Sr_SNiper Escreveu:Então na maior parte dos casos as menos valias nem são deduzidas no ano seguinte poruqe nem compensa. Se optar por não englobar o ganho é maior... correcto?
Vai para aqui uma salgalhada... isto já está tudo explicado em muitos tópicos, é só procurar.
Se compensa ou não, depende caso a caso, e tu é que tens de fazer as contas. As coisas a reter são:
- Tu é que tens de decidir englobar ou não, assinalando-o no impresso (não é o fisco que decide automaticamente, como alguém disse acima);
- Englobar é algo que pode compensar em certos casos em que se teve menos-valias;
- Quando se engloba, as menos-valias irão contar para abater às mais-valias possivelmente obtidas nos 2 anos seguintes, reduzindo o valor sobre o qual incidirá imposto.
Assim parece muito lindo e muito bom... onde está então a marosca? Lado negativo:
- Englobando, as mais-valias (quando as houver, supõe-se que só nos 2 anos seguintes, já que no ano inicial, normalmente engloba quem teve menos-valias) serão tributadas com a taxa do teu escalão, que obviamente é superior aos 10%;
- Englobando, tem de se declarar TODOS os rendimentos (senão o englobamento não é aceite pelas Finanças), isto é, juros, dividendos, etc, e tudo entra no mesmo "bolo".
Resumindo, irá-se pagar uma % de imposto maior sobre uma mais-valia menor... a qual ainda nem sabemos se iremos conseguir ter.
Pode até acontecer não se pagar nada, nos casos em que a menos-valia englobada seja superior às mais-valias que obtivermos nos 2 anos seguintes (descartando aqui juros, dividendos, etc) - exemplo: englobar -2000€, e ter nos 2 anos seguintes +500€ e + 700€.