criar um fundo
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Re: criar um fundo
xico Xico Escreveu:Ontem a ministra francesa Christine Lagarde falou mesmo da sua vontade pessoal de banir os CDS sobre dívida soberana.
Isso é um tiro no pé, levando a perna toda atrás...
Se o fizerem deixa de haver cobertura do risco e os "soberanos" irão ter que pagar yields muito mais altos.
Esta notícia tem que ver com esta
WSJ Escreveu:Hedge Funds atacam o Euro
A criação de fundos de investimento varia conforme a legislação de cada país, mas não são exclusivo dos bancos. No caso particular dos hedge funds os bancos cobertos por fundos de garantia estatais até estão proibidos de os criar.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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criar um fundo
Após ter lido esta noticia no jornalnegocios, fiquei com esta duvida.
Como se cria um fundo?
Julgava que era produto criado pelos bancos
O fundo de investimento que mais terá ganho com o colapso do subprime norte-americano, e com a crise subsequente que se instalou no imobiliário e que acabou por arrastar o mundo para a mais profunda recessão desde a 2º Guerra Mundial, é o mesmo que mais estará a arrecadar com a tragédia grega: Paulson & Co.
É esse o nome do “hedge fund” que surge hoje referido no “Financial Times” como sendo um dos “três ou quatro” que mais tem vindo a ganhar com o cenário de “falência” montando em torno de Atenas.
Segundo o diário britânico, que cita fontes do sector, o fundo tem sido dos mais activos na compra de novos títulos de dívida grega, agora atrelada à promessa de pagamento de juros fabulosos, que chegaram a atingir a casa dos 7%, e, simultaneamente, na venda de seguros (CDS) aos bancos privados, designadamente alemães, mais expostos a um incumprimento da dívida do país que está mais próxima do prazo de vencimento.
Já em Fevereiro, Paulson & Co surgira referenciado na Imprensa francesa, designadamente no “Libèration, como o fundo especulativo que estará a lançar achas à fogueira grega.
Contactado pelo “Financial Times”, o fundo declinou tecer qualquer comentário. O jornal escreve hoje que “três ou quatro” fundos estão a actuar em força no mercado da dívida soberana e a “fazer muito dinheiro”.
Paulson & Co ficou com o apelido de John, o “cérebro” que criou o seu “hegde fund” em 1994, com apenas dois milhões de dólares e dois funcionários: o próprio John, um dos melhores alunos que jamais passou pela Harvard Business School, e a sua assistente.
Hoje, o fundo está avaliado em 32 mil milhões de dólares. O “salto” deu-se com o colapso do segmento de crédito imobiliário de alto risco (subprime) nos Estados Unidos, que permitiu ao Paulson & Co capitalizar os instrumentos financeiros que havia criado na antecipação de uma crise imobiliária.
Citando fontes do mercado, o FT descreve sinteticamente o “modus operandi” deste e de outros fundos: tendo comprado em 2009, a baixo preço, seguros contra o eventual incumprimento da dívida grega, os “hedge funds” estão agora no mercado a comprar os títulos subjacentes (e que oferecem taxas de retorno excepcionalmente elevadas), e a vender simultaneamente seguros, a preços mais altos, a outros participantes no mercado. “Estão a liquidar as suas posições, mas, em ambos os casos, com um lucro significativo”.
É contra estes expedientes que os políticos europeus têm vociferado.
Ainda hoje, o primeiro-ministro do Luxemburgo e presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, ameaçou os bancos e fundos de alto risco e especulativos (“hedge funds”) com sanções estatais.
Numa entrevista publicada no jornal alemão Handelblatt, Juncker afirmou: "Temos os instrumentos de tortura no sótão e vamos mostrá-los se for necessário".
Ontem a ministra francesa Christine Lagarde falou mesmo da sua vontade pessoal de banir os CDS sobre dívida soberana.
Como se cria um fundo?
Julgava que era produto criado pelos bancos
O fundo de investimento que mais terá ganho com o colapso do subprime norte-americano, e com a crise subsequente que se instalou no imobiliário e que acabou por arrastar o mundo para a mais profunda recessão desde a 2º Guerra Mundial, é o mesmo que mais estará a arrecadar com a tragédia grega: Paulson & Co.
É esse o nome do “hedge fund” que surge hoje referido no “Financial Times” como sendo um dos “três ou quatro” que mais tem vindo a ganhar com o cenário de “falência” montando em torno de Atenas.
Segundo o diário britânico, que cita fontes do sector, o fundo tem sido dos mais activos na compra de novos títulos de dívida grega, agora atrelada à promessa de pagamento de juros fabulosos, que chegaram a atingir a casa dos 7%, e, simultaneamente, na venda de seguros (CDS) aos bancos privados, designadamente alemães, mais expostos a um incumprimento da dívida do país que está mais próxima do prazo de vencimento.
Já em Fevereiro, Paulson & Co surgira referenciado na Imprensa francesa, designadamente no “Libèration, como o fundo especulativo que estará a lançar achas à fogueira grega.
Contactado pelo “Financial Times”, o fundo declinou tecer qualquer comentário. O jornal escreve hoje que “três ou quatro” fundos estão a actuar em força no mercado da dívida soberana e a “fazer muito dinheiro”.
Paulson & Co ficou com o apelido de John, o “cérebro” que criou o seu “hegde fund” em 1994, com apenas dois milhões de dólares e dois funcionários: o próprio John, um dos melhores alunos que jamais passou pela Harvard Business School, e a sua assistente.
Hoje, o fundo está avaliado em 32 mil milhões de dólares. O “salto” deu-se com o colapso do segmento de crédito imobiliário de alto risco (subprime) nos Estados Unidos, que permitiu ao Paulson & Co capitalizar os instrumentos financeiros que havia criado na antecipação de uma crise imobiliária.
Citando fontes do mercado, o FT descreve sinteticamente o “modus operandi” deste e de outros fundos: tendo comprado em 2009, a baixo preço, seguros contra o eventual incumprimento da dívida grega, os “hedge funds” estão agora no mercado a comprar os títulos subjacentes (e que oferecem taxas de retorno excepcionalmente elevadas), e a vender simultaneamente seguros, a preços mais altos, a outros participantes no mercado. “Estão a liquidar as suas posições, mas, em ambos os casos, com um lucro significativo”.
É contra estes expedientes que os políticos europeus têm vociferado.
Ainda hoje, o primeiro-ministro do Luxemburgo e presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, ameaçou os bancos e fundos de alto risco e especulativos (“hedge funds”) com sanções estatais.
Numa entrevista publicada no jornal alemão Handelblatt, Juncker afirmou: "Temos os instrumentos de tortura no sótão e vamos mostrá-los se for necessário".
Ontem a ministra francesa Christine Lagarde falou mesmo da sua vontade pessoal de banir os CDS sobre dívida soberana.
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