
PCP vai desenvolver campanha de sensibilização contra cimeira da NATO em Portugal
Lisboa, 14 mar (Lusa) - O Partido Comunista Português (PCP) vai levar a cabo uma campanha de esclarecimento junto da população contra a cimeira da NATO em Portugal, marcada para novembro e onde deverá ser aprovado o novo conceito estratégico da Aliança.
"Vamos desenvolver uma campanha própria do PCP, de esclarecimento do povo português sobre quais são os reais propósitos da NATO e os perigos que estão subjacentes a este conceito estratégico e vamo-nos integrar naquelas que vão ser com certeza amplas mobilizações populares já anunciadas, nomeadamente pelo Movimento da Paz", revelou à Lusa Ângelo Alves, da comissão política do PCP, sem especificar ações concretas.
Ângelo Alves, responsável pelas relações internacionais do PCP, falava à Lusa à margem de uma reunião de trabalho para organizar o próximo Encontro Internacional de Partidos Comunistas, reunião que acabou por também discutir a questão da NATO, com os onze países presentes (África do Sul, Bélgica, Brasil, República Checa, Chipre, Espanha, Grécia, Índia, Líbano, Rússia e Cuba) a aprovarem uma posição comum de condenação do "aumento da vertente militarista" da Aliança Atlântica.
"Uma condenação muito clara do aprofundamento do conflito militar no Afeganistão, a manutenção de crimes imperialistas nomeadamente na região do Médio Oriente, mas também as medidas de ingerência e de provocação relativamente a países soberanos como a Síria, o Irão, a China e também ainda algumas manobras, como por exemplo, o estacionamento da quarta frota dos Estados Unidos na América Latina", adiantou Ângelo Alves.
De acordo com o membro da comissão politica do PCP, a reunião discutiu igualmente os "perigos" inerentes ao novo conceito estratégico da NATO, alertando que a organização pretende "subverter o próprio direito internacional, chamando a si missões de natureza que não têm nada a ver com os propósitos que a própria NATO afirma ter".
Ângelo Alves acrescentou que o que está em causa é mesmo a "dissolução" da Aliança Atlântica porque os propósitos fundadores da NATO "já não existem".
"Está a tentar reinventar-se, e o Afeganistão é o grande teste da NATO para aprofundar o seu caráter ofensivo e portanto a questão que se põe é a questão da dissolução da NATO, mas os comunistas portugueses defendem a desvinculação progressiva de Portugal da estrutura militar", acrescentou.
O próximo Encontro Internacional de Partidos Comunistas vai ter lugar na África do Sul entre 13 e 15 de dezembro.
Lisboa, 14 mar (Lusa) - O Partido Comunista Português (PCP) vai levar a cabo uma campanha de esclarecimento junto da população contra a cimeira da NATO em Portugal, marcada para novembro e onde deverá ser aprovado o novo conceito estratégico da Aliança.
"Vamos desenvolver uma campanha própria do PCP, de esclarecimento do povo português sobre quais são os reais propósitos da NATO e os perigos que estão subjacentes a este conceito estratégico e vamo-nos integrar naquelas que vão ser com certeza amplas mobilizações populares já anunciadas, nomeadamente pelo Movimento da Paz", revelou à Lusa Ângelo Alves, da comissão política do PCP, sem especificar ações concretas.
Ângelo Alves, responsável pelas relações internacionais do PCP, falava à Lusa à margem de uma reunião de trabalho para organizar o próximo Encontro Internacional de Partidos Comunistas, reunião que acabou por também discutir a questão da NATO, com os onze países presentes (África do Sul, Bélgica, Brasil, República Checa, Chipre, Espanha, Grécia, Índia, Líbano, Rússia e Cuba) a aprovarem uma posição comum de condenação do "aumento da vertente militarista" da Aliança Atlântica.
"Uma condenação muito clara do aprofundamento do conflito militar no Afeganistão, a manutenção de crimes imperialistas nomeadamente na região do Médio Oriente, mas também as medidas de ingerência e de provocação relativamente a países soberanos como a Síria, o Irão, a China e também ainda algumas manobras, como por exemplo, o estacionamento da quarta frota dos Estados Unidos na América Latina", adiantou Ângelo Alves.
De acordo com o membro da comissão politica do PCP, a reunião discutiu igualmente os "perigos" inerentes ao novo conceito estratégico da NATO, alertando que a organização pretende "subverter o próprio direito internacional, chamando a si missões de natureza que não têm nada a ver com os propósitos que a própria NATO afirma ter".
Ângelo Alves acrescentou que o que está em causa é mesmo a "dissolução" da Aliança Atlântica porque os propósitos fundadores da NATO "já não existem".
"Está a tentar reinventar-se, e o Afeganistão é o grande teste da NATO para aprofundar o seu caráter ofensivo e portanto a questão que se põe é a questão da dissolução da NATO, mas os comunistas portugueses defendem a desvinculação progressiva de Portugal da estrutura militar", acrescentou.
O próximo Encontro Internacional de Partidos Comunistas vai ter lugar na África do Sul entre 13 e 15 de dezembro.