exclusivo à EuroActiv, que é a unidade francesa da companhia de media Dow Jones.

Durão Barroso insiste, nesta conversa, que a monitorização dos países da Zona Euro pode, no curto prazo, ser reforçada. “É isso que vamos pôr em marcha no próximo mês: um mecanismo (...) que garanta que um país pode, de facto, respeitar o princípio fundamental da estabilidade orçamental”.

O presidente da CE diz ainda que “a solidariedade é uma rua com dois sentidos”. “Quando um Estado-membro é membro do euro, tem também obrigações para com os outros. Não é só receber apoios: tem também a ver com o respeito das regras que foram definidas de comum acordo”, afirma Durão Barroso neste excerto da entrevista disponibilizado pela EuroActiv.

Durão Barroso escusou-se a falar sobre o que poderá acontecer se a Grécia desdenhar dos europeus e se virar para o Fundo Monetário Internacional (FMI) se não receber ajuda financeira da UE. “Aquilo que quero lembrar às pessoas é que a Grécia e todos os Estados-membros da UE são membros do FMI. De facto, os Estados-membros da UE são, de longe, a maior fonte de receitas do FMI. Por isso, não é uma questão de prestígio, é uma questão de ver qual será a melhor forma de responder à situação”.

Questionado sobre a recusa da Alemanha de financiar a Grécia, actualmente em apuros devido à dívida, Durão Barroso insiste que todos os países da UE, incluindo a Alemanha, estão prontos a ajudar. “Sim, a Alemanha está pronta, no caso de a Grécia precisar”, afirma o presidente da CE, salientando que Atenas ainda não pediu apoio financeiro.

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por Pata-Hari » 19/3/2010 21:06

Hoje sim, já houve movimentos interessantes nos preços nas maturidades mais curtas. O incrível é quanto o carrocel dos preços tem permitido vários rounds de trading para quem se pode dar ao luxo de transaccionar obrigações.
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por RiscoCalculado » 18/3/2010 23:57

sim, ocoorreu-me a hipotese da cobertura. Mas com o custo da cobertura não se irá o diferencial nos swaps? custa-me a a acreditar que isso não esteja já espremido pelos hedge funds.


Teoricamente o diferencial que seria eliminado com a cobertura seria o diferencial entre as taxas swap do eur e do dólar, mas como já tinha referido neste caso as taxas do usd até são ligeiramente mais elevadas.
A vantagem da operação na minha opinião está no spread de risco que se conseguiu nesta emissão (e esse em principio mantem-se) e não nos diferenciais de taxa entre eur e usd.

Pelo facto de ter procurado novos mercados e novos investidores (que devem preferir uma emissão em usd) que ou ainda não estão tão sobrecarregados da nossa dívida como os tradicionais ou simplesmente estão um pouco mais desatentos conseguiu-se um spread mais atractivo.
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por Pata-Hari » 18/3/2010 23:02

sim, ocoorreu-me a hipotese da cobertura. Mas com o custo da cobertura não se irá o diferencial nos swaps? custa-me a a acreditar que isso não esteja já espremido pelos hedge funds.
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por RiscoCalculado » 18/3/2010 22:55

E sou eu que estou a ver mal a coisa ou agora que o dolar revaloriza é que nos metemos em riscos cambiais...?



ou simultaneamente foi realizada uma operação de cobertura de risco cambial (tipo uma compra forward de mil milhões de dólares para daqui a 5 anos)...









ou é porque não está mesmo nos planos vir a reembolsar os compradores das obrigações
:lol:
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por Elias » 18/3/2010 21:56

Forte queda da Grécia leva bolsas europeias para o vermelho
Joana Gonçalves
jgoncalves@negocios.pt

As bolsas europeias fecharam a cair depois de ontem terem atingido máximos de 17 meses. A Grécia foi a grande responsável pela queda dos índices europeus por causa das preocupações relacionados com o plano de ajudas ao país. Por outro lado, o sector da saúde evitou quedas mais acentuadas nas praças europeias.

O índice grego cedeu mais de 4%, registando a maior queda em seis semanas, pressionado pela banca e pelo pedido do primeiro-ministro da Grécia para que a União Europeia, na próxima semana, detalhe o plano para eventualmente ajudar o país a financiar-se.

O britânico HSBC Holdings liderou as quedas das acções na banca, a perder 1,70% para 681 pences.

No sector da saúde, a GlaxoSmithKline atingiu máximos de nove meses com a Novartis AG a desistir dos direitos que tem nos EUA para o potencial rival de venda de medicamentos.

O Europe Stoxx desvalorizou 0,1%. O índice de referência para a Europa valorizou 65% desde o mínimo registado a 9 de Março do ano passado, quando os governos e as autoridades monetárias implementaram medidas de estímulo à economia.

George Papandreou admitiu hoje poder recorrer à ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) se os líderes europeus não avançarem, na próxima semana, com medidas concretas para resgatar a economia grega.

Esta declaração surge depois do mais alto responsável pelas questões económicas da CDU, o partido de Angela Merkel, ter defendido que a tarefa de resgatar a Grécia cabe ao FMI pois seria uma “experiência muito arriscada” para os países europeus, em especial para os da Zona Euro.

O índice grego caiu 4,30% para 994,87 pontos, com os três maiores bancos do país a pressionarem. O maior banco da Grécia recuou 0,6% para 14,70 euros, e o Eurobank Ergasias depreciou 7,1% para 6,05 euros e o Alpha Bank caiu 9,6% para 6,40 euros.

O espanhol IBEX caiu 0,84% para 1.1073,50 pontos. O inglês FTSE depreciou 0,4% para 5642,62 pontos e o francês CAC desvalorizou 0,50% para 3938,18 pontos.
 
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por Pata-Hari » 18/3/2010 21:56

E sou eu que estou a ver mal a coisa ou agora que o dolar revaloriza é que nos metemos em riscos cambiais...?
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por Ulisses Pereira » 18/3/2010 18:39

Ao que sei, a escolha deste financiamento em dólares teve a ver com a ideia de diversificação que vem sendo apregoada.

Um abraço,
Ulisses
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por RiscoCalculado » 18/3/2010 18:09

A escolha da emissão em dólares estará relacionada com o facto de as taxas de juro “swap” – a que se soma o “spread” para chegar ao juro final da emissão – estarem mais baixas para a moeda norte-americana, face ao euro.


:? :? :roll:

Que digam que conseguiram uma taxa final de financiamento em dólares mais baixa do que
em Euro pq se calhar os americanos andam mais desatentos e se contentaram com um spread mais baixo ainda vá que não vá...

agora que as taxas a 5 anos do usd (quer swap quer as de dívida publica) estejam mais
baixas do que as taxas a 5 anos do eur ??
...Só se for problema do meu monitor. :lol:
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Portugal paga "spread" inferior a 100 pontos base

por LTCM » 18/3/2010 16:41

Portugal vai pagar um “spread” de 97 pontos base numa emissão de mil milhões de dólares em obrigações a cinco anos, um prémio abaixo do previsto inicialmente e que o mercado favorável.

De acordo com a Bloomberg, esta é a primeira emissão realizada pelo Instituto de Gestão do Crédito Público em dólares desde Novembro, sendo que o “spread” foi já fixado em 97 pontos base, abaixo dos 100 pontos base inicialmente oferecidos.

A agência de notícias conclui que Portugal vai pagar um juro de 3,57%, o que se situa acima da “yield” de 3,31% da última emissão em euros de obrigações a 5 anos.

A analista Chiara Cremonesi, do UniCredit, citada pela Bloomberg, conclui que o preço é atractivo para Portugal, pois antevia que o “spread” ficasse nos 125 pontos base.

Portugal tem como meta emitir dívida de 20 mil milhões de euros este ano, para financiar o crescente valor do défice orçamental, estando a optar por acelerar as emissões na parte inicial do ano.

“Não é surpreendente Portugal ir ao mercado nesta altura, uma vez que muitos países europeus estão a escolher a primeira metade do ano para realizar as emissões de dívida”, comentou outro analista à agência Bloomberg.

A escolha da emissão em dólares estará relacionada com o facto de as taxas de juro “swap” – a que se soma o “spread” para chegar ao juro final da emissão – estarem mais baixas para a moeda norte-americana, face ao euro.
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por Pata-Hari » 18/3/2010 14:27

Epá, 10 pontos a 10 anos também não é grande coisa....
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por Elgenedy » 18/3/2010 13:37

Bom dia,

Existe algum intermediário onde se possa consultar em tempo minimamente real, a evolução das obrigações gregas e eventualmente negocia-las?

Obrigado.

Cumprimentos,

Elgenedy
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por Elias » 18/3/2010 12:57

thx
 
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por mais_um » 18/3/2010 12:56

Elias Escreveu:não era bem isto... eu queria era saber o código para consultar as cotações (por exemplo no Yahoo Finance)


Não encontrei no Yahoo FInance mas pode ser que seja desta:

http://www.advfn.com/quote_Ftse-Athex-20_ASI_FTSE.html
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Juros da dívida grega a dois anos disparam 32 pontos base

por LTCM » 18/3/2010 12:28

A Grécia volta a estar sob todos os holofotes devido aos receios relativos às suas contas públicas. Os investidores estão a exigir juros mais altos para comprarem dívida grega e a bolsa está a afundar mais de 4%. Para comprar obrigações a dois anos, os investidores estão a cobrar 4,714%, mais 32 pontos base do que ontem.

O mais alto responsável pelas questões económicas da CDU, o partido de Angela Merkel, veio hoje defender que a tarefa cabe ao Fundo Monetário Internacional (FMI), contrariando declarações anteriores da chefe de Governo que tem mostrado preferência por uma solução europeia, ainda que com grandes cautelas.

Ainda esta manhã, o primeiro-ministro grego lançou mais um apelo desesperado à União Europeia. George Papandreou quer que na próxima semana os líderes europeus concretizem o que podem fazer para eventualmente ajudar o país a financiar-se, na expectativa de que essa clarificação possa acalmar os mercados que voltaram hoje a castigar a dívida e a bolsa gregas.

“Não estamos a pedir dinheiro dos contribuintes alemães, italianos ou de outros trabalhadores europeus. O que estamos a dizer é que precisamos de um apoio político forte para fazer as reformas necessárias e para garantir que não vamos pagar mais do que o necessário para o fazer”, afirmou citado pela Bloomberg.

Os mercados estão a reagir a estas declarações cobrando mais juros para financiarem o país e estão a penalizar as empresas cotadas em bolsa.

As obrigações a dois anos estão hoje a subir 32 pontos base para 4,714%, os juros da dívida a cinco anos estão a aumentar 17 pontos para 5,649% e para comparem obrigações a 10 anos os investidores estão a exigir uma taxa de juro de 6,231%, mais 14 pontos do que ontem. Esta é mesmo a primeira subida dos juros a 10 anos em cinco dias, e consegue anular completamente a descida conseguida neste período.

A bolsa grega também está a sofrer as consequências destes desenvolvimentos. O índice FTSE/ASE desce 4,08% para 997,17 pontos, a maior queda desde dia 8 de Fevereiro.
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por Elias » 18/3/2010 12:21

não era bem isto... eu queria era saber o código para consultar as cotações (por exemplo no Yahoo Finance)
 
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por mais_um » 18/3/2010 12:19

Elias Escreveu:Alguém sabe o ticker deste índice?


Talvez isto ajude:

http://www.ase.gr/default_en.asp
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por Elias » 18/3/2010 12:12

Alguém sabe o ticker deste índice?
 
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por Batmax » 18/3/2010 11:39

Os últimos 5 dias sem contar com o de hoje tem sido de quedas, falta saber desta vez que desculpa vão atribuir.
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Bolsa da Grécia desliza 3% e juros da dívida sobem 10 pontos

por LTCM » 18/3/2010 11:33

O principal índice da bolsa grega está a cair 3%, num dia em que os receios em relação às contas públicas do país voltaram a aumentar. Já os juros que os investidores estão a exigir para comprarem dívida pública da Grécia estão a subir.

O índice FTSE/ASE desce 3,01% para 1.008,35 pontos, num dia em que novas declarações trouxeram mais especulação aos mercados e fizeram crescer os receios.

O mais alto responsável pelas questões económicas da CDU, o partido de Angela Merkel, veio hoje defender que a tarefa cabe ao Fundo Monetário Internacional (FMI), contrariando declarações anteriores da chefe de Governo que tem mostrado preferência por uma solução europeia, ainda que com grandes cautelas.

Estas declarações estão a pressionar a negociação das acções gregas, bem como as obrigações do tesouro.

Os juros das obrigações a 10 anos da dívida grega estão hoje a subir 10 pontos para 6,196%, anulando a queda que acumulou ao longo desta semana. Esta é mesmo a primeira subida dos juros a 10 anos em cinco dias.
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